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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Crato, o albanês que virou alemão, tem a certeza que esteve na Polónia?

19.07.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

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"No concelho das Caldas da Rainha, só cerca de 30% dos alunos que se inscrevem no 7º ano de escolaridade é que chegam ao exame do 12º ano com frequência do ensino regular e no país não é muito diferente", disse o especialista em Educação. Este recuo até aos anos sessenta do século passado era imprevisível há cerca de uma década. O Público divulga um interessantíssimo estudo sobre o sistema escolar polaco em que se destaca o facto de mais de "50% dos jovens irem para as universidades" quando nos anos setenta "80% dos jovens entravam  no ensino vocacional no fim do ensino primário".

 

Aconselho a leitura do artigo onde se destaca a autonomia das escolas, o evitar "algumas ideias loucas, como as que apareceram nos EUA, de punir os professores por maus resultados", "na aula de Física de uma das turmas do 2.º ano do IX Liceu de Varsóvia estão apenas 13 alunos. E não é porque tenha havido faltas", "a liberdade dos professores, e a sua forte autonomia para preparar aulas e leccionar, é apontado como um dos segredos" e "os docentes da Polónia são os que menos tempo passam nas salas de aula na OCDE, com 18 horas de carga lectiva por semana – em Portugal, são mais quatro horas semanais".

 

"(...)Durante a era comunista no país, dominava claramente a opção pelo ensino vocacional, para o qual seguiam 80% dos estudantes no final do ensino primário. Nos anos 1990, a Polónia tinha 11,1% da população dos 18-24 anos no ensino superior. A meio da década, ainda antes da reforma, já era o dobro. E hoje, mais de 50% dos jovens vão para as universidades: são entre 1,5 e dois milhões de estudantes em cada ano, alimentando as mais de 400 instituições de ensino superior do país.

Para Mikolaj Herbst esta é a peça que falta para entendermos o sucesso polaco. A expansão das inscrições nas universidades alterou a forma como os estudantes perspectivavam o seu sucesso académico no ensino básico: “Em Educação, as expectativas e motivação podem fazer uma grande diferença”.(...)"

segue imperturbável a engrenagem dos professores colocados no vazio

19.07.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

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"O MEC e os sindicatos reuniram e concluíram: os professores do quadro do processo "colocados no vazio" que reclamem". Foi mais ou menos assim que há cerca de um mês se noticiou a saga dos professores do quadro que  foram colocados noutras escolas em vagas sem horário.

 

E repete-se a estupefacção kafkiana:

 

E se estão, naturalmente, satisfeitos com a nova colocação e não reclamam?

 

E se não estão, naturalmente, satisfeitos mas colocaram essa escola no concurso?

 

E como é que reclamam os que não correram e que passaram para horário zero porque o colocado com erro é mais graduado?

 

Nas seguintes seis variáveis encontramos explicação para a coisa:

 

1. o MEC errou no lançamento das vagas a concurso;

2. a aplicação informática está errada;

3. o Mec errou no apuramento das vagas;

4. as escolas erraram no planeamento;

5. as escolas erraram a lançar as vagas;

e 6. as escolas erraram no lançamento e o MEC não corrigiu mesmo que avisado.

 

Havendo esta objectividade, o MEC e os sindicatos passam a responsabilidade para os professores através do tal recurso hierárquico?

 

É impressionante a cultura portuguesa de apropriação do bem comum e de irresponsabilidade.