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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

PS não nega a AD no programa: omite-a

20.05.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

O programa provisório para a Educação do PS não nega quem governa nos eixos fundamentais, embora omita as matérias que o guião da reforma de Portas oferecia aos "privados" da Educação. O PS tem que andar para convencer os eleitores que não é uma continuidade das políticas Lurdes Rodrigues & Nuno Crato. Há demasiada matéria fundamental que não é sequer financeira e que não recebe uma qualquer linha.

Duas décadas perdidas e muito financiamento esbanjado

20.05.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

Portugal tem, desde meados da década de noventa do século XX, condições informacionais para digitalizar dados sobre os alunos que disponibilizem boa informação que reduza o abandono escolar (sim, foi isso mesmo que leu) e que torne civilizada a atmosfera organizacional. A informação não é tudo nesses domínios, mas é preciosa. Por que é que isso não aconteceu? Desde logo, porque a construção dos sistemas atomizou-se, ficou a cargo do outsourcing e foi desenhada por especialistas em sistemas de informação e comunicação e não por gestores da informação escolar.

Desperdiçaram-se recursos financeiros avultados e o que existe é informação não integrada. Os milhões de dados lançados diariamente nas nossas escolas continuam "intratáveis", produzem parco conhecimento e sustentam algumas empresas comerciais que se apoderarem do mercado e o condicionam. A entropia informacional transformou num "inferno" o lançamento repetido da informação.

A iniciativa, em 2013, no concelho de Odemira pareceu meritória porque tentou reunir numa mesma base de dados a informação sobre os alunos desde a entrada no sistema e porque foi uma websolução. Era importante saber o que aconteceu dois anos depois. Várias escolas perseguiram caminhos semelhantes, mas as constantes alterações na gestão escolar impediram qualquer consolidação que aconselhasse a generalização. Esse objectivo é crucial e é imperdoável que se desperdice mais um quadro comunitário com "soluções" pato-bravistas.

No entanto, a iniciativa de Odemira pode repetir o que existe. E por quê? Porque a informação determinante sobre cada um dos alunos está longe de se esgotar num programa de discentes; e o mesmo acontece com os restantes actores do sistema. O universo informativo da escola como organização inclui horários escolares, calendarização de reuniões, sumários, serviços de apoio social, bibliotecas, utilização de cartões electrónicos, programas educativos individuais, actas de reuniões e por aí fora. E se um sistema não integrar todos os dados, é mais o que se perde do que o que produz conhecimento.

 

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