A Finlândia quer acabar com a Matemática e com a História?
A notícia finlandesa entrou na agenda mediática, é da família do "fim das notas até ao secundário" e já obrigou o CNE lusitano (para espanto dos mais atentos ao discurso outrora oficial, mas quem navega ao sabor do vento da oportunidade muda de rumo rapidamente) a propor a eliminação da obrigatoriedade de pautas e de quadros de honra e de mérito antes do sétimo ano de escolaridade.
É evidente que os títulos mediáticos não correspondem ao projecto finlandês e é também bom recordar que o tímido projecto português do tempo de Guterres, que incluía as ACND (com a eliminada área de projecto) já ia nesse sentido e com inspiração finlandesa.
Os críticos menos fundamentados do eduquês (não me canso de repetir que por aqui o alvo foi sempre a hiperburocracia) misturaram-se com os obcecados com o santo produto (a história já demonstrou que o mais do mesmo nas matérias ditas nucleares nada acrescenta aos que aprendem em qualquer sistema e exclui os que "não querem aprender") e criaram um retrocesso civilizacional no sistema português que parece estar já em condições para ser pulverizado.
Alguns dos detalhes que caracterizam a tragédia cratiana podem ser lidos no seguinte texto de Santana Castilho: A Suprema Sagrada Congregação dos Santos Exames.