o fantasma da mobilidade regressa à escola
Se no exercício de Lurdes Rodrigues os professores realizaram manifestações históricas, foi já no mandato de Crato que aconteceram dois picos inéditos de contestação: uma greve às avaliações com uma inesquecível capacidade de resistência e uma impopularíssima, e há muito reivindicada pelos "agarrem-me, mas agarrem-me mesmo, senão desfaço-os", greve aos exames (com algumas e lamentáveis dissidências).
Com esses dois movimentos, os professores conseguiram que milhares de docentes dos quadros não passassem para a "requalificação" em Setembro de 2013. É bom que haja memória.
Mas os ultraliberais não desistem. Em ano de campanha eleitoral, existirão várias armas de arremesso; até dentro da coligação que governa. Os professores voltarão a sofrer com isso. Um requalificado poderá receber menos do que um desempregado e a palavra de Crato ("não haverá professores com horário zero") vale tanto como o número de horas desses horários que exponenciou com os cortes a eito para além da troika.