Quando se tratava de apontar os professores e os funcionários públicos como os primeiros responsáveis pelo desastre financeiro, havia uns movimentos do género "Compromisso Portugal" que tinham aparição diária e que indicavam o caminho unipessoal a seguir. Os modelos empresariais de sucesso - dos homens providenciais - exemplificados por Salgado do BES, Rendeiro do BPP ou Costa do BPN eram receitados diariamente. Tudo em nome de Portugal e da avaliação meritocrática dos funcionários públicos.
As perguntas impõem-se: o que é feito dessa malta tão elevada? Estão tão silenciosos e desmobilizados porquê? Então e o país? Já cortaram uns 40.000 professores, mais uns milhares de milhões em salários e subsídios, e a dívida continua a subir? Que é feito dos comentadores alinhados com estas correntes, como Gomes Ferreira, Medina Carreira ou Camilo Lourenço? Não dizem nada sobre este estrondoso sucesso empresarial?
É tudo muito miserável.
Estamos com uma dívida de 741 mil milhões de euros, cerca de 37% são dívida pública e os restantes 63% dívida privada. Mas mais: os professores foram de longe os mais cortados na administração central, Portugal foi o 3º país da UE onde a dívida mais subiu e a dívida lusitana foi a mais lucrativa do mundo em 2012.