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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da ética e da alta finança e dum género de sovietes supremos

16.04.14

 

 

 

 

 

Basta recuarmos uma década para lermos laudos à propalada conduta moral exemplar de quem se movimentava na alta finança. Os códigos de ética para essa área da sociedade, a denominada classe alta, estão publicados. Os banqueiros são membros efectivos do clã e beneficiaram duma espécie de primazia na responsabilidade social friedmaniana que relegou a redistribuição realizada pelos Estados para lugar secundário. Tudo em nome da ética e da responsabilidade e também do combate à corrupção perpetrada pelos aparelhos dos Estados. Assim nasceu a desregulação fiscal que os mercados totais e a ganância do capitalismo selvagem transformaram em alta evasão fiscal e altíssima corrupção.

 

Todos os dias tropeçamos com "casos" dos nossos banqueiros.

 

Hoje é um assíduo dos salões, o Ricciardi do BES, que se confessou muito nervoso (ai a fleuma inspirada no corrupto império britânico) com as privatizações da EDP e por aí fora e que telefonava muito aos outrora gestores de fundos estruturais para formação nos submarinos aéreos das zonas metropolitanas dos rios Mondego e Liz, Passos & Relvas. Percebemos também, e num passado recente, as altercações e o frenesi que envolvia o Salgado do mesmo banco com o anterior primeiro-ministro. E podíamos recordar o Gonçalves do BCP, o Rendeiro do BPP, os inúmeros do BPN, a malta do BANIF ou os prescritores do aguenta-aguenta para os outros.

 

Em suma: já eram escandalosas as privatizações de lucros e as astronómicas auto-remunerações e agora percebe-se que também eram antigas as nacionalizações de prejuízos. Mais uns anos e ainda concluímos que o código de ética apenas previa nacionalizações e privatizações encostadas aos Estados; um género de sovietes supremos que tanto diziam combater.