porquê 10 e não 7 ou 5?
A mediatização da profissionalidade dos professores volta a um pico devastador e quem tem "spinado" os últimos governos pensará que tem razões empíricas que garantem a tergiversação como uma solução para desviar atenções. Foi assim em 2008 com a prova de ingresso para os professores contratados (PIPC) e repete-se agora. Pode ser que se voltem a enganar.
Não sou muito dado à discussão de regras administrativas quantitativas para a aprovação escolar, mas permitam-me alguma ligeireza em tempos tão difíceis.
O número máximo de erros ortográficos na PIPC ficou-se pelo 10. Como é que se chegou a este número? Acho que tenho uma explicação algo cabalística que, como se sabe, tem qualquer coisa com o 7 ("(...)Se existe um número que desperta atenção, curiosidade e crendices, sem dúvida este é o sete. Talvez um dos “culpados” seja Pitágoras, por ter afirmado que o sete é um número sagrado, perfeito e poderoso, além de mágico. Ele só não disse que é também considerado o número da mentira(...)").
Quem no MEC toma conta das questões técnicas da PIPC terá imaginado a prova em 2008. Andará por Lisboa há mais de uma década a assessorar e terá construído a prova com os ensinamentos que retratei neste post, de 5 de Agosto de 2006, que explica que o 5 podia incomodar um ex-reitor e o 7 quem vai reconhecer de seguida:
"Dizer que o sistema escolar em Portugal está de rastos tornou-se moda. Desde dirigentes dos partidos políticos que passam a vida a anunciar reforma sobre reforma até aos colunistas que propalam a falência do dito e passando pelos jornalistas que editam os mais variados e arrasadores editoriais, a ninguém escapa a oportunidade de zurzir nas nossas escolas.(...)