do tal denominador comum (2)
Como previ aqui, o tal denominador comum fez vigência no seio dos professores e das suas organizações; nas informais e nas outras. O momento é de tal modo inaudito e grave que não era difícil prever que as formas de luta incidissem em greves nos momentos de avaliação e que tivessem um apoio maioritário.
Quando as greves dividem as opiniões públicas e são muito mediatizadas, os grevistas devem manter o sangue frio e agir de forma ainda mais cerebral. Não será fácil fazer um greve polémica num ambiente como o que vivemos, apesar da razão dos professores.
Participei numa greve às avaliações na década de oitenta do século passado por causa, salvo erro, do primeiro estatuto da carreira.
Nos dias que a antecederam, os delegados sindicais, apoiados nos membros dos conselhos directivos, organizaram o escalonamento das faltas aos conselhos de turma de forma a reduzir a penalização financeira nos do costume. Planearam com toda a discrição para garantirem a liberdade dos que não aderiam e evitarem assim a acusação de uma espécie de "greve forçada". Lembro-me que, após o primeiro dia, a adesão alastrou-se.
Desta vez, parece-me que há uma novidade: há quem organize, e bem, uma espécie de fundo financeiro de apoio.
Os ímpetos mais impacientes, que são agora ainda mais compreensíveis, devem considerar o efeito descrito na imagem que escolhi.