dois caminhos
Até numa situação de crise as sociedades devem escolher entre dois caminhos: acreditarem na lógica dos regimes unipessoais e de nomeação ou optarem por teias cooperativas em que as lideranças se afirmem pela legitimidade dos sufrágios directos e universais. A história é inequívoca: as que se decidiram pelo segundo caminho registaram melhores resultados qualquer que seja o ângulo de análise. Há tempos escrevi assim:
- pela renovação e legitimidade dos mandatos de poder - com limitação do número consecutivo nos exemplos mais avançados e prósperos - e pelo sufrágio directo e universal;
- pela consequente divisão de responsabilidades, com aumento significativo da mobilização cívica e profissional;
- pela liberdade de expressão, e de circulação de ideias, que proporciona níveis elevados de inovação e de espírito empreendedor;
- pelos níveis de parcimónia, de transparência e de escrutínio na gestão dos bens comuns;
- pela repartição da riqueza, pelos progressos no bem-estar das pessoas e nos indicadores de esperança de vida;
- pelos inauditos níveis de desempenho profissional das pessoas e das organizações;
- pela afirmação de lideranças fortes, segundo o seguinte princípio de simultaneidade: "os líderes sentem-se capazes do seu exercício e os liderados reconhecem essa autoridade".