claro
Este post do Ramiro Marques, donde tirei as afirmações de Licínio Lima que vai ler mais à frente, refere uma evidência: a ideia de amontoar, vulgo agrupar, escolas é má, só encontra apoio em financeiros desconhecedores da realidade escolar e reúne já um número considerável de argumentos desfavoráveis.
A epifania tem efeitos ainda piores se estiver associada a um modelo de gestão escolar que possibilite a eliminação da eleição democrática nos órgãos intermédios. Escrevi possibilidade propositadamente, já que o facto da maioria das direcções não terem optado pela eleição (ou se o fizeram foi de forma envergonhada) é revelador de uma nefasta mentalidade e explica uma boa parte da nossa babilónia administrativa, da nossa apetência para o caciquismo e da consequente falência financeira. A democracia quando não é desejada deve ser imposta e nunca o contrário.
Os agrupamentos de escolas são nefastos para as partes envolvidas; todas perdem. As escolas pequenas regressam a um estádio anterior ao das delegações escolares, as escolas sede vêem-se mergulhadas em problemas e correm o risco de verem os lugares de direcção ocupados por professores exteriores ao estabelecimento de ensino e desfasados da história e da cultura organizacional vigente.
Esta desastrosa tendência do ME de recorrer a CAP´s para a colocação de boys, de gente-de-mão ou de sei-lá-o-quê, é um comportamento revelador do pior que tem a nossa sociedade como relata o seguinte comentário no post da desmobilização à irresponsabilidade: "(...)Na EB23 (teip desde a criação), os problemas agudizaram-se. A EB23/Secundária (tem 2.º ciclo), onde está a CAP (todos de fora, nomeados pela DREN), está um horror, tudo a fugir para a reforma (14 desde Setembro), manobras para a eleição do director... até a associação de antigos alunos se viu impedida de realizar o habitual almoço anual.(...)"