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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

imagem (1ª edição em 7 de Novembro de 2010)

07.11.10

 

 

A boa imagem de um governo, de um ministério, de uma empresa, de uma escola ou de um profissional só se constrói com a verdade. Sabemos que há excepções e que em regra têm um triste fim.

 

É ineficaz e provisório solicitar aos membros de uma organização que ocultem o quotidiano. A imagem é um somatório de impressões e afirma-se numa combinação de dados dos domínios racional e sensorial. É impossível de bloquear.

 

Um passo fundamental para o descrédito é o mau exemplo. Se os elementos de um órgão de direcção têm por rotina verberar a incompetência uns dos outros, só podem esperar que esse metabolismo se torne numa imagem da marca.

do mundo real

07.11.10

 

 

Tinham passado cerca de vinte anos. Reencontrei um amigo de infância na altura em que ele terminava a navegação no activismo jota do PSD. Estávamos em meados da década de noventa do século passado, no esboroar do cavaquismo executivo, no verdadeiro desenho do monstro e em plena afirmação da má moeda e das PPP´s.

 

O meu amigo estava deslumbrado com uma comunicação de Ângelo Correia numa sessão interna para jovens: para se ser político, primeiro tem de se ser rico. Estranhei o entusiasmo do meu amigo. Quem olhava para o modo como se enriquecia em Portugal, e se se fosse um social-democrata honesto, só tinha motivos para afirmar o contrário. Vinte anos depois comprova-se; muito duramente, mas comprova-se.

 

Estive os últimos dias fora da rede. Uma ou outra incursão e nada mais. Num desses momentos dei com o tal guru do PSD, o Ângelo Correia, em pleno plano inclinado num dos canais de cabo. É antiga a intuição de que este ser se tem na melhor das contas. A propósito da qualidade dos deputados e dos políticos em geral sentenciou: isso não pode ser para desempregados, funcionários públicos e marginais. Não estranhei a associação, como também não me espanta o estado do país, da sua corrupção e dos gulosos insaciáveis.