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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

areias movediças

20.09.10

 

 

Li que o FMI nunca acertou uma projecção económica. Também é conhecida a navegação à vista dos economistas. A explicação do passado é a tábua de salvação. Por cá, a agenda mediátca agrupa-os na receita do costume: cortes nos salários dos funcionários públicos, seguido de um corte nos salários dos funcionários públicos e se não for suficiente advogam um corte nos salários dos funcionários públicos. Parece que até economistas que a se reformaram do estado com menos de 50 anos de idade se transformaram nuns destemidos dos cortes.

 

As notícias de hoje são engraçadas. Enquanto aqui se diz que o spread da dívida a dez anos atinge novo máximo histórico face à alemã, mais abaixo, e no mesmo jornal, aqui, afirma-se que FMI acredita que Portugal vai conseguir reduzir défice para três por cento em 2013.

e santo onofre? (06)

20.09.10

 

 

 

 

Disse-me um professor de outra escola do concelho das Caldas da Rainha: existiu uma enorme debandada de alunos de Santo Onofre porque temos de fazer turmas muito para além dos limites da rede escolar; os encarregados de educação nem querem ouvir falar em Santo Onofre.

 

A descontrolada rede escolar das Caldas da Rainha volta a ficar desequilibrada. Depois da inédita integração urbana de uma escola particular e cooperativa (que não se agrupa) os desequilíbrios desta rede concelhia agravam-se. Os seus recursos humanos bem podem temer o futuro.

 

Deixei passar a primeira semana de aulas em Santo Onofre e tentei conhecer os números. Um procedimento que, desde o século passado, um qualquer interessado apurava com todo o rigor e à distância de um clique num qualquer terminal da rede, é hoje uma dor de cabeça. A informação não está nos locais de estilo e o melhor que consegui foi taxativo: saíram mais de duas centenas de alunos num universo de pouco mais de oitocentos.

 

Passar pelo recreio no intervalo é uma dor de alma. São poucos os que ficaram. Quem os conhece sabe que a regra foi mais ou menos assim: os alunos das famílias mais informadas transferiram-se. Ficaram os outros, os duplamente penalizados: para associar a famílias sem tempo ou ambição escolar, vêem agora vedado o convívio, na mesma sala de aula, com quem beneficia desses factores decisivos.


certeiro

20.09.10

 

 

 

Este post do Paulo Guinote toca em questões muito importantes. Por muito que custe a uma grande parte da esquerda e aos vizinhos do arco-do-poder, as políticas da Educação dos últimos vinte anos mantiveram as desigualdades. E porquê? Antes de ir ler o post e o texto que o acompanha, sublinho o que já referi várias vezes: foram raros os políticos da capital que matricularam os seus educandos em escolas públicas com as consequências que se adivinhavam num pais de escolaridade pouco enraizada.

sinais

20.09.10

 

 

 

É grave que seja rejeitado na Assembleia da República um voto de condenação à deportação de ciganos em França. A política de Sarkozy não foi condenada pelos partidos do famigerado arco-do-poder: PS, PSD e CDS. Foi na sexta-feira e não teve eco que se visse na comunicação social. Conivência, vergonha ou desinteresse?

 

A onda de racismo é um fenómeno cíclico na europa. As forças de direita têm essa sede de exclusão. Nos períodos de fraqueza económica os excessos dessa natureza ganham força e, por vezes, só se conseguem parar com guerras devastadoras. Dá ideia que a experiência recente da segunda-guerra já se apagou das memórias.

 

Até os prevenidos suecos estão em estado de choque. A extrema-direita elegeu 20 deputados para o parlamento nas eleições de ontem.