dois exercícios de paciência
Se o chefe do governo é aconselhado, como se informa aqui, pelo seu estratega Basílio Horta a ter paciência com o seu amigo Chávez da Venezuela, o que se pode aconselhar, num exercício do mesmo nível, aos professores contratados é que tenham também paciência, como se escreve aqui, com o inimigo dos docentes portugueses, o obstinado José Sócrates. É mesmo inacreditável a dança de tribunais em que vão sendo jogados os professores contratados por causa do inenarrável primeiro ciclo da avaliação do desempenho. Mas o mais chocante é o ME argumentar com os interesses dos professores para sustentar a inflexibilidade de S. Bento, dos homens das finanças e dos recursos humanos. Dizia noutro dia um especialista: "os mentores do estatuto, da avaliação e do modelo de gestão já vão para as conferências dizer que não acreditam nada naqueles modelos". A questão é antiga mas deve ser sublinhada: "e a accountability pela tragédia?"