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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

diz o gémeo despesista

27.05.10

 

 

 

Foi daqui

 

 

 

 

... denunciando um dos maiores atestados de incompetência a quem governa as escolas que me foi dado conhecer (nem sei como se curvam, ou melhor, sabemos bem). Também imaginamos as outras lógicas subjacentes e a opinião dominante sobre os tais de zecos.

PSD levanta suspeitas de "critérios partidários" na escolha de "gestores de edifício" nas escolas

 

"O PSD questionou hoje o Governo sobre os critérios de escolha dos chamados “gestores de edifício” das escolas abrangidas pelo programa de modernização, dizendo dispor de “informações preocupantes” de que serão “critérios partidários”.(...)"

coisas óbvias

27.05.10

 

 

Foi daqui

 

Os que me conhecem melhor sabem da minha fidelidade aos produtos da Apple. Os seus computadores, o imbatível sistema operativo e a base de dados mais poderosa que se conhece, o Filemaker, são alguns dos meus oxigénios profissionais desde a década de oitenta do século passado; sou um indefectível.

 

Não é difícil imaginar as vezes que fui objecto de desdém pelos missionários da Microsoft; é de notar, que esses imperialistas do software sempre acusaram os adeptos da maçã de qualquer coisa como limitados em não sei o quê e de fracos em estratégias de mercado.

 

O tempo e o mercado, sempre o tempo e o mercado - o segundo um bocado idiota e demasiado falível -, lá se encarregaram de colocar as coisas no lugar. Ora leia.

 

Apple ultrapassa a Microsoft como a mais valiosa empresa de tecnologia

"É uma reviravolta do mercado que revela uma revolução cultural e de comportamentos: a Apple ultrapassou a Microsoft como a mais valiosa empresa de tecnologia do mundo.(...)".

a tendência da servidão

27.05.10

 

Cortesia da La Salete Loureiro.

 

"O Público, cuja prudência na afirmação é correlativa à recusa da metáfora, colocou na primeira página de 23 de Maio, entalada entre Mourinho e a conclusão da série de televisão Perdidos, uma acusação terrível: "As causas que amarram a economia ao marasmo. Um problema que começou com Cavaco e com Guterres." O distinto periódico não só se distraiu no cacófato como acordou um pouco tarde para uma evidência conhecida há duas décadas.

O dr. Cavaco encheu o País de betão inútil. Recebeu oceanos de dinheiro para resolver dificuldades essenciais (repito: essenciais) e deu um tratamento uniforme aos problemas relativos ao desenvolvimento. Confundiu tudo. É um dos maiores embustes políticos de que há memória. O eng.º Guterres fez o percurso de interpretação clássica: o mal está na educação. Era a sua paixão ardorosa e a apoquentação da sua alma repleta de piedosas referências. O Cavaleiro de Oliveira escreveu que vivíamos numa "fermosa estrivaria." Guterres, num "pântano". Fugiu e escancarou as portas à direita mais abstrusa.

Se o nosso presente está ameaçado pela própria contingência da realidade que o envolve, deve-se a estes senhores, e a muitos mais outros, a perda da unidade de sentido que faz funcionar um país, uma nação. Tudo o que foi ministro da Economia e das Finanças tem passado pelas televisões apresentando respostas para a crise que não previram, ou que anteviram e não avisaram, ou que fomentaram por negligência e inépcia. Agora, são todos sábios e enunciam algo de semelhante ao fim da pátria tal como a conhecemos, e ao ocaso da democracia por ausência de cidadania. Enfim, dizem, a nossa tendência é a da servidão.

Fomos os "alunos exemplares" de Bruxelas: aceitámos a destruição do nosso tecido produtivo com a submissão de quem não foi habituado a expor questões e a enumerar perguntas. Pescas, agricultura, tecelagem, metalurgia, pequenas e médias empresas desapareceram na voragem, em nome da "incorporação" europeia. A lista de cúmplices desta barbaridade é enorme. Andam todos por aí. Guterres trata dos famintos do Terceiro Mundo; Barroso, dos "egocratas" de barriga cheia; os economistas que nos afundaram tratam da vidinha, com desenvolta disposição. Nenhum é responsável do crime; e passam ao lado da insatisfação e da decepção permanentes, como cães por vinha vindimada.

Impuseram-nos modos de viver, crenças (a mais sinistra das quais: a da magnitude do "mercado"), um outro estilo de existência, e o conceito da irredutibilidade do "sistema." Tratam-nos como dados estatísticos, porque o carácter relacional do poder estabelece-se entre quem domina e quem é dominado - ou quem não se importa de o ser."

 

 

Baptista-Bastos, aqui.