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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a esquerda "tontinha"

19.03.10

 

 

Foi daqui

 

 

 

Não me lembro do nome do autor, mas a ideia de que Portugal navega numa expressão fatal não me saiu da memória:"temos uma direita cegueta e uma esquerda tontinha".

 

Os partidos políticos têm sido responsáveis por um discurso nas políticas da Educação que desresponsabiliza a sociedade pelo insucesso e abandono escolares e que remete para a escola a solução de todos os problemas sobrecarregando-a de um modo insuportável.

 

Ouvi hoje a deputada que melhor tem defendido as causas da escola pública nos últimos anos fazer um discurso falho de pragmatismo e desfasado da realidade. Podia incluir aqui um relambório de coisas óbvias, chamando à argumentação um rol de simultaneidades políticas: a utopia tem de ser associada ao pragmatismo; os pilares têm de ser dois: o emancipador e o regulador; ou não basta pensar no que existe, é necessário alavancar dentro daquilo que é possível.

 

Ana Drago do BE defendeu que a suspensão dos alunos é ineficaz porque faz passar a ideia "que uma suspensão corresponde a uns dias férias". Com as devidas proporções, será o mesmo que dizer a uma pessoa que comete um crime e é condenada, mas que não tem casa ou alimentação diária, que a cadeia (quem me dera um mundo sem prisões ou crimes) é uma melhoria da qualidade da sua vida. Os alunos necessitam de exemplos, de castigos transparentes e que se cumpram, e as famílias têm de encontrar na sociedade a ajuda para os seus problemas. A escola é que não pode continuar só.

cinco anos a regredir

19.03.10

 

 

 

Em Maio de 2008 (fui confirmar no blogue na rubrica "estatuto do aluno") dizia-me um responsável por um sistema de informação escolar: "vou ter um trabalhão; o governo acabou com a distinção entre faltas justificadas e injustificadas no básico e no secundário e tenho de reformular a programação do registo de faltas". Desculpem-me a falta de modéstia, mas disse-lhe: "não mexia nisso, não leio assim a lei e não tarda dizem que afinal é para fazer como dantes". Demorou dois anos.

 

É evidente que a minha conclusão foi óbvia para quem conhece a nossa sociedade e as escolas por dentro. Nesse dia, fiz um post com o seguinte texto:

 

 

"E dei comigo a pensar num estatuto do aluno. O que vou escrever a seguir é muito a sério, foi objecto de uma atenta e demorada análise.

Proponho, para o regime de faltas, um estatuto sem preâmbulos e com um único artigo.

Os alunos reprovam se excederem o limite de faltas injustificadas a uma das disciplinas, ou áreas curriculares não disciplinares, que compõem o seu programa de estudos. Entende-se por limite de faltas injustificadas, o produto da multiplicação por três do número de aulas semanais em cada uma das actividades referidas. Compete aos directores de turma o estabelecimento dos critérios que consideram uma falta como justificada."

 

Ministra vai alterar regime de faltas dos alunos

 

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou hoje que vai alterar o regime de faltas dos alunos e que voltará a haver distinção entre ausências justificadas e injustificadas. A ministra falava na Assembleia da República, na abertura do debate de urgência pedido pelo CDS-PP sobre violência escolar.(...)"

 


 


 

é mesmo a sério?

19.03.10

 

 

 

Congelamento das prestações sociais abre divisões entre ministros de Sócrates

 

"A vaga de contestação ao PEC atingiu o executivo, com vários ministros a manifestarem as suas reservas sobre o documento, nomeadamente face ao congelamento das prestações sociais. As críticas que José Sócrates ouviu dentro do Governo - a TVI, ontem à noite, nomeava como principais opositores os ministros da Economia, Vieira da Silva, da Justiça, Alberto Martins, e da Saúde, Ana Jorge, todos eles conotados com a ala esquerda - obrigaram à realização de dois conselhos de ministros extraordinários, nos dois últimos fins-de-semana.(...)"