enigmas lusitanos?
Assisti a uma sessão sobre direito administrativo em que a dada altura se instalou um debate à volta do tipo de órgão executivo na administração pública: unipessoal ou colegial.
Sabe-se que a composição do primeiro obedece ao ente insolado e a do segundo se inicia em três; faltava a de dois, situação, aliás, rapidamente detectada.
Não se chegou a uma conclusão definitiva.
Talvez noutras geografias do mundo europeu esta questão nem se coloque. Mas no universo mais a sul, onde perdura o jeito caciquista, a dupla faz todo o sentido prático: "somos quase sempre dois no unipessoal e no colegial: eu e o meu espelho".