uma década
Não tenho a mania que sou adivinho mas tenho o cuidado de tentar olhar um bocadito para além da espuma dos dias. Quando há muito tempo escrevi que a grande maioria dos professores teria o seu salário congelado (sem aumentos e sem progressões na carreira) estava longe de pensar que isso seria para uma década, apenas com uma outra pitada de euros ou de cêntimos em ano de eleições.
E é assim: enquanto os professores continuam atónitos a decifrar esquemas de transição cheios de propositados buracos negros (tristes mentes têm os preguiçosos inventores) ou acordos intrincados e apressados, a massa salarial continua congelada e as progressões automáticas e os salários com tecto igual ao do primeiro-ministro ficam para os cargos de nomeação política.