por mais voltas
... ou por muitos caminhos argumentativos que se percorra, não existem fundamentos modernos, sensatos e profissionais que exijam que a avaliação dos professores não se circunscreva à dimensão ensino. É dentro da sala de aula que se tem de avaliar os professores.
Bem sabemos que o sistema escolar do básico e do secundário está inundado de professores que estão há décadas sem componente lectiva, que fogem a sete pés das salas de aula, que estão sempre prontos a inventar burocracia técnico-pedagógica, que vociferaram, ou conspiram, contra a componente não lectiva dos que leccionam e que elevam a despesa que não é investimento. Mas mais: são também esses que advogam a avaliação nas dimensões imensuráveis que pululam no espaço de má burocracia exterior à aula; são esses, os que não leccionam, que asfixiam a possibilidade de ensino; com honrosas excepções, como é evidente.