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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

apesar dos professores que mais lutaram darem sinais de exaustão

05.12.09

 

 

Foi daqui.

 

 

 

E já se sabe como é: os grupos quando estão exaustos são capazes das atitudes mais extremas. Era bom que quem se senta à mesa de negociação tivesse esse dado bem presente. Sabemos que os sindicatos aprenderam a lição com o fatídico "entendimento" de Abril de 2008 e que têm uma grande responsabilidade por lidarem com um governo minoritário. Mas o governo também deve ter aprendido: a avaliação dos professores foi escolhida no passado como certidão de garantia de uma nova maioria absoluta e aconteceu o que se sabe. Desta vez, e a repetir-se o cenário, pode ser ainda mais grave. Basta que a oposição saiba lidar com a pressão e consiga gerar uma alternativa credível de governo.

 

 

Professores voltam ao calendário dos protestos mas o tom não está definido

 

"O estado de graça já foi. Apesar de continuar satisfeita com o fim da divisão da carreira docente e a morte do actual modelo de avaliação, anunciadas pela nova equipa do Ministério da Educação (ME), a Federação Nacional de Professores - Fenprof já começou a preparar o terreno para voltar às acções de protesto: ontem, adiantou que vai começar a realizar plenários nas escolas e agendou para Janeiro uma "iniciativa nacional", envolvendo todos os docentes.(...)"

 

verdade ou consequência?

05.12.09

 

Foi daqui.

 

"Verdade ou consequência" é um jogo da minha adolescência. Os meus amigos e amigas jogavam-no com frequência, mas confesso que nunca fui grande adepto. Nem me lembro bem das regras, embora tenha ideia que a uma pergunta de índole pessoal se exigia uma resposta verdadeira ou, e em caso contrário, à sujeição a uma consequência nada agradável.

 

Vem isto a propósito da situação actual na luta dos professores. Dá a sensação que o governo está a recuar na avaliação e que volta a um registo meio-monstro burocrático, com meias-quotas e com módulos bi-anuais. Não sabemos se esta alteração de registo vem da cinco de Outubro ou de S. Bento. É natural que venha do gabinete do chefe do governo e até pode ter uma intenção de política geral a apontar para eleições antecipadas.

 

Se a intenção é esticar a corda, se for essa a verdade, estou em crer que as consequências serão ainda mais desastrosas para o partido do governo do que as verificadas nas últimas legislativas. É até pouco crível que se esteja a definir uma estratégia dessas, mas quando o desnorte se instala é mais fácil perseguir fantasmas do que resolver os graves problemas criados ao poder democrático das escolas.