apesar dos professores que mais lutaram darem sinais de exaustão
E já se sabe como é: os grupos quando estão exaustos são capazes das atitudes mais extremas. Era bom que quem se senta à mesa de negociação tivesse esse dado bem presente. Sabemos que os sindicatos aprenderam a lição com o fatídico "entendimento" de Abril de 2008 e que têm uma grande responsabilidade por lidarem com um governo minoritário. Mas o governo também deve ter aprendido: a avaliação dos professores foi escolhida no passado como certidão de garantia de uma nova maioria absoluta e aconteceu o que se sabe. Desta vez, e a repetir-se o cenário, pode ser ainda mais grave. Basta que a oposição saiba lidar com a pressão e consiga gerar uma alternativa credível de governo.
Professores voltam ao calendário dos protestos mas o tom não está definido
"O estado de graça já foi. Apesar de continuar satisfeita com o fim da divisão da carreira docente e a morte do actual modelo de avaliação, anunciadas pela nova equipa do Ministério da Educação (ME), a Federação Nacional de Professores - Fenprof já começou a preparar o terreno para voltar às acções de protesto: ontem, adiantou que vai começar a realizar plenários nas escolas e agendou para Janeiro uma "iniciativa nacional", envolvendo todos os docentes.(...)"