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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

sem palavras

30.11.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

 

 

 

Depois de duas ou três tentativas infrutíferas, o Agrupamento de Escolas de Santo Onofre elegeu os docentes ao Conselho Geral Transitório (CGT), o órgão que de acordo com a nova legislação escolhe o director.

 

O concurso/eleição do órgão unipessoal de direcção decorreu ontem com a participação de três candidatos. Entre os oponentes, verificou-se a presença da ex-presidente do Conselho Executivo (CE) destituído e a do coordenador da Comissão Administrativa Provisória (CAP). Ao que me informaram, o CGT elegeu o actual coordenador da CAP.

mais uma pérola de josé luiz sarmento

30.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Aqui e de seguida.

 

 

"Engenheiros ou classicistas?

 

Uma coisa é dizer que precisamos de mais engenheiros que classicistas; outra é dizer que precisamos mais de engenheiros que de classicistas. A diferença entre estas duas afirmações está em que a primeira releva do bom senso e a segunda da mais completa falta de visão.

 

De engenheiros, precisamos aos milhares (se alguns deles forem, além de engenheiros por profissão, classicistas por gosto, tanto melhor: serão certamente melhores engenheiros). De classicistas, talvez só precisemos de umas dezenas.

 

Mas oito alunos a aprender Grego no Secundário, só oito a nível nacional, parece-me muito pouco. Poderá dar-se o caso de o País estar em dificuldades mais por falta de classicistas, historiadores e filósofos do que por falta de engenheiros?"

 

ode à mentira

30.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Cortesia de Manuela Silveira.


 

 

 

 

Crueldades, prisões, perseguições, injustiças,

como sereis cruéis, como sereis injustas?

Quem torturais, quem perseguis,

quem esmagais vilmente em ferros que inventais,

apenas sendo vosso gemeria as dores

que ansiosamente ao vosso medo lembram

e ao vosso coração cardíaco constrangem.

Quem de vós morre, quem de por vós a vida

lhe vai sendo sugada a cada canto

dos gestos e palavras, nas esquinas

das ruas e dos montes e dos mares

da terra que marcais, matriculais, comprais,

vendeis, hipotecais, regais a sangue,

esses e os outros, que, de olhar à escuta

e de sorriso amargurado à beira de saber-vos,

vos contemplam como coisas óbvias,

fatais a vós que não a quem matais,

esses e os outros todos... - como sereis cruéis,

como sereis injustas, como sereis tão falsas?

Ferocidade, falsidade, injúria

são tudo quanto tendes, porque ainda é nosso

o coração que apavorado em vós soluça

a raiva ansiosa de esmagar as pedras

dessa encosta abrupta que desceis.

Ao fundo, a vida vos espera. Descereis ao fundo.

Hoje, amanhã, há séculos, daqui a séculos?

Descereis, descereis sempre, descereis.

 

Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'