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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

em que é que ficamos?

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

 

 

Ouvi o novo ministro dos assuntos parlamentares na sic notícias com um discurso muito delicado em relação às questões da Educação. Mudou o tom em relação às que proferiu na TSF e de que dei conta noutra entrada. Por sua vez, o secretário-geral da Fenprof também aparece a esclarecer a sua posição em relação às competências da Assembleia da República.

 

 

 

Fenprof: AR deve suspender avaliação se Governo não o fizer

 

"O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, defendeu hoje que o Parlamento deve suspender o actual modelo de avaliação de professores caso o Governo não venha a tomar a iniciativa nesse sentido.

«É necessário que a Assembleia da República suspenda a avaliação se o Governo não o fizer», afirmou Mário Nogueira em Coimbra, ao intervir na Festa do Livro, numa sessão promovida pelo Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) em colaboração com a editora Calendário.

No entanto, segundo o dirigente sindical, «a avaliação não pode ter uma abordagem descontextualizada do Estatuto da Carreira Docente».

"Tudo isso a Assembleia da República pode já orientar", acrescentou.

Mário Nogueira realçou que importa levar o Parlamento "a chamar os sindicatos" e "a ter já um projecto de revisão do Estatuto da Carreira Docente".

"Era preciso um sinal de que a relação da nova equipa" do Ministério da Educação, chefiada por Isabel Alçada, "com as escolas ia ser diferente".(...)"

 

 

 

italo calvino

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

O Princípio da Leveza

(um dos seis, que afinal foram cinco, princípios para o milénio que estamos a viver).

 

foi escrito por Italo Calvino, um pouco antes da sua morte, para fazer as famosas conferências de Charles Eliot Norton Poetry Lectures na Universidade de Havard, nos Estados Unidos.

 

Leveza, rapidez, exactidão, visibilidade, multiplicidade e consistência foram as suas propostas. A consistência ficou por escrever. Do carácter premonitório e intemporal das lições do grande mestre Italo Calvino, saliento a leveza como uma leitura que me é indispensável. Para a conhecer basta inserir os critérios num qualquer motor de busca na internet ou ler o livro, claro. Vale a pena (pode começar por aqui ou por aqui).

 

outra vez o secretário-geral da fenprof?

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

 

 

O título que escolhi para este post é o mesmo do email que recebi enviado por uma leitora identificada. O conteúdo é interessante e resolvi partilhá-lo. 

 

 

"O que pretende ele? Será que gosta de andar em reuniões com o ME? Que até ao momento não se tenha ouvido nenhuma voz vinda do ME é significativo. Haverá mesmo ministra?! Ou será que Sócrates só a convidou para a tomada de posse (como já fez com os meninos que foram receber Magalhães só para a reportagem?)

Se há ministra, terá ela um projecto, uma agenda, um plano? Terá alguma coisa para dizer? Ou está convencida que foi convidada para viver uma “aventura” com os professores?

Não haja dúvidas: Sócrates substituiu a equipa anterior por ventríloquos, nada mais que isso…

Portanto, Mário Nogueira, as negociações não são com o ME.

 

Em reacção ao anúncio de Aguiar Branco, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, Mário Nogueira, que se encontrava na assistência, disse ao PÚBLICO concordar com a aprovação de recomendações sobre o Estatuto da Carreira Docente, mas alertou para o risco de ser o Parlamento a criar uma lei com um novo modelo de avaliação.

 

É que o Estatuto da Carreira Docente é regulado por um decreto-lei e o modelo de avaliação de professores - que decorre do estatuto – passaria a ser pautado por uma lei que juridicamente tem uma hierarquia superior, sustenta Mário Nogueira que defende que os sindicatos devem voltar à mesa das negociações com o Ministério da Educação."

 

da blogosfera (008)

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

Foi daqui.

 

 

 

Uma fracção duma fracção; aqui.

 

"(...)Nem por sombras. Um bom modelo de avaliação é condição necessária para que tenhamos melhores professores, mas está longe, muito longe, de ser condição suficiente. Uma melhoria significativa da qualidade dos professores implicaria, logo na fase de recrutamento, que se fosse buscar às universidades os melhores graduados - competindo as escolas, para tal, com outras carreiras e com outras opções de vida, incluindo a emigração que nos está a privar, dia a dia, dos nossos jovens mais qualificados. A carreira docente precisaria, para atrair estes jovens, de ser muito mais atraente do que é hoje - quer em termos de remuneração, quer de estabilidade, quer de probabilidades de progressão, quer em prerrogativas - e destaco, de entre estas, a que mais afronta a tradicional inveja e o tradicional anti-intelectualismo dos portugueses: tempo livre para reflectir, estudar e adquirir o ascendente cultural que, mais do que qualquer outra coisa, confere autoridade aos professores. É esta, de resto, a moeda utilizada em todo o mundo, à falta de dinheiro, para pagar aos professores.(...)"

 

Não comentar chega?; aqui.

 

"O que está em causa neste conjunto de averiguações e processos que envolvem figuras públicas é a mais terrível das suspeitas que se pode forjar em democracia: a da corrupção, a do tráfico de influências. Mas acima dela, suspeita das suspeitas, insidiosa e perigosa como nenhuma outra, é a de que não estamos em condições, não podemos nem queremos, dar combate incessante à corrupção e ao tráfico de influências.

É por isso que aos governantes, instados a pronunciar-se sobre os casos, não basta talvez dizer não comento. Eu preferiria que, mantendo o não comento os casos, reafirmassem a sua vontade de esclarecimento cabal e célere das suspeitas, o compromisso de combate total à corrupção, venha ela donde vier, o seu empenho em que a lei seja cumprida e a ética republicana respeitada." 
 
Em pouco mais de 1000 caracteres; aqui.
 

"Curtas sugestões para a nova ministra da Educação, para a edição de hoje do I:

A nova ministra da Educação, caso seja ela a definir efectivamente a política do seu ministério, deverá concentrar a sua acção em quatro vectores essenciais:

Pacificar o ambiente que existe entre a classe docente e a tutela, contribuindo de forma activa para ultrapassar a imensa quebra de confiança que se criou durante o mandato anterior. Para isso é essencial que reabra o processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente e dê sinais inequívocos que o modelo de avaliação do desempenho é para ser substituído até final de 2009.

Fomentar um clima de exigência, rigor e disciplina no trabalho quotidiano das escolas, a todos os níveis, incluindo uma responsabilização directa dos alunos (e famílias) pela sua assiduidade, pelo seu desempenho e comportamento na sala de aula e nos espaços escolares.

Promover de forma consequente uma reflexão profunda sobre a reorganização dos ciclos de escolaridade, a estrutura curricular e os conteúdos programáticos das diversas disciplinas.

Apostar num ensino de qualidade e não apenas de quantidade, em especial no que se refere à chamada escola a tempo inteiro e à ocupação plena dos tempos escolares. Mais escola não significa necessariamente melhor escola."

 

a oposição com um mesmo objectivo

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui.

 

 

 

E o governo minoritário isolado e a revelar divisões. É bom que os "novos" governantes percebam que as pessoas contam e que a manipulação tem sempre, como se viu, os "dias contados".

 

 

PSD espera que Governo suspenda modelo de avaliação dos professores

 

 

"O líder parlamentar do PSD esteve reunido esta tarde com o futuro líder da bancada socialista e no final disse aos jornalistas que espera que o Governo mostre que é diferente do anterior e cumpra com a suspensão do modelo de avaliação dos professores. Aguiar Branco acredita que esta é a forma de acabar com a tensão nas escolas."

 

 

óbvio: avaliação sem quotas

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui.

 

 

A avaliação com quotas quase que não tem defensores fundamentados. No caso da avaliação dos professores, nem o conselho científico nomeado pelo governo nem os relatórios internacionais advogam essa solução.

 

 

Professores: BE propõe avaliação sem quotas

 

"O Bloco de Esquerda (BE) defendeu esta terça-feira um modelo de avaliação de professores «integrado», sem quotas e realizado aquando da mudança de escalão do docente e onde também é feita uma apreciação de cada estabelecimento de ensino.(...)"

 

finalmente: be quer avaliação antes da mudança de escalão

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui. 

 

Só os tecnocratas do eduquês e os seres mergulhados em má burocracia é que defendem uma avaliação para os professores todos nos anos todos. Parece que ainda há na esfera político-partidária quem apresente propostas que fazem sentido.

 

Ora leia.

 

Professores: BE quer avaliação antes da mudança de escalão

 

"O Bloco de Esquerda deu a conhecer esta tarde o seu modelo de avaliação de professores. Entre as alterações ao actual sistema, o Bloco defende que a avaliação deve ter lugar apenas quando os docentes estão para mudar de escalão.(...)"

oposição pode suspender modelo de avaliação, diz constitucionalista

04.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

Mas a TSF, estação de rádio dirigida por Paulo Baldaia - que defende com tal convicção o actual modelo que chego a pensar que o senhor é um especialista injustamente esquecido; um desperdício, portanto - escolhe outro título para a mesma notícia.

 

É claro que já se percebeu que o governo quer continuar a fazer duas coisas: agradar ao lumpen e esticar a corda neste dossiê para não ceder nos restantes. É triste. É como se a razão e a saúde da escola pública fossem secundárias.

 

Governo pode travar «coligação negativa» da oposição

 

"O constitucionalista Paulo Otero referiu, em entrevista à TSF, que os partidos da oposição têm condições para suspender o modelo de avaliação de professores. No entanto, Paulo Otero alertou que o Governo pode travar, através de decreto-lei, a «coligação negativa» da oposição.(...)