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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da blogosfera (005)

23.10.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

 

 


Posição da Escola D. Afonso Sanches - Vila do Conde; aqui.

 

A ler aqui: 

RevogaçãodaAvaliação_15.10.09.

Um exemplo a seguir…

Aprovado regime transitório de avaliação de desempenho de directores; aqui.

1. Foi publicada no dia 21 de Outubro a Portaria 1317/2009, que fixa o regime trasitório de avaliação de desempenho dos directores de escolas, subdirectores, adjuntos e directores de centros de formação.

 

2. Os directores são avaliados pelo respectivo director regional de educação. Os subdirectores e adjuntos são avaliados pelo respectivo director.

3. Menções a atribuir: insuficiente, regular, bom, muito bom e excelente. A classificação final é determinada pela soma da classificação ponderada atribuída a cada parâmtero. Entre os parâmetros constam: graus académicos, acções de formação, classificações de avaliações externas da escola e número de anos em funções executivas, entre outras.

4. Junto de cada DRE é constituído um Conselho Coordenador de Avaliação de que fazem parte o director regional, o director-geral de recursos humanos, três directores de escolas e um director de centro de formação. Cabe ao Conselho Coordenador da Avaliação validar as classificações de Muito Bom e de Excelente.

5. É fácil verificar o elevado grau de dependência dos directores escolares face aos directores regionais de educação. Não é exagero dizer que os directores escolares ficam na dependência das boas graças dos directores regionais de educação. Podem ser demitidos pelo director regional de educação e são avaliados por ele. Não tendo turma atribuída, é caso para perguntar: faz sentido que os directores continuem a ser abrangidos pelo estatuto da carreira docente? Não me parece. Foram professores, mas deixaram de ser. São gestores intermédios, não são professores.

Um comentário: "É talvez um dos momentos mais interessantes da história do ensino em Portugal. Estamos a assistir ao nascimento duma nomenklatura, que se substitui à gestão democrática da escola suplantada em prol dum organicismo hegeliano, primordial alimento totalitário."

A avaliação (dizem que transitória) dos órgãos de gestão; aqui.

Portaria n.º 1317/2009 de 21 de Outubro

Uma completa anedota. Para quem fala tanto em accountability e em responsabilidade dos professores pelos resultados dos alunos, aqui só se percebe preocupação com a quantidade de formação, com o tempo no exercício de cargos. com a existência de muitos CEF e EFA e quase nada com uma avaliação interna (corpo docente…) ou externa (comunidade educativa, por exemplo) do desempenho.

De novo, a quantidade em vez da qualidade. 

 

 

l´arroseur arrosé

23.10.09, Paulo Prudêncio

 


 
 
 
 

"Um texto, aqui, de Manuel António Pina.
 

 

 

Antes de regressar à obscuridade do ISCTE onde alguém a desencantou para oferecer a Sócrates como presente envenenado, a (ainda) ministra Maria de Lurdes Rodrigues teve uma última decepção.

 

 
"Perdi os professores, mas ganhei a opinião pública", autojustificava-se ela no calor dos protestos de professores e alunos contra as suas singularíssimas políticas educativas. Uma sondagem CM/Aximage agora divulgada revela que, afinal, a tal "opinião pública" a considera o pior dos ministros de Sócrates, "chumbando-a" com 7,2 valores numa escala de 0 a 20. É o episódio típico do "arroseur arrosé": quem tanto se notabilizou pela fúria avaliadora de tudo e todos "chumbou" rotundamente quando chegou a sua vez de ser avaliada. Em "eduquês" corrente, Maria de Lurdes Rodrigues teria ficado "retida" e deveria submeter-se a um "plano de acompanhamento". Em política, no entanto, ao contrário do que se passa no sistema educativo, a condescendência é pouca quando, como é o caso, um ministro manifestamente atingiu o seu patamar de Peter de incompetência. Alguém, de facto, acredita que Sócrates irá "reter" a ministra?"
 
 
 

 

esboroar do monstro (17)

23.10.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

 

Foram dezassete as rubricas que dediquei ao esboroar do monstro; monstro foi o nome que escolhi para baptizar aquilo que foi a formulação inicial do modelo de avaliação dos professores. Conjuguei-o em esboroar porque tinha a mais firme convicção de que a criatura fantástica era inaplicável.

 

Nesta altura importa sublinhar que aquele tenaz devaneio burocrático foi derrubadoE caiu, apenas, porque era inexequível.

 

Espero que o que se venha a construir resulte de alguma aprendizagem com o que vivemos nestes aterradores últimos quatro anos. Era bom que se aproveitasse o balanço para derrubar o muro de burocracia, e de burocratas loucos, que asfixiam a possibilidade do ensino e o poder democrático das escolas. Urge devolver a escola aos que estão comprometidos com a sala de aula e com a ideia de ensinar.