Já se sabia: o estremeção provocado pela manifestação de 15 de Novembro apenas veio dar outro tipo de visibilidade ao que há muito se sabia: o modelo de avaliação do desempenho de professores é inexequível, asfixia os professores num emaranhado de má burocracia, é impossível de simplificar (o que, em desespero de causa, se tenta é reduzir) e dá corpo às brutais injustiças que esse diploma, e outros, claro, cria. Quem não percebeu isso - ou não quis - até ao momento, vai ter que se confrontar com a queda sem fim do assombro.

Mas a luta pode ser longa e isso não deve servir de tranquilizante.

Nesta altura, só há condições para o seguinte: exigir a revogação do diploma de avaliação do desempenho de professores; e quanto mais tarde, pior para todos.

(Reedição. 1ª edição em 19 de Outubro de 2008.

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