pedro tamen
(encontrei esta imagem aqui)
Aproveito quase sempre as férias grandes para iniciar um livro de grande fôlego. Desta vez não foi bem assim. Os dois últimos anos deixaram-me a patinar no terceiro volume de uma obra de sete e decidi-me a terminar com essa espécie de angústia.
O "Em busca do tempo perdido" de Marcel Proust mereceu-me uma segunda leitura e tenho ideia que não será a última.
A primeira leitura desta obra de uma vida, em meados da década de noventa do século passado, percorreu com gosto a tradução de Mário Quintana, numa edição dos "Livros do Brasil". Depois ainda andei pela versão francesa mas não passei do primeiro volume.
Regressei ao citado terceiro volume e sinto-me de novo envolvido pela irresistível atmosfera proustiana. Não quero deixar de sublinhar a excelência da tradução de Pedro Tamen. Li uma entrevista sua em que relatou a extrema exigência que este trabalho lhe exigiu, mas posso testemunhar que valeu a pena. Sem desprimor para a tradução de Mário Quintana, o exercício de Pedro Tamen não oferece o mais pequeno reparo. Se estiver para isso, claro, não passe pela vida sem conhecer o que o genial Marcel Proust tinha para nos dizer.