do absurdo em santo onofre (9)
(encontrei esta imagem aqui)
Não requeria a consulta de uma qualquer bola de cristal para se adivinhar que a atmosfera organizativa e relacional na escola sede do agrupamento de Santo Onofre atingiria, ao fim de dois ou três meses após a destituição do Conselho Executivo eleito democraticamente e com mandato até Junho de 2010, a situação quase indizível que se verifica.
Para além da questão jurídica, sempre me pareceu que o que se ia criar seria impossível de sustentar no domínio dos procedimentos de gestão escolar se considerarmos a decisão do ministério da Educação de recorrer a uma comissão administrativa provisória composta por pessoas que tinham um completo desconhecimento daquela realidade e ainda por cima na recta final do presente ano lectivo.
Pelas informações que me chegam e pelos contactos que comigo estabelecem, fico com a certeza que já são muito poucos os que discordam do que acabei de afirmar. Nesta altura, dizem-me que já só se desespera pela solução jurídica. Ainda se tenta desenhar soluções que remedeiem um erro que teve origem num leque de atitudes consubstanciado em pressupostos prepotentes, precipitados e de reconhecida e obstinada teimosia. A escola sede do agrupamento de Santo Onofre está mergulhada num imbróglio e em estado de espera pela decisão do tribunal fiscal de Leiria.
Não é surpreendente que os mais indefectíveis da solução ministerial tentem encontrar outras responsabilidades para o insucesso que se verifica. Podem argumentar nos sentidos que entenderem, mas o que não é aceitável é que digam que estavam à espera que os professores de Santo Onofre assumissem as responsabilidades de gestão de quem foi nomeado. Mas mesmo que queiram estabelecer esse tipo de raciocínio, é no mínimo deplorável que exerçam esse direito de um modo que fere as mais elementares regras da boa convivência.
Pode saber mais sobre este assunto se consultar o blogue do Rui Correia, aqui.