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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

tem comprimidos para o enjoo por aí?

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

Ministério da Educação assume que acordo com sindicatos não é possível

 

"O secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, assumiu esta tarde, em conferência de imprensa ,que não vai ser possível chegar a acordo com os sindicatos dos professores sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente,

Este facto não impedirá o ME de avançar com as suas propostas para aprovação em Conselho de Ministros. 

Ontem, o Ministério formalizou a sua proposta de revisão estrutura da carreira docente, mas não abdicou da divisão em duas categorias. Pedreira reconheceu que esta posição torna inviável um acordo. "Para os sindicatos tudo o que não seja a abolição das duas categorias não é valorizado", disse.(...)"

 

 

Como amanhã há uma reunião com os sindicatos, hoje faz-se a conferência de imprensa com a táctica número três do manual da autoria do célebre ministro da informação do Iraque.

ler até ao fim

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

Especialista considera Portugal "líder mundial a repensar a educação"

 

"O especialista canadiano em tecnologia Don Tapscott aponta Portugal como um exemplo a seguir na educação, elogiando o investimento em computadores individuais nas salas de aulas. Num artigo de opinião publicado no blogue Huffington Post - onde já escreveu Barack Obama -, Tapscott dirige-se directamente ao presidente dos Estados Unidos da América: "Quer resolver os problemas das escolas? Olhe para Portugal!".

Na opinião de Tapscott, o "modesto país para lá do Atlântico", que em 2005 via a sua economia "abater-se", está a tornar-se no "líder mundial a repensar a educação para o século XXI". A presença de computadores nas escolas é "só uma parte" dessa "campanha de reinvenção", frisa Tapscott, que aponta a "criação de um novo modelo de ensino" como a "maior tarefa".

"Não é fácil mudar o modelo de ensino. Aliás, essa é a parte difícil. É mais fácil gastar dinheiro, como Portugal fez, a pôr Internet nas salas de aula e equipar os alunos com computadores", afirmou, acrescentando ainda que "é demasiado cedo para avaliar o impacto na aprendizagem", até porque os estudos sobre a presença de computadores nas aulas foram "inconclusivos".(...)"

 

 

Deve ler o artigo até ao fim e não ficar apenas pelo título. Por isso, resolvi sublinhar a carregado uma parte da notícia. Já escrevi por aqui que o investimento do plano tecnológico na Educação é importante. Mas também me parece o seguinte; "todos conhecemos o forte investimento que se fez em hardware, mas quase nada se sabe sobre software e sobre a "rede não física". E até podemos considerar que os decisores nem saibam do que estamos a falar e se interroguem:"mas qual software? Os computadores do plano tecnológico têm sistema operativo e as aplicações de base mais conhecidas no mercado!". Mas já se sabe. A oportunidade de negócio tudo sacrifica e isso sim: é uma verdadeira prioridade." Mas isto que acabei de citar (e citar-me não é lá muito bom sinal, eu sei) o investigador referido não teve tempo para indagar, como é dito no estudo.

O Paulo Guinote tem uma excelente entrada sobre este assunto aqui. Leia que vale a pena.

prioridades

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

 

Na última entrevista televisiva do actual primeiro-ministro houve um detalhe que confirmou as minhas piores expectativas. Confrontado com as dificuldades económicas do país, o chefe do governo elencou as suas tentativas de solução no domínio interno. Inscreveu como primeira medida o programa de requalificação das instalações das escolas secundárias (a que chamou liceus). Advogou três ou quatro indicadores fundamentais e com os quais todos estaremos de acordo: oportunidade de negócio, apoio às médias e pequenas empresas do sector das obras públicas e o combate ao desemprego. Mas nem uma referência à melhoria das condições de realização do ensino. E isso é grave e recorrente no nosso país e em qualquer dos níveis da decisão política.

 

O ensino é a primeira prioridade, propala a grande maioria. Mas depois não sabem o que fazer com a ideia.

 

Se considerarmos que os principais constrangimentos visíveis do ensino em Portugal (e isto dito assim de um modo um bocado selvagem) se centram no regime de desdobramento em que funciona a esmagadora maioria das escolas, no excessivo número de alunos por turma e nas precárias condições de realização de cada uma das aulas, seria imperativo que estes objectivos fossem perseguidos por todos e para além das legislaturas.

 

Em vez disso, esgotamos os nossos recursos financeiros em programas falhos de visão e desarticulados dos princípios básicos de qualquer planeamento e retardamos o nosso desenvolvimento. E isso origina o que estamos cansados de saber: fazemos bons diagnósticos mas depois ficamos espantados com o facto dos resultados das nossas acções serem nulos ou de ficarem muito aquém do esperado; e não aprendemos. E porquê? Porque não temos software que nos informe e apoie de modo sustentado as nossas decisões e nada fazemos para contrariar esse fatalismo. Somos um país caótico, em termos de ordenamento territorial, como se sabe; e isso explica muita coisa.

 

Passa-se o mesmo com o plano tecnológico da Educação, o que até pode ilustrar melhor o que escrevi anteriormente. Todos conhecemos o forte investimento que se fez em hardware, mas quase nada se sabe sobre software e sobre a "rede não física". E até podemos considerar que os decisores nem saibam do que estamos a falar e se interroguem: "mas qual software? Os computadores do plano tecnológico têm sistema operativo e as aplicações de base mais conhecidas no mercado!".

 

Mas já se sabe. A oportunidade de negócio tudo sacrifica e isso sim: é uma verdadeira prioridade.

estratégias e tácticas

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

Concordo com a entrada que o Ramiro Maques insere no seu blogue, aqui. Também nunca meti quem quer que seja em tribunal e espero nunca o fazer até ao final dos meus dias. Tenho alguma experiência de tribunais como testemunha, como relato aqui ou aqui. Foi sempre em consequência da minha participação cívica e por solicitação de pessoas em que a minha consciência exigia uma anuência muito solidária; por muito tempo perdido que se adivinhasse. Em alguns casos tem sido, e é, uma saga quase interminável.

 

Mas devemos acreditar no estado de direito. O exemplo mais recente que conhecemos no que à luta contra o modelo de gestão diz respeito, contraria as piores expectativas no que à morosidade da justiça diz respeito.

 

A luta dos professores desenvolve-se em três frentes: técnica, política e jurídica. Uma vezes ganha-se outras não. Importa é não desistir, acreditar que a força da razão vence quase sempre e apoiar com convicção todas as formas de luta que nos parecem não obedecer a qualquer agenda mais escondida. Merecemos isso.

óbvio

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

Um vídeo que classifica de antanho o modelo de gestão interna do ministério da Educação. Considera-o centralista e concebido por pessoas que têm a maior das desconfianças sobre os professores. Veja o vídeo todo, mas se não estiver para isso fique pelo espaço entre os minutos 12 e 15. Vale mesmo a pena.

 

 

prestação de contas

25.06.09, Paulo Prudêncio

 

 

O José Matias Alves tem no seu blogue "Terrear" uma entrada, aqui, que deve ser lida com toda a atenção.

 

Ora leia.

 

"A ideia de que as políticas de prestação de contas....

 
A ideia de que as políticas de prestação de contas, por si mesmas, podem oferecer uma solução rápida para a melhoria das escolas é agora cada vez mais criticada em todo o mundo, e os objectivos de tais políticas estão a ser seriamente debatidos. Chama-se a atenção para os riscos de ver as escolas como unidades de prestação de contas, destacando o perigo de responsabilizar as escolas por fracassos que não podem controlar, a separação entre a avaliação dos resultados e o discurso sobre o currículo, e a falta de consideração aos aspectos mais psicológicos e emocionais das necessidades de aprendizagem dos professores e dos alunos (Lodge e Reed, 2003).#

Giovanna Barzanò, Obra citada