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Ministério da Educação recorda à Fenprof memorando que assinou há um ano
"O Ministério da Educação diz que a Fenprof parece já ter esquecido o conteúdo de um memorando que assinou com o Governo há cerca de um ano sobre a avaliação do desempenho.
A FENPROF propôs ao Ministério, esta segunda-feira, que as classificações que vão ser atribuídas este ano aos professores não tenham qualquer efeito prático, e sejam vistas apenas como uma experiência com vista à revisão do modelo de avaliação.
O secretário de Estado, Valter Lemos, pede à FENPROF que recorde o conteúdo do memorando que assinou.
«Ficou assente num memorando entendimento, desde há um ano, que os professores que tivessem uma classificação negativa, não teriam efeito na sua classificação», recorda.
Valter Lemos acrescenta que «a FENPROF deve-se ter esquecido desse acordo que fez como o Ministério da Educação há um ano atrás, mas nós mantemos esse acordo em vigor».
O ministério da educação e a FENPROF tem uma reunião marcada para esta terça-feira, na qual vão voltar a discutir questões relacionadas com o Estatuto da Carreira Docente."
Apetece dizer assim: enquanto o mundo cá fora se vai esboroando em passo acelerado, os discípulos do célebre ministro da informação do Iraque continuam a sua saga desorientada. Mas escrever do modo que o fiz já nem me satisfaz. É que satura continuar a debitar teclas atrás de teclas sobre as manobras prévias destas reuniões: não tem interesse nenhum. E o mais grave é que o "depois" inscreve-se no mesmo registo: deixar passar o tempo e mais tarde se logo vê. Governantes desgastados, sem pinga de sentido de estado e metidos numa espécie de labirinto com apenas uma saída conhecida: a do mesmo lugar que lhes destinou a malfadada entrada.
Professores querem que notas de avaliação de desempenho não produzam efeito
"A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) sugeriu hoje ao Governo que as classificações a atribuir este ano aos docentes no âmbito da avaliação de desempenho não produzam qualquer efeito, assumindo apenas carácter experimental para a revisão do modelo.
Este é um dos pontos de um ofício enviado pelo sindicato à ministra da Educação, divulgado hoje, onde constam também as "prioridades negociais" da Fenprof para o próximo mês e meio.
Segundo o memorando de entendimento assinado em Abril de 2008 entre a tutela e os sindicatos, durante o primeiro ciclo de avaliação (2007/08 e 2008/09) efeitos negativos da atribuição das classificações de "Regular" ou "Insuficiente" estão condicionadas ao resultado de uma avaliação a realizar no ano seguinte, não se concretizando caso a classificação nessa avaliação seja, no mínimo, de "Bom".(...)"
Aplico-lhe a mesma receita da notícia anterior: esperar para ver.
Belgais vai fechar por arresto de bens
"O projecto de ensino artístico de Belgais criado pela pianista Maria João Pires, "vai fechar devido a um arresto de bens e à falta de apoios", disse hoje à Agência Lusa uma das responsáveis.
Segundo Joana Pires, filha da pianista e responsável pelo Centro de Estudo das Artes de Belgais, após o encerramento da escola do primeiro ciclo da Mata e do Coro Infantil, "não deve restar nada do projecto de Belgais iniciado pela minha mãe".
Joana Pires revelou que os subsídios do Ministério da Educação (única fonte de financiamento) bem como o mobiliário e instrumentos da escola "estão arrestados".(...)
Era bom que se conhecesse melhor o que aconteceu com este projecto. Seria muito pedagógico. Perceber por que é que se aprovou a ideia e depois o modo como decorreu o processo que levou a este fim por arresto de bens.
A Sério, A Sério Mesmo…
"(...) Como é possível um profissional autoavaliar o seu desempenho antes do mesmo ter chegado ao fim de uma das suas principais fases? Como é possível um professor fazer a sua autoavaliação quando as aulas nem sequer acabaram, as reuniões de avaliação por fazer, vigilâncias de exames, de serem conhecidos os resultados de provas de aferição ou sequer de ter começado a desempenhar as suas tarefas pós-lectivas? Parece estranho mas é o que ocorre em escolas e agrupamentos que pediram a entrega da ficha de auto-avaliação aos seus docentes durante a primeira quinzena de Junho, ou até ao final desta semana ou mesmo da próxima.(...)" Fonte: Blogue de Paulo Guinote.
E é apenas um exemplo. A seu tempo voltarei ao assunto.
"(...)É precisamente do excesso de burocracia, indisciplina dos alunos e de falta de liberdade e autonomia pedagógica que se queixam os professores. As funções directamente ligadas com o ensino - que são efectivamente aquelas para que os professores foram preparados e têm vocação - têm sido menosprezadas a favor das funções administrativas, burocráticas, de animação e de guarda dos alunos. A famigerada escola a tempo inteiro, a desresponsabilização dos alunos e a teoria e a prática da diferenciação estão a criar um clima de mal-estar nas escolas que é de todo incompatível com a motivação e o empenhamento dos professores. E quem fica a perder são os alunos." Fonte: blogue de Ramiro Marques.
A isto chama-se por o dedo na ferida.