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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

rss da educação (38)

21.05.09, Paulo Prudêncio

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Fenprof considera que discurso da ministra "estagnou" após 4 anos de legislatura

 

"O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, refutou hoje declarações da ministra da Educação que disse nunca ter atacado os professores, considerando que o discurso de Maria de Lurdes Rodrigues "estagnou" após quatro anos de legislatura.
Mário Nogueira comentava as declarações em que a ministra da Educação rejeita que alguma vez tenha feito "algum ataque aos professores" sublinhando que essa percepção é "muito baseada na actividade sindical". "A sra. ministra tem um problema, o seu discurso estagnou. O discurso que hoje ouvimos quatro anos após a legislatura em relação aos problemas da educação, da sociedade, dos professores e da escola pública não teve mudanças, parece uma cassete", disse o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).(...)

 

Paulo Rangel acusa ministra da Educação de "lirismo"

 

"O cabeça de lista do PSD às eleições europeias acusou hoje a ministra da Educação de "lirismo político" sem remédio e considera que o conflito com os professores não tem solução com esta equipa governativa.
Paulo Rangel comentava declarações de Maria de Lurdes Rodrigues numa entrevista à agência Lusa segundo as quais a avaliação e o desempenho dos professores é "uma reforma ganha" pelo seu Ministério. 
Para o dirigente do PSD, que acabava de receber uma delegação da Plataforma Sindical de Professores, "o que se verifica é uma grave insatisfação quanto ao estatuto da carreira docente".(...)"

 

Só a "cegueira" pode levar ministra a dizer que avaliação é reforma ganha, diz PCP

 

"O PCP considerou hoje que "só a cegueira provocada pela arrogância e prepotência" do Ministério da Educação pode levar a ministra a dizer que a avaliação de desempenho dos professores é uma "reforma ganha".
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou hoje que a avaliação de desempenho dos professores é "uma reforma ganha" e disse compreender a insatisfação dos professores, tendo em conta a rotura introduzida num "marasmo" de 30 anos de "total indiferenciação".(...)"

 

 

Leio um conjunto de reacções de diversas forças políticas e sindicais às últimas declarações públicas da actual ministra da Educação. Vão todas no mesmo e óbvio sentido: a avaliação do desempenho dos professores, e outros diplomas por simpatia, é uma reforma perdida e que só sobrevive no domínio do absurdo, do fingimento e da manipulação mediática. Importa realçar que não se ouve uma única voz do partido que suporta o governo em defesa das actuais políticas da Educação. Por que será? Tenho ideia que o partido político que suporta o governo já se convenceu que o trio ministerial da Educação deu um valente empurrão para que a famigerada maioria absoluta nas próximas legislativas seja uma simples miragem. E ironia das ironias, a bandeira inicial transformou-se numa enorme dor de cabeça e quanto mais o tempo passa mais afunda os "implacáveis reformistas" num beco sem saída.

cada um é livre de dizer o que quiser

21.05.09, Paulo Prudêncio

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

Ministra afirma que avaliação de desempenho é uma reforma ganha

 

"A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considera que a avaliação de desempenho dos professores é "uma reforma ganha", afirmando compreender a insatisfação docente, tendo em conta a rotura introduzida num "marasmo" de 30 anos de "total indiferenciação".
"Do meu ponto de vista foi uma reforma ganha. Temos hoje milhares de professores a fazer a avaliação, o que significa que é hoje um adquirido nas escolas. (...) Oitenta mil professores entregaram os objectivos individuais e 30 por cento destes requereram uma componente da avaliação que era facultativa", afirma a ministra. Para Maria de Lurdes Rodrigues, esta reforma introduziu uma rotura "num marasmo de mais de 30 anos de total indiferenciação e pseudo igualitarismo", já que "a ausência total de princípios mínimos de competição" era "muito negativa para as escolas".
Ainda assim a responsável admite que "um ou outro aspecto correu mal", mas que o Governo teve a "humildade" de simplificar e de dar condições às escolas para a concretização do modelo. Questionada sobre as manifestações realizadas no ano passado e a do próximo dia 30, Maria de Lurdes Rodrigues afirma "compreender" o descontentamento dos docentes, mas adianta que a sua preocupação "é garantir que o profissionalismo não é beliscado com a insatisfação, algo que todos temos que exigir".(...)"

 

 

Tenho quase a certeza que esses supostos "milhares" de professores devem ficar com uma volta no estômago ao lerem estas declarações. É uma boa ideia, julgo eu, esperar que o processo se aproxime do seu épico final e se comecem, por exemplo, a aplicar as cotas para acabar com os tais "30 anos de total indiferenciação" (que permitiram que a actual ministra o seja, por exemplo). Este modelo considera um conjunto de indicadores de avaliação que pretende tornar mensurável aquilo que o não é e depois introduz um sistema de cotas para dar a sensação do propalado rigor; sabe-se que foi apenas uma questão financeira arquitectada pela engenharia social de mãos dadas com as invenções burocráticas e técnico-pedagógicas que fazem escola nos serviços centrais do ministério da Educação. Foi um desastre. E dizer-se que o governo teve a humildade de reduzir o modelo é um descarado revisionismo histórico; foi precisa muita luta, mas muita luta mesmo; é bom avivar as memórias e que ninguém se esqueça disso.

interrogações ou certezas?

21.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

Educação para a delinquência

 

 

"A notícia veio em tudo o que é jornal e TV: uma professora da Escola EB 2,3 Sá Couto, em Espinho - que dezenas de alunos seus consideram "a mais espectacular da escola" e uma "segunda mãe" - foi suspensa "após afirmações de cariz sexual". A suspensão foi ditada pelo Conselho Directivo depois de duas alunas terem gravado afirmações suas numa aula, alunas que, segundo vários colegas, "fizeram aquilo de propósito e provocaram a conversa toda porque sabiam que estavam a gravar".

A Associação de Pais e a DREN acharam muito bem. Ninguém, nem pais, nem Conselho Directivo, nem DREN "acharam mal" o facto de duas jovens de 12 anos terem cometido um crime (se calhar encomendado) para alcançarem os seus fins. O Código Penal pune com prisão até 1 ano "quem, sem consentimento, gravar palavras proferidas por outra pessoa e não destinadas ao público, mesmo que lhe sejam dirigidas", punição agravada de um terço "quando o facto for praticado para causar prejuízo a outra pessoa". Educadas desde jovens para a bufaria e a delinquência e sabendo que o crime compensa, que género de cidadãos vão ser aquelas miúdas?"

Manuel António Pina.