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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

voltas e mais voltas, e se...

10.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

 (encontrei esta imagem aqui)

 

 

Ministra da Educação não comenta proposta para a distribuição de contraceptivos nas escolas 

 

"A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, escusou-se hoje a tomar posição sobre as propostas para distribuição de contraceptivos nas escolas, a partir do secundário, alegando que aguarda os resultados da discussão no Parlamento.

"Aguardo os resultados da discussão que se está a passar na Assembleia da República e na qual eu não estou a participar", afirmou a ministra, em declarações aos jornalistas em Évora, à margem do encerramento do III Congresso das Cidades Educadoras."

 

 

Concordo, do princípio ao fim, com a entrada que o Paulo Guinote tem, aqui, sobre a eterna questão da  educação sexual nas escolas.

 

mimetismos

10.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Recebi por email um pequeno texto da autoria de Santana-Maia Leonardo, uma pessoa que tenho a ideia que escreve com frequência para as cartas ao director do jornal Público.

 

Aborda um tema que tem uma abrangência muito preocupante e que se passa também com a gestão das nossas escolas e que pode vir a agravar-se caso ninguém consiga parar os desmandos que se vão verificando. Resume-se mais ou menos assim: há pessoas muito atrevidas e que gostam de se meter em assuntos que não dominam minimamente. Mas metem-se porque as deixam e se decreta nesse sentido. Até se pode argumentar que se legisla com as melhores das intenções, todavia os resultados é que podem ser desastrosos; como se começa a comprovar.

 

Ora leia.

 

 

"Não é, obviamente, pelo facto de todos os professores estarem contra a ministra da Educação que se pode concluir que a ministra não tem razão. Há, no entanto, um critério infalível para medir o grau de imbecilidade de uma medida: Albino Almeida, o presidente das Associações de Pais. Quanto maior for o seu grau de satisfação, mais idiota é a medida. Isto é absolutamente garantido.

Com efeito, Albino Almeida, professor e pai, simultaneamente, consegue reunir em si o que há de pior no nosso sistema de ensino e nos pais modernos. Basta ouvi-lo falar. Ora, Albino Almeida anda absolutamente encantado com esta ministra e a ministra encantada com ele e com as suas brilhantes ideias. Pode mesmo dizer-se que foram feitos um para o outro. Acontece que, para uma medida educativa apontar no caminho correcto, tem de contar necessariamente com a oposição feroz de Albino Almeida."

Santana-Maia Leonardo
Advogado – Professor

 

desidério lázaro

10.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Iniciámos ontem a nossa presença nos concertos de jazz da 12ª edição do Festival de Valado de Frades, organizado pela Biblioteca de Instrução e Recreio.

 

O quarteto de Desidério Lázaro, aqui, presenteou-nos com um conjunto de temas ainda não gravados em estúdio. Foi um concerto muito interessante e com temas variados.

 

Desidério Lázaro pareceu-me um excelente saxofonista e esteve muito bem acompanhado. O quarteto ofereceu uma boa harmonia e surpreendeu-me num tema mais veemente e recheado de uma eléctrica energia global, digamos assim. Refiro-me mais propriamente ao "fucking burocracy" (e escusam de dizer que eu continuo muito sensível à ideia de derrube da burocracia inútil) que quase que me encheu as medidas. Para o concerto ser completamente conseguido, e na minha muito modesta opinião, faltou aos músicos a eliminação de alguns momentos mais distendidos que deram a ideia que estavam ali porque sim; e percebeu-se que não estavam.

 

 

Foi uma noite muito bem passada. Antes do concerto, jantámos na Foz do Arelho no renovado "Adamastor". Por motivos vários, andamos muito virados para peixe e grelhados. E o "Adamastor" está um "must" nessas e noutras coisas, com um serviço muito atencioso e a bons preços; e tem aquela vista soberba sobre a Foz e um ambiente muito acolhedor.

e será que têm um pingo de vergonha?

10.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

Destituição em escola de Fafe é uma história toda em tons de "rosa"

 

"O caso que o BE levou ontem ao Parlamento, com um pedido de esclarecimento à ministra da Educação, é invulgar. Não apenas por se tratar da demissão do coordenador de uma escola básica de Fafe, mas, também, porque todos os protagonistas detêm cargos de relevo no PS local.

A história parece linear. No dia 26 de Abril, depois de inaugurar em festa duas bibliotecas, o presidente da câmara, o socialista José Ribeiro, dá com a terceira quase vazia. Na escola de Quinchães estavam, contando com os elementos da sua própria comitiva, 13 pessoas. Enfureceu-se. "Logo ali, no discurso, avisei que ia querer explicações!", disse ontem.

E elas chegaram: Lopes Martins, o presidente da junta eleito numa lista independente, informou que ninguém o incumbira de promover a inauguração. "Não temos nada a ver com isso. São coisas lá deles", reforçou, quando contactado pelo PÚBLICO. O director da escola, Pedro Ribeiro, forneceu mais dados ao presidente da câmara.(...)"

 

 

Uma vergonha para a democracia e para o estado de direito. Leia a notícia toda e até se vai arrepiar. Deixar as escolas entregues a estas possibilidades pode ser considerado um atentado à moral pública.

por onofre (22)

10.05.09, Paulo Prudêncio

 

 

Pode ler uma bela prosa que encontrei no blogue do Rui Correia, aqui, sobre o momento em Santo Onofre.

 

 

destrambelho

 

"Era de esperar. Que aparecessem os totós a achar e a jurar a pés juntos que a manifestação de alunos contra a CAP fosse coisa concebida e instigada por professores. Ou seja, os professores de Sto Onofre, depois de tudo o que passaram, iam mesmo cometer o despropósito, o despautério, a inocência primaveril de dar um tiro destes no pé. Isto revela bem o desconhecimento que ainda persiste sobre esta escola. Em primeiro lugar sobre os professores, mas neste caso, também sobre os nossos alunos. Em que conta os terão? Mínima, evidentemente. É o que dá nunca terem dado aulas a nenhum deles. Ter-se-ão a si mesmos em tanta conta que cheguem a pensar que esta foi a primeira manifestação espontânea dos alunos na Escola Básica Integrada de Sto. Onofre? Lamento decepcionar os que queriam mais sangue nisto mas acontece que - como dizer isto sem mágoas e rancores? - não têm razão. Continuamos muito serenos e sabemos muito bem as linhas com que nos cosemos. A relação entre alunos e professores é aqui em Sto Onofre, presumo, igual a muitas escolas da região e do país. Muito boa. Conhecem-se muito bem. As apreensões de uns foram sentidas pelos outros. Os professores, compreendendo que qualquer movimentação dos alunos pode ser imediatamente mal interpretada pela restante comunidade, multiplicam-se em esforços para acautelar que toda iniciativa dos jovens seja, impreterivelmente, da sua exclusiva responsabilidade. Os alunos perguntam abertamente o que se passa. Alguns professores consideram seu dever explicar, por considerarem que não há, nem nunca houve, temas proibidos nesta escola, mas fazem-no sempre com uma precisão de distanciamento observante e ponderado.
As conversas na sala de professores vão todas no sentido de transmitir aos alunos a maior serenidade e garantir que nada de opinativo transpira de qualquer professor para qualquer aluno acerca do que está em causa. Existe um notório desconforto em relação a isto. A decisão dos alunos, embora comovente pela sua impulsividade juvenil, foi, perceba-se de vez, incómoda. Por causa justamente destas previsíveis conclusões precipitadas que (apenas) os precipitados correram a tirar. Os precipitados e os interessados. Interessados em que isto fosse uma espécie de “Matam o Rei, matam o rei” com um Mestre d’Avis à espera de abrir a varanda no momento certo. Nem Fernão Lopes chegaria tão longe no seu afã pátrio.

Aliás, sempre vos vou dizendo que eu é que tive de ouvir o que um polícia me disse sobre todo esse dia. Sobretudo uma frase que incluía a palavra que intitula esta prosa. E, com franqueza vos digo, como me foi perturbador ouvir o descrédito em que caiu a minha escola."