(encontrei esta imagem aqui)
Já começam a ser tantos os casos e as trapalhadas à volta do modelo unipessoal (para garantir a eficiência e a eficácia na gestão ao contrário dos órgão colegiais que só geram desperdício e lideranças fracas) que o partido político que suporta este governo inventou, que podemos afirmar que a democracia e a qualidade das relações nas escolas públicas vão ter um futuro muito sombrio. Vivemos tempos de uma total falta de respeito pelo poder das escolas e em que os actores do poder central atingiram um grau até aqui inimaginável do exercício despudorado do poder. E os tempos que se seguirão não prometem nada de muito melhor.
Ora leia a história que fui encontrar no blogue do Paulo Guinote.
"Numa escola Secundária de Cascais, o único candidato a director foi “chumbado” por 9 votos contra e 8 a favor, tendo faltado 4 membros. Como a legislação não prevê estes casos nem a possibilidade de o concurso ficar deserto, a Presidente do Transitório resolveu solicitar explicações à DREL. Telefonicamente disseram-lhe que era entendimento do senhor secretário de Estado que bastava um voto a favor para o director ser eleito!!! A Presidente pediu para lhe escreverem isso e como será fácil de entender, não o fizeram. Entretanto pediram a acta da reunião e quiseram saber se todos os membros tinham estado presentes. E foram dizendo telefonicamente que talvez fosse melhor proceder a nova votação !!!. A Presidente pediu para o fazerem por escrito e, espantosamente, passado cerca de um mês chegou um fax, dizendo que a votação deveria ser repetida, já que segundo a legislação tratar-se-á de uma segunda volta !!! Inacreditável.Esse tal candidato a director (actual Director do Centro de formação de Cascais) foi entretanto pressionando e até dizendo que o Conselho Transitório se estava a “meter numa fria.”!!! A falta de vergonha não tem limites e isto tudo com a complacência dos serviços do ministério.
Será evidente que o feitiço se vai virar contra o feiticeiro e em nome da defesa da democracia, é esperada uma reacção muito forte de todos os membros do Conselho Geral Transitório, mesmo daqueles que votaram a favor. Porque é a democracia que está em jogo e isso com certeza soará mais alto."