da ocupação de santo onofre (1)
Directores das escolas podem ter decisões impugnadas
"Especialista em Direito do Trabalho diz que é "ilegal" afastar conselhos executivos com mandatos por cumprir, como aconteceu em Santo Onofre. E avisa o ministério que eleições "ilegítimas" podem gerar "consequências em cadeia".
É assim que o jornalista Pedro Sousa Tavares, do DN, começa a abordagem ao assunto em causa através de uma entrevista ao advogado Garcia Pereira.
Como temos vindo a sustentar, a destituição do Conselho Executivo de Santo Onofre é ilegal. Essa questão foi referida ao senhor director da DRELVT na reunião que fez com o Conselho Pedagógico do agrupamento.
Mas a situação do sistema escolar é aquilo que se sabe - com notória acentuação nos últimos anos -: o poder central, e regional, sublinhe-se, é muitas vezes ocupado por pessoas completamente "afastadas" da vida das escolas básicas e secundárias; mas essas pessoas, e por mais extravagante que possa parecer, sentem-se como que iluminadas e decidem de modo arrogante, e muitas vezes ilegal, sobre a vida e o poder das escolas, como se elas não tivessem história e identidade e fossem todas iguais; uma espécie de centralismo democrático, digamos assim.
Um centralismo que se afirma pela vaidade dos seus promotores e que asfixia a vida das comunidades educativas com efeitos nefastos sobre o desenvolvimento das necessárias autonomias e consequentes responsabilidades. E depois queixamo-nos das dívidas de cidadania dos cidadãos portugueses.