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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

rss da educação (21)

24.03.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Cinco por cento dos horários do 3º ciclo não respeitam pausa para almoço 

 

 

Enquanto houver regime de desdobramento escolar (turmas da manhã e turmas da tarde) associado à sobrelotação dos espaços por excesso de alunos, até é espantoso como é que ficamos por apenas cinco por cento. Isto para já não falar do excessivo número de alunos por turma. Temos um longo caminho a percorrer; isso é  certo e seguro. O que importa é que conheçamos o trajecto e sejamos capazes de estabelecer metas de longo prazo claras e inequívocas. Quais? As três que acabei de enunciar, por exemplo.

 

Dia do Estudante: Organizadores culpam regime de faltas pela fraca adesão aos protestos

 

Então e o fim-de-semana? Sou da opinião que o limite da faltas injustificadas que um aluno pode registar por disciplina (o número de aulas semanais a multiplicar por três) é exagerado. A multiplicar por um ou por dois é já um regime de excepção discutível. Estou a falar de faltas injustificadas. A justificação de faltas deve ficar ao critério de cada director de turma. Haverá escolas onde, e se o caminho que estamos a percorrer estiver para durar, ter-se-á de aplicar multas financeiras aos encarregados de educação que justifiquem faltas por dá cá aquela palha. Há escolas na Europa onde isso já acontece.

 

Ensino profissional está a ser usado para “mascarar insucesso”, denuncia Fenprof

 

Também serve para isso; obviamente.

 

Ministério estima gastar 600 mil euros com horas extraordinárias irregulares e horários mal atribuídos

 

Tanta desconfiança nas escolas que depois dá nisto. De tanto se querer sustentar, com circulares sobre circulares, o propalado rigor centralista, depois ninguém se entende nem se consegue melhor do que isto. Estamos pior neste domínio, por incrível que pareça. E se isto é para os tais de "spindoctor" insinuarem sei lá o quê, é bom que se diga que estes valores comparados com as derrapagns financeiras que por aí pululam são uma ninharia.

refutar

24.03.09, Paulo Prudêncio

 

 

 (esta imagem é da autoria da minha colega Xaneca

e foi-me enviada pela nossa aluna Sara)

 

 

"Refutar a selva" é o título que elegia para a bonita fotografia que escolhi para esta entrada. É que apesar do ambiente que envolve os professores portugueses, há muita vida para além do desencanto que se estampa nos rostos de cada um.

 

Sou professor no mesmo conselho de turma das colegas de educação visual e tecnológica que são as responsáveis, e mais os nossos alunos, claro, por aquilo que se vê na imagem. Numa das unidade de ensino (os alunos são do 6º ano de escolaridade) abordam pintores diversos. Pegaram numa zebra e aplicaram-lhe uma espécie de "cubismo escultural".

 

Olhem bem para a imagem e digam lá que não há quem refute a selva?

o regresso do político

24.03.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

"O truque é não nos enganarmos a nós próprios

acerca de certas coisas: pequenas ilhas rochosas no mar

das próprias desilusões. Agarrá-las e não se afogar

é o máximo que um ser humano pode alcançar".


Elias Canetti

 

 

 

 

Uma conversa com um amigo levou-me, de novo, a Chantal Mouffe. Esta licenciada em Filosofia Política é autora de diversos artigos e ensaios no domínio do pensamento político. Estudei com detalhe, na segunda metade da década de noventa, a sua excelente obra "O Regresso do Político": um tema sempre actual.

 

É uma obra cujo tema central "(...) que confere unidade ao livro, é uma reflexão sobre o político e sobre o carácter inerradicável do poder e do antagonismo(...) para uma crítica do actual discurso racionalista e individualista liberal, bem como para uma reformulação do projecto da esquerda em termos de "democracia radical e plural".

 

 

Na contra-capa do livro pode ler-se:

 

  • "O mundo contemporâneo é diariamente assolado por conflitos étnicos, religiosos e nacionalistas, e a política democrática ocidental está a passar por uma crise de eficácia e de legitimidade. Chantal Mouffe pretende demonstrar que a teoria da democracia liberal tem sido incapaz de compreender estas questões em virtude da sua desadequada e essencialista concepção da política.
  • O universalismo, o racionalismo e o individualismo da teoria liberal têm-na cegado à especificidade da política, nomeadamente ao papel do antagonismo e do poder na vida social. A autora está preocupada com o facto de as duras conquistas de revolução democrática poderem ser prejudicadas por uma compreensão deficiente das origens da identidade política. Propondo uma reformulação completa das categorias centrais da teoria política - como a cidadania, a comunidade e o pluralismo -, O Regresso do Político ajuda-nos a perceber o desfasamento que existe entre a teoria democrática e os acontecimentos turbulentos do nosso tempo".

rss da educação (20)

24.03.09, Paulo Prudêncio

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

Magalhães em falta serão distribuídos "antes da Páscoa", garante directora da DREN

 

 

Esta notícia tem detalhes caricatos; por exemplo: "a directora saiu em defesa do Magalhães, arguindo que se trata de um "excelente computador", referindo, por exemplo, que ele está programado para não deixar os alunos jogar sem antes fazerem os seus trabalhos para casa." Mas o que é isto? 

 

Estudantes saem hoje à rua para pedir o fim de Bolonha, das propinas e dos exames nacionais

 

Os que começaram a apontar a formação em curso do nossos jovens vulgarizando-a como "bolonhesa" e insuficiente, é bom que não se esqueçam que os estudantes não têm nada a ver com isso e que entre os estigmatizados estão também os nossos alunos mais competentes (mais competentes, sem dúvida, do que muitos dos apontadores de dedos). Percebe-se que os tempos não estão nada fáceis para os nossos jovens.