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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

pérolas do atlântico

21.03.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

Vem isto a propósito do debate à volta da postura dos conselhos executivos das escolas portuguesas nesta longa, difícil e justíssima luta dos professores em defesa da escola pública de qualidade para todos. Há dois argumentos que muitos dos conselhos executivos usam e que têm alguma piada: que não se demitem para não serem substituídos por comissários políticos ou que também não o fazem porque são muito pressionados pelos professores das suas escolas que, e nesse caso, ficariam como que abandonados. Poderia dizer-se assim, e salvo seja: demissão é sinónimo de falecimento.

 

Sabemos dos diversos mosaicos de que são constituídos os grupos disto e daquilo; e este caso não foge a essa regra. Mas também sabemos que muitos dos que vão às reuniões de PCEs, e que fazem inflamadas intervenções em defesa da não demissão, estão agarraditos aos seus lugares há mais de 20 anos. Têm dado provas sobre provas das suas naturais limitações democráticas e são, em regra, exemplos de práticas incompetentes ou recheadas dos mais temerosos e bafientos atavismos que, numa altura recente, foram considerados modelos de liderança em escolas de referência (onde alguns, menos avisados, deveriam ter lido: de assustada reverência); são verdadeiros exemplares da escola de pérolas do Atlântico.

 

Cá para mim bastava aquilo que disse ao senhor DRELVT noutro dia: mas como é que o senhor consegue, com o vosso propalado rigor, avaliar (todos os anos e com cotas e etc) com o tal de SIADAP os presidentes dos conselhos executivos das escolas e amontoados de Lisboa, Setúbal, Oeste, Lezíria e Médio Tejo?

rss da educação (17)

21.03.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

Presidentes de escolas reúnem-se hoje para debater avaliação dos professores

 

Claro que o debate é sempre importante. Mas sobre este este modelo já houve discussão que chegue; agora é tempo de agir, de tomar posições claras e inequívocas. É bom que fique claro o seguinte: os professores não têm de entregar os objectivos individuais para serem avaliados no final do ano lectivo. Mas isso é muito diferente de defender-se, em nome do resguardo sei lá de quê, que os professores devem ser todos avaliados neste ano de um modo semelhante, e obsceno, ao dos professores contratados no ano lectivo anterior. Que todos se sintam impressionáveis para tomar decisões difíceis: o que os professores esperam é coerência e uma luta firme contra este ECD, esta avaliação e este modelo de gestão (e mais umas coisitas, é claro). O argumento das vagas de fundo e dos comissários políticos é mais para outro tipo de ambientes; ou não?