pérolas do atlântico
(encontrei esta imagem aqui)
Vem isto a propósito do debate à volta da postura dos conselhos executivos das escolas portuguesas nesta longa, difícil e justíssima luta dos professores em defesa da escola pública de qualidade para todos. Há dois argumentos que muitos dos conselhos executivos usam e que têm alguma piada: que não se demitem para não serem substituídos por comissários políticos ou que também não o fazem porque são muito pressionados pelos professores das suas escolas que, e nesse caso, ficariam como que abandonados. Poderia dizer-se assim, e salvo seja: demissão é sinónimo de falecimento.
Sabemos dos diversos mosaicos de que são constituídos os grupos disto e daquilo; e este caso não foge a essa regra. Mas também sabemos que muitos dos que vão às reuniões de PCEs, e que fazem inflamadas intervenções em defesa da não demissão, estão agarraditos aos seus lugares há mais de 20 anos. Têm dado provas sobre provas das suas naturais limitações democráticas e são, em regra, exemplos de práticas incompetentes ou recheadas dos mais temerosos e bafientos atavismos que, numa altura recente, foram considerados modelos de liderança em escolas de referência (onde alguns, menos avisados, deveriam ter lido: de assustada reverência); são verdadeiros exemplares da escola de pérolas do Atlântico.
Cá para mim bastava aquilo que disse ao senhor DRELVT noutro dia: mas como é que o senhor consegue, com o vosso propalado rigor, avaliar (todos os anos e com cotas e etc) com o tal de SIADAP os presidentes dos conselhos executivos das escolas e amontoados de Lisboa, Setúbal, Oeste, Lezíria e Médio Tejo?