cordão humano
Tem, aqui, no excelente blogue do Francisco Santos, informação mais detalhada sobre o cordão humano.
Outras ocupações, inadiáveis por sinal, impedem a nossa presença física.
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Tem, aqui, no excelente blogue do Francisco Santos, informação mais detalhada sobre o cordão humano.
Outras ocupações, inadiáveis por sinal, impedem a nossa presença física.
(encontrei esta imagem aqui)
Há concordâncias muito engraçadas: noutro dia, uns colegas e amigos da minha escola, convidaram-me para uma ida ao Centro Cultural de Belém para ouvir a leitura de umas cartas de amor trocadas entre Hannah Arendt e Martin Heidegger; durante as viagens, e no apressado jantar, conversámos de modo animado; lembro-me de ter trazido às trocas desinteressadas dois escritores que nunca esqueço: o filósofo Giorgio Agamben e Herman Melville, o célebre autor do conhecido "Moby Dick" mas também do genial "Bartleby".
Antes do regresso às Caldas da Rainha demos uma saltada ao excelente espaço de fruição cultural que é antiga Fábrica de Braço de Prata. Ouvimos um concerto de jazz, bebemos qualquer coisa e vasculhámos uma ou outra das livrarias.
E não é que dei com uma obra, de 2006, e que não conhecia, de Giorgio Agamben, onde o mote é precisamente o "Bartleby" de Herman Melville. Adquiri o livro e devo confessar que fiquei em pulgas para ler o que o conhecido filósofo tinha para me dizer.
"Bartleby, Escrita da Potência", "Bartleby, ou Da Contingência" seguido de "Bartleby, O Escrivão de Herman Melville" de Giorgio Agamben, edição de Giogio Agamben e de Pedro A. H. Paixão, da colecção "disciplina sem nome", é da Assírio & Alvim (2006).
E, como era de esperar, a obra tem muito que se lhe diga. Por isso, decidi-me a abrir um nova rubrica no meu blogue com a intenção de voltar ao assunto. Por agora, ficamos pela número um do professor Bartleby. Não que a personagem de Herman Melville fosse um professor. Não; Bartleby era um jovem escrivão, ou copista de coro, que exercia as suas funções num próspero escritório de negócios.
E podemos começar assim: certo dia, Bartleby, e ao pedido do seu chefe para uma ida aos correios, profere o célebre "preferiria de não" (I would prefer not to). E assim continuou, nem sempre com a resposta no condicional; certa vez usou mesmo o presente do indicativo.
O escrivão decide-se também a não escrever, a sequer copiar, e mantém essa decisão nas mais variadas situações até para as ofertas de outros empregos por parte do seu desesperado chefe.
E a partir desta primeira entrada sobre o assunto, quero estabelecer uma associação do que acabei de descrever com o notável comportamento de muitos dos professores portugueses. Colocados perante a obrigatoriedade de escrever relatórios "kafkianos" ou de preencher grelhas inenarráveis, mesmo que com a majestática sugestão da cópia, decidem-se pelo "preferiria de não". E muitos deles fazem-no numa difícil condição e nos ambientes mais adversos. Presto-lhes, assim, a minha sincera homenagem.
Voltarei ao professor Bartleby.
(encontrei esta imagem aqui)
A luta dos professores já se arrasta há tempo suficiente para percebermos alguns sinais quando os momentos parecem significar a repetição de cenas já nossas conhecidas.
Quando em Janeiro de 2008 apareceram as primeiras vozes que avisaram os navegadores do monstro burocrático em que se transformaria o modelo de avaliação do desempenho, o governo e algumas escolas, as ditas de boas práticas, apressaram-se a dizer que não, que a coisa era exequível e mais uns dislates do género. Depois, sabe-se o que aconteceu: os professores, organizados à volta das vantagens da web 2.0., impeliram as estruturas institucionais para uma espécie de entendimento onde se estipulou uma ronda de balanço e avaliação lá para a primavera de 2009. Debalde.
Logo que saiu o "reduzido 1" (chamo-lhe assim porque partilho da ideia que a simplificação é uma coisa muito respeitável e que dá imenso trabalho) o balão da contestação recomeçou a encher e, mais uma vez, os professores empurraram o governo para o "reduzido 2": é a fase em que nos encontramos nesta altura.
E a minha impressão é a seguinte: com os desenvolvimentos do "reduzido 2", com a parafernália de injustiças que esta coisa toda acarreta e com a conhecida inaplicabilidade do modelo de avaliação, a contestação voltará a subir de tom e irá em crescendo sabe-se lá até onde.
Dá ideia que os responsáveis por esta trapalhada toda não se enxergam, que raio.
É uma outra versão das famosas cíclicas, digamos assim, meus caros senhores e senhoras: e é melhor prepararem o "reduzido 3" para complicaram (isso sim, que, e ao contrário da simplificação, é fácil e parece não se apoiar em trabalho conhecedor e produtivo), se é que ainda é possível, mais um bocadito o estado lastimável a que isto chegou.
(encontrei esta imagem aqui)
Do mesmo realizador do excelente "Paranoid Park", Gus Van Sant, Milk é um filme imperdível e comovente.
Tem um desempenho extraordinário do actor principal: Sean Penn. Sei que a academia de Hollywood lhe atribuiu a estatueta de 2009 para o melhor actor principal: muito justamente, quer perecer-me.
No jornal Público pode ler-se o seguinte resumo do argumento:
De: Gus Van Sant.
Com: Sean Penn, Emile Hirsh, Josh Brolin.
Activista pelos direitos dos homossexuais, primeiro político americano a assumir a sua homossexualidade, amante, amigo, lutador, herói. A vida de Harvey Milk mudou a História e a sua coragem mudou vidas. Em 1977, Milk tornou-se o primeiro político americano abertamente gay a ser eleito nos Estados Unidos. A sua vitória não foi apenas uma vitória para os homossexuais mas para todos aqueles que lutavam pelos direitos humanos. Em 1978, quando é assassinado, o mundo perde um dos seus líderes mais visionários.
Pode ver um pequeno vídeo de 4.29 minutos.
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