a luta segue dentro de momentos (15)
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A luta dos professores, na sua vertente jurídica, vai fazendo o seu caminho.
Ora leia.
PROFESSORES VÃO SER RECEBIDOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
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A luta dos professores, na sua vertente jurídica, vai fazendo o seu caminho.
Ora leia.
PROFESSORES VÃO SER RECEBIDOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
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E da reunião de hoje, entre representantes do governo com uma das federações de sindicatos de professores, nada há a acrescentar.
O governo espera por pareceres da OCDE (espera-se que não volte a ser da OCDE.pt) e do conselho científico de avaliação.
A federação de sindicatos vais auscultar os órgãos para ver se participa ou não no cordão humano de 7 de Março de 2009.
Ora leia os detalhes; se estiver para isso, claro.
(...)O Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, lembrou que o memorando de entendimento assinado com os sindicatos no ano passado apresentava um calendário de negociação que apontava que o essencial do regime de avaliação para os próximos anos deveria estar pronto no final deste ano lectivo.(...)
(...)No entanto, Jorge Pedreira destacou que o esboço da avaliação de desempenho para os próximos anos espera ainda a contribuição de um parecer do Conselho Científico que acompanha a aplicação do processo este ano, porque "o governo pretende colher a experiência da aplicação do actual regime de avaliação de desempenho", e de outro parecer que o ministério pediu à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).(...)
(...)"Não faz sentido que tenha uma versão final de revisão do actual regime antes do trabalho de acompanhamento que está a ser feito, nomeadamente pelo conselho científico de avaliação de professores e antes de estar em posse dos pareceres", sublinhou.(...)
(...)"Não desistimos desta exigência que, aliás, ainda hoje nesta reunião reafirmámos", disse aos jornalistas o líder da FNE, João Dias da Silva.
Sobre o modelo de avaliação que está a ser aplicado este ano, classificou-o de "injusto", pela existência "de duas categorias de professores" e "por todo um conjunto de factores que estão a perturbar" a escola.
Depois desta reunião, a FNE vai pôr ainda à consideração dos seus órgãos a participação no cordão humano marcado pela Fenprof para sábado, tomando uma decisão, o mais tardar, sexta-feira.
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Há tempos, as pessoas que ocupam as pastas governativas no ministério da Educação tiveram a ideia de que aquela coisa a que chamaram avaliação dos professores contratados tivesse influencia directa nas listas graduadas do concurso seguinte:
5 valores para o excelente, 4 valores para o muito bom e 3 valores para o bom; ou seja, cada um dos professores poderia ter a sua classificação profissional acrescentada de um conjunto de valores que podia chegar a mais ou menos 33% da classificação inicial, veja-se lá (por exemplo, uma classificação profissional de 15 valores poderia ser acrescentada de 5 valores no caso do professor obter um excelente; passaria para 20 valores num só ano). Está tudo explicadinho ao detalhe para que os mais curiosos que vão passando por aqui percebam melhor o disparate que estavam a cometer.
Claro que o processo foi por água a baixo mas, como logo se percebeu, voltaria logo que possível; nem que seja pela "calada da noite" e no meio de ruídos vários.
É, no mínimo, demasiado atrevido que alguém equacione que os resultados da suposta avaliação em curso no presente ano lectivo tenham efeitos, como os que descrevi, no concurso de professores do ano seguinte. É um perfeito desrespeito e, estou convencido disso, uma manifesta ilegalidade se se considerar a existência de cotas. E tenho pena, muito sinceramente, que tenhamos chegado a este estado de falta de lucidez; é muito grave o que se está a passar: os governantes fazem tábua rasa dos mais elementares princípios de rigor em nome da sobrevivência dos seus comprovados disparates; e fazem-no com teimosia e displicência. Nem sei onde vamos parar: ai não sei não.
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A propósito da ideia de escola cultural fiz um comentário noutro blogue que resolvi transformar em entrada por aqui.
Escrevi assim:
A febre reformista no sistema escolar em Portugal não é nova: é mesmo imparável. O que é engraçado, e com o passar do tempo, é que vemos recuperar ideias antigas como se de grandes novidades se tratasse. Parece mesmo um percurso circular.
Uma vez, algures em 1998, escrevia uns textos para uma revista sobre educação e o coordenador pediu-me que inscrevesse algumas ideias sobre o assunto. Lembrei-me dos remédios. Fui ler a literatura do “Benuron” - medicamento para todas as dores e para todas as maleitas gripais e constipais - peguei no seu modelo organizativo e fui andando. Foi uma noite bem passada.
Sobre a escola cultural ficou assim:
Escola cultural.
Registo da patente: não tem a patente registada, mas podemos considerar o ano de 1984 como o momento da sua divulgação em Portugal.
Composição: práticas culturais intensivas; hábitos culturais com elevado grau de contágio; resumos concentrados do manual tudo é cultura.
Indicações terapêuticas: estimula, de forma irreversível, os apetites culturais de toda uma nação em apenas meia geração; estimula a ideia que a produção cultural requer apenas 10 por cento de esforço e 90 por cento de inspiração;
Contra-indicações: cria a sensação de que tudo é mesmo cultura; tomado nas doses certas, pode provocar, anos depois, o aparecimento de incómodas erupções cutâneas com o nome científico de músicas de uma nota só (outros investigadores optaram pela denominação pimba).
Precauções especiais de utilização: só pode ser vendido mediante receita médica; só deve ser receitado após, o suposto utilizador, ter frequentado 254 colóquios, 367 seminários e ter obtido 196,45 unidades de crédito devidamente certificadas pelo conselho científico de uma qualquer faculdade da universidade técnica de Lisboa.
Prazo de validade: não se chegou a estabelecer.
Têm mais remédios se clicarem no link que se segue:
http://correntes.blogs.sapo.pt/47124.html