Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

inevitável?

25.02.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

(encontrei a imagem aqui)

 

 

 

Tenho ideia de não me interessar por aí além pelas notícias à volta da indisciplina e da violência em ambiente escolar; sempre as entendi como fenómenos ligados à necessidade de vender informação a qualquer preço e também porque tenho tido a sorte de ter exercido as minhas funções profissionais em escolas libertas de algum modo destes flagelos sociais.

 

Mas nos últimos anos, e não só em Portugal, pois as receitas políticas que aplicamos são geralmente copiadas, o problema tem tido crescentes manifestações. As opiniões dos responsáveis institucionais apontam, em regra, para soluções que se circunscrevem à organização escolar; não concordo nada, mas mesmo nada, com isso. Aí não há grande coisa a fazer que já não se conheça e com todo um caminho ainda por percorrer: parece que não faz grande sentido o que acabei de escrever, mas são apenas aparências. O problema deve ser encarado pela sociedade na sua globalidade como se não existisse escola; ou seja, como educar as nossas crianças para que os professores lhes possam ensinar as matérias escolares.

 

Ora leia a notícia que se segue e tire as suas conclusões.

 

Lisboa é a região onde há mais inquéritos
Pais preocupados com dados do Ministério Público sobre violência escolar 
23.02.2009 - 19h58 Lusa
As associações de pais de Lisboa consideram "preocupantes" os dados hoje divulgados pelo Ministério Público que demonstram que Lisboa é a região onde há mais inquéritos relacionados com casos de violência escolar: cerca de 111 em 2008. Isidoro Roque, presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP), considera "preocupante a quantidade de processos-crime relativos a violência em ambiente escolar", defendendo a urgência no combate à violência nas escolas.

"Problemas há muitos, mas poucas soluções", argumenta Isidoro Roque numa nota, alertando para a falta de medidas aplicadas nesta matéria. O presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, considera igualmente "inaceitável e lamentável" que estes problemas continuem a proliferar nas escolas.

"As escolas devem impor-se naquelas que são questões de comportamentos desviantes, combatendo-as através dor órgãos necessários", defendeu. Segundo Albino Almeida é necessário e urgente, no sentido de se resolver os problemas de indisciplina, analisar cada escola, porque cada caso é um caso, e auferir as condições reunidas para combater estas situações

Já a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) defende, em comunicado, a necessidade de serem criados gabinetes de apoio à integração dos alunos nas escolas, mais profissionais auxiliares para os estabelecimentos de ensino de maior risco, mas também o reforço do programa Escola Segura, da PSP.

a luta segue dentro de momentos (9)

25.02.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

E depois temos sempre os sindicatos do costume que fazem aquele papel que se pode resumir assim: "agarrem-me senão nem sei o que lhes faço, mas, por favor, agarrem-me mesmo".

 

Ora leia e tire as suas conclusões.

 

 

Educação
Suspensão do modelo de avaliação está a dividir professores 
25.02.2009 - 09h11 Clara Viana
O secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, João Dias da Silva, rejeitou ontem, ao PÚBLICO, as críticas de três movimentos independentes de professores, que acusam a FNE de estar a promover a entrega, pelos docentes, dos objectivos individuais, apresentada pelo Ministério da Educação (ME) como a primeira etapa da avaliação de desempenho.

Em comunicado, a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE), o Movimento Escola Pública (MEP) e o Promova dão conta de que, nos últimos dias, "diversos professores que contactaram os serviços da FNE, colocando questões sobre a não entrega dos objectivos individuais, obtiveram como resposta um discurso intimidatório e desmobilizador". Aqueles movimentos lembram que a FNE subscreveu, em conjunto com todos os sindicatos que integram a Plataforma Sindical de Professores, "um apelo para que os professores se recusassem a entregar os objectivos individuais como forma de lutar pela suspensão integral do modelo de avaliação de desempenho".

Dias da Silva garante que continua a ser esta a posição da FNE e que as acusações feitas dão conta de informações que "não correspondem às orientações estabelecidas". "Todos os mecanismos de protesto legítimos contra esta avaliação injusta têm o nosso apoio", insistiu. 

A pedido dos sindicatos, a estrutura da carreira docente e o modelo de avaliação estão a ser objecto de novas negociações com o ME. No final de Janeiro, o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, começou a referir a "abertura" demonstrada pela FNE por contraponto à "intransigência" da outra grande associação do sector, a Federação Nacional de Professores (Fenprof).

As declarações de Pedreira tiveram origem na disponibilidade da FNE em aceitar uma "avaliação extraordinária" na passagem do 6.º para o 7.º escalão e valeram à FNE um coro de acusações, sobretudos nos blogues de professores. Ontem, Dias da Silva reafirmou que a federação não desiste de "exigir o fim da divisão da carreira docente em duas categorias e a existência de vagas de acesso aos escalões mais elevados". Já sobre a presença na Plataforma Sindical indicou: "Havendo circunstâncias que façam com que as organizações tenham que se juntar, não pomos em causa". A próxima acção de rua, um cordão humano a realizar em Lisboa no próximo dia 7, foi só convocado pela Fenprof, que hoje entregará em tribunal a primeira de três providências cautelares contra a avaliação.