mas que coisa tão bonita
Um ideia muito bonita num vídeo de 5 minutos e pouco.
Vale a pena; refresca a alma, digamos assim.
Ora clique.
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Um ideia muito bonita num vídeo de 5 minutos e pouco.
Vale a pena; refresca a alma, digamos assim.
Ora clique.
Pois é: a minha interrogação é simples: ensandecemos ou é apenas carnaval?
Ora leia as duas notícias que encontrei na Lusa e no jornal Público (abreviei-as para não nos maçarmos muito) e tire as suas conclusões. Ambas são relativas ao carnaval que se avizinha.
A primeira:
Os pais dos 900 alunos que frequentam o agrupamento de Paredes de Coura criticam o cancelamento das actividades, acusando os professores de estarem a usar os estudantes como "armas de arremesso" contra o Ministério da Educação, na sua luta contra o sistema de avaliação do desempenho.
"Entendemos e respeitamos o direito à greve de professores e educadores, mas já não achamos legítimo nem correcto que a retaliação à imposição ministerial de um sistema de avaliação acabe por 'sobrar' para os alunos, que não têm culpa de nada", disse à Lusa o porta-voz dos pais.
Eduardo Bastos lembrou aos professores que os alunos serão os "únicos prejudicados" com esta forma de protesto dos professores e acrescentou que se vão reunir hoje à noite para decidirem o que fazer para "convencer" os professores a voltarem atrás naquela decisão.
"Os pais é que decidirão o que se vai fazer a seguir, mas há já quem fale em fechar a escola", acrescentou.
Directora está "proibida de falar"
Contactada pela Lusa, a directora daquele agrupamento, Cecília Terreleira, escusou-se a fazer qualquer declaração, alegadamente por ter sido "proibida de falar" pela responsável da Equipa de Apoio às Escolas de Viana do Castelo(...)
“Fomos surpreendidos agora cerca da uma hora com um fax do Ministério Público assinado pela senhora delegada do 1º juízo, a qual nos dá um prazo até às 15h30 para retirar o conteúdo do computador Magalhães”, explicou o autarca, citado pela mesma fonte. Carlos Miguel acrescentou que “o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã” do portátil e onde é visível uma pesquisa no Google com a palavra-chave "mulheres". Por isso, não entende o pedido para o retirarem do Carnaval e entregaram mais tarde ao tribunal judicial o autocolante.(...)
No excelente blogue do Francisco Santos, aqui, encontrei uma entrada que deve ser lida com toda a atenção. Publico-a com a sua autorização.
Ontem, tive a felicidade e o prazer de assistir a uma magnífica conferência do Professor Philippe Meirieu, na FPCE-UL.
A propósito do tema «Mutações sociais, pedagogia e trabalho dos professores», Meirieu levou a assistência a reflectir sobre a modernidade e a crise da escola, olhando para essa crise mais do que como uma ameaça, como uma verdadeira oportunidade para a pedagogia e para o trabalho dos pedagogos.
Começou por relembrar que foi Hannah Arendt quem primeiro se referiu à crise da educação, analisando-a como uma crise das teocracias imposta pela emergência das democracias.
Ao longo de quase três horas Meirieu explicou de que forma os governos e as autoridades escolares têm procurado responder a essa crise, recorrendo à burocracia como uma nova teocracia e apontou as alternativas que, do seu ponto de vista, se devem basear na responsabilidade e na liberdade.
Para ele existem sempre outras alternativas e a pedagogia desempenha aí um papel fundamental, embora o seu caminho seja extremamente difícil. Até porque, para Meirieu a definição de pedagogia assenta em duas premissas absolutamente contraditórias:
É exactamente na tensão entre estas duas premissas contraditórias que o trabalho do professor tem que se desenvolver, não como um dom ou como uma ciência, mas como uma espécie de artesanato, porque o trabalho docente se faz, à semelhança do trabalho do artesão, com os materiais que tem à sua frente, usando os instrumentos a que pode recorrer, fazendo face à realidade e não no ambiente asséptico da especulação científica.
Philippe Meirieu tem enorme produção científica publicada, muita da qual está disponível on-line, na sua página pessoal.
Sobre o tema das alternativas ao pensamento único, que ele classifica como uma espécie de liberalismo autoritário, propõe a refundação do serviço público de educação, num texto de que deixo apenas este pequeno excerto:
Encontrei no excelente blogue do Ramiro Marques, aqui, uma entrada muito interessante escrita por Miguel Loureiro. Relaciona-se com com o novo modelo de gestão escolar que por aí pulula. Publico-o com a autorização do autor do blogue.
Dez razões para dizer não aos directores:
1. O facto de o Director poder ser um professor não Titular, sem as vivências e o conhecimento de campo, que o "espírito" do Professor Titular subentendia (isto é meritocracia pura!).
2. O facto de o Director nomear os Coordenadores de Departamento (que têm que ser Professores Titulares e estarem seguramente mais preparados que o "chefe"), que integram obrigatoriamente o Conselho Pedagógico e em que o menos "competente" é quem manda, com poderes para destituir quem ele nomeou.
3. O facto de haver uma "séria" e institucional interferência de pais e EE, autarcas e empresários (ou "notáveis") na definição da "política educativa" e dos PEEs e Currículo das escolas, inseridos no órgão "MÁXIMO" (Conselho Geral), que é composto maioritariamente por não docentes e que tem a mesma operacionalidade das Assembleias de Escola, que funcionará, como antes, por voluntarismo e sobretudo com desmotivados na participação (com faltas de quorum consecutivas), sem competências pedagógicas ou didáticas, para não falar de EDUCAÇÃO.
4. O facto de abrir caminho a uma visão mais municipalizada das escolas e a eventuais tentativas de municipalização (partidarização) do Director.
5. O facto de dar uma machadada em todos os órgãos democraticamente eleitos e representativos dos pares, pelo reconhecimento das suas competências, profissionais e pessoais.
6. A dependência funcional e política dos Directores em pirâmide, começando pelo CG, passando pelas DREs e acabando no ME e para baixo, dependência pura, dos Coordenadores ao Director, que exercerão as suas funções por imposição.
7. O processo da escolha do Director, que nem é concurso, nem eleição, nem nada que se entenda, por 4 anos, mais 4 anos por recondução pelo CG, mais 4 anos da mesma forma que a primeira, mais 4 anos, novamente por recondução. No total 16 anos (como na antiga URSS).
8. Representação minoritária dos docentes no CG, sem que estejam previstas quaisquer reduções, nem para o Presidente se for professor e que é o representante do órgão máximo da escola.
9. Os representantes dos docentes e não docentes, são eleitos (único acto democrático, de 8 em 8 anos), enquanto todos os outros são por nomeação.
10.O Director pode ser demitido por todos os de cima da pirâmide, mas pode demitir para baixo.
As negociações entre o ministério da Educação e os sindicatos de professores continuam. A última novidade prende-se com a abolição das vagas no acesso à carreira de professor titular.
Ora lei a notícia da responsabilidade da agência Lusa. Da prova de acesso nada se fala. E o tempo vai passando e os professores continuam sem progredir e com a carreira dividida com base em critérios que humilharam grandes profissionais.
O Ministério da Educação manifestou-se esta quarta-feira disponível para abolir a existência de vagas no acesso à categoria de professor titular, a segunda e mais elevada da carreira docente, anunciaram sindicatos de professores. Em declarações à Agência Lusa, a presidente da Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Fátima Ferreira, afirmou que o ministério “mostrou-se disponível para ceder relativamente às vagas, acabando com os constrangimentos administrativos no acesso à categoria titular”. O Governo e os sindicatos de professores começaram hoje a segunda ronda negocial de revisão da estrutura da carreira. De acordo com o Estatuto da Carreira Docente (ECD), apenas um terço dos professores pode aceder a titular, ou seja, aos cargos de supervisão, coordenação e avaliação. O presidente da Federação Nacional de Ensino e Investigação (FENEI), Carlos Chagas, confirmou à agência Lusa a proposta apresentada durante a reunião pelo secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, sublinhando, no entanto, que “não foi entregue nenhum documento por escrito”. “Deixaria de haver fixação de vagas. Os docentes poderiam aceder a titular através de uma prova nacional e tendo em conta a avaliação de desempenho, um número mínimo de tempo de serviço e formação especializada para o exercício de cargos de avaliação, coordenador e supervisão”, afirmou Fátima Ferreira, sublinhando que o governante foi parco em pormenores. Segundo Carlos Chagas, o secretário de Estado admitiu mesmo que os limites no acesso à categoria de professor titular poderiam ser determinados através da dificuldade daquela prova. Apesar da cedência da tutela, Fátima Ferreira afirmou que a proposta é ainda “muito insuficiente”, já que a ASPL não abdicará do fim das categorias hierarquizadas e das quotas para a atribuição das classificações de “Muito Bom” e “Excelente” no âmbito da avaliação de desempenho. “Para nós é insuficiente”, reiterou o presidente da FENEI.
A intenção inicial deste blogue era a de escrever sobre tudo o que me interessasse mas com o cuidado de raramente entrar pelos assuntos do sistema escolar. Mas as desastrosas políticas de Educação que assolaram o nosso país, levaram-me a preencher o "correntes", e o meu cérebro, com a tentativa de ajudar a desconstruir o que se estava a passar na Educação.
Até o cinema tem tido menos atenção e penitencio-me pela perda sistemática dos excelentes filmes que o Centro Cultural das Caldas da Rainha tem exibido: mas, e assim espero, em breve retornarei.
Entretanto, vi um filme que recomendo. É baseado em factos reais e pode fazer-se a necessária transferência para os tempos que vivemos: temos de aprender com a história, parece-me. Nem sempre se consegue vencer por mais justa que seja a luta; mas quando as convicções imperam, não há alternativa: lutar de cabeça erguida, mesmo com o aparente prejuízo das circunstâncias pessoais de momento.
O jornal Público faz as seguintes referências:
Título original: Valkyrie
De: Bryan Singer
Com: Tom Cruise, Kenneth Branagh, Bill Nighy
O coronel Stauffenberg (Tom Cruise) sempre foi fiel ao seu país, o qual serviu com orgulho. Mas ao ver Hitler precipitar a Alemanha e a Europa no caos, começa a acreditar que é preciso passar à acção e travar o líder da Nacional Socialista. Em 1942, tenta conduzir vários oficiais superiores à rebelião, mas será em 1943, quando recupera de ferimentos sofridos em combate, que reúne forças junto da Resistência Alemã e organiza uma conspiração para matar o Führer. O plano, a operação Valquíria, é astuciosamente desenhado, e a missão de matar Hitler entregue ao próprio Stauffenberg.
Pode ver um pequeno vídeo, 1.47 minutos, deste filme a não perder.