O Paulo Guinote do blogue "A educação do meu umbigo" lançou uma importante iniciativa que visa solicitar um parecer jurídico ao advogado Garcia Pereira. Como é evidente, esta acção pode vir a revelar-se essencial nesta fase da luta dos professores.
Os interessados em colaborar, eu já o fiz, podem fazer uma transferência bancária de 10 euros através das referências que encontra aqui.
Ou aqui:
NIB:0018.0003.20167359020.29
IBAN: PT50.0018.0003.20167359020.29
Posso assegurar que o conhecido advogado faz-se pagar por números aceitáveis. Também devo acrescentar, que encontra no blogue do Paulo Guinote todos os detalhes relativos ao controle e transparência do processo.
E é como se sabe: as lutas doem e vivemos um momento desses. Mas como nem somos de desistir nem fáceis de roer, cá estaremos para o que der e vier.
Tenho ideia que estreou em Outubro de 2008 mas só o conseguimos ver dois meses depois. "A turma" é um filme muito bom e que deveria ser visto por todas as pessoas que gostam de opinar sobre as políticas educativas. Até parece que o realizador escreveu o argumento a pensar no que se passa em Portugal.
Será que as mudanças que se verificaram, a favor da luta dos professores, entenda-se, na opinião publicada teve alguma relação com o visionamento (examinar do ponto de vista técnico, digamos assim) deste filme?
O argumento tenta ser o mais imparcial possível. Mas há um detalhe que não podia escapar: em França, como em Portugal, a relação entre os serviços centrais da Educação e as escolas parece respeitar a tese do argumento do quarto chinês: o primeiro apenas conhece a sintaxe e nada sabe sobre a semântica dos segundos.
No site do jornal Público pode ler-se:
"A Turma" ("Entre les Murs"), filme de Laurent Cantet ("Recursos Humanos", "O Emprego do Tempo") galardoado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, segue um ano de um professor e da sua turma numa escola de um bairro problemático de Paris, microcosmos da multietnicidade da população francesa, espelho dos contrastes multiculturais dos grandes centros urbanos de todo o mundo. O professor François (interpretado pelo próprio François Bégaudeau, professor que escreveu o livro que foi o ponto de partida para este filme) e os seus colegas, preparam-se para um novo ano escolar. Cheios de boas intenções, estão decididos a não deixarem que o desencorajamento os impeça de tentar dar a melhor educação aos seus alunos. Mas as culturas e as atitudes diferentes colidem frequentemente dentro da sala de aula. François insiste num atmosfera de respeito e empenho. Mas tudo é posto à prova quando os estudantes começam a desafiar os seus métodos. A turma é composta por actores não-profissionais que foram escolhidos entre alunos de um liceu francês, com quem o realizador trabalhou todas as semanas durante um ano lectivo em ateliês de improvisação. O filme é considerado um retrato exemplar das questões da educação e do desafio de ensinar.
É um filme a não perder. Pode ver um vídeo de dois minutos e pouco.