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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

cotas

31.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Temos o hábito de trocar umas impressões no final do dia. Cultivamos a ideia de repartir as venturas e as desventuras das nossas aulas: umas correm bem mas outras nem tanto assim. É mesmo fundamental que uma escola institua esse clima; e na minha pugna-se por isso.

 

Estávamos os dois numa amena troca de dificuldades, quando caímos no duplo sentido das cotas:

  • já não somos nenhumas crianças e o nosso percurso profissional ultrapassou o período do meio - estamos a ficar uns cotas, portanto -;
  • com este modelo de avaliação, assente na ideia das cotas, perder-se-ia o sentido da partilha e da cooperação: seria cada um por si que o outro é apenas mais um competidor.

Esse fechamento difícil de evitar seria um inimigo da profissionalidade docente, principalmente num mundo mais aberto e onde a composição de cada grupo de alunos obedece, cada vez mais, a uma saudável característica: a diversidade.

 

Mas para perceber isso é preciso conhecer a semântica de uma escola e de uma sala de aula.

xadrez

30.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 



No seu grave recanto, os jogadores

Deslocam os peões. O tabuleiro

Tem-nos até à alva do altaneiro

Âmbito em que se odeiam duas cores.


Dentro irradiam mágicos rigores

As formas: torre homérica, ligeiro

Cavalo, alta rainha, rei postreiro,

Oblíquo bispo e peões agressores.


Quando os jogadores se houveram ido,

Quando o tempo os tiver já consumido,

Nem por isso terá cessado o rito.


A leste se ateou uma tal guerra

Que hoje se propaga a toda a terra.

Como o outro, este jogo é infinito.



Jorge Luís Borges, poemas escolhidos.

dias alegres (4)

28.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

A escola onde sou professor, o agrupamento de escolas de Santo Onofre, tem assumido um papel singular nesta luta dos professores: a decisão de não aplicar o modelo inexequível de avaliação de desempenho tem partido sempre, e naturalmente, dos órgãos próprios do agrupamento; sem necessidade de reuniões gerais de professores ou de abaixo-assinados.

 

Ou seja, os responsáveis assumem a sua plena responsabilidade de modo informado e com a consciência de que o fazem pelo simples facto de conhecerem o lado da razão; e a história deste penoso processo tem confirmado as lúcidas alegações.

 

Mas convocou-se, para ontem, uma reunião geral de professores. Sentia-se a necessidade de conversar, de trocar opiniões, de ajudar a esclarecer e, obviamente, de espantar medos diversos.

 

E foi bonito, muito bonito mesmo. Num ambiente sereno, esclarecido e determinado, percebeu-se que a hora é difícil e que a longa luta começou agora a doer: mas nem por isso se vacilou.

 

A história se encarregará de nos esclarecer o lado certo das emoções. De uma coisa estou seguro: tenho orgulho em fazer parte de uma instituição com semelhante cultura de autonomia e de responsabilidade.

 

Bem hajam, colegas.

a luta segue dentro de momentos (5)

28.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Recebi por email a moção que se segue. Foi aprovada na Câmara Municipal de Évora cuja maioria política pertence ao partido socialista.

 

Ora leia:

 

 

MOÇÃO

 

PELA DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA

 

Considerando que o modelo de avaliação de desempenho dos Docentes - introduzido pelo Decreto-Regulamentar nº2 de 2008, de 10 de Janeiro, conjugado com o Decreto-Lei nº15/2007 de 19 de Janeiro - Estatuto da Carreira Docente - contribuiu para a degradação do Ensino Público, na medida em que criou muitos obstáculos de natureza burocrática e administrativa na acção dos professores, afastando-os da sua verdadeira missão profissional: ENSINAR.

 

Considerando os pareceres do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, a opinião de praticamente todos os docentes portugueses, as posições assumidas pelos órgãos administrativos e pedagógicos das escolas, a posição das estruturas representativas dos Docentes, o posicionamento dos partidos políticos na oposição com assento parlamentar, o modelo de avaliação criado pelo Ministério da Educação caracteriza-se como sendo profundamente injusto, altamente burocrático, incoerente e nada contribuiu para a evolução profissional dos Docentes nem para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos destinatários do sistema educativo: Os alunos.

Considerando que os professores portugueses mostram total abertura e interesse para serem avaliados, no quadro de um modelo justo, sem quotas de progressão, rigoroso e formativo que contribua para a dignificação da sua carreira profissional e para o progresso dos processos de ensino - aprendizagem dos estudantes portugueses.

Considerando que o clima de contestação e indignação dos professores, educadores e alunos, a insustentável instabilidade e mal-estar vivido por toda a comunidade educativa, prejudica efectivamente o processo de ensino-aprendizagem no País e, no concelho de Évora, em particular.


A Câmara Municipal de Évora:


Reconhece a dedicação e o empenho que estes profissionais têm demonstrado têm demonstrado no exercício das sua profissão, apesar de todas as adversidades e da intensa campanha ideológica que o actual governo tem desenvolvido tentando assim ferir a sua imagem junto da opinião pública. 

Reconhece a luta corajosa, determinada, persistente e responsável travada pelos Docentes Portugueses em defesa dos seus interesses - indissociáveis da Defesa da Escola Pública. 

Vem requerer, junto do Governo, a suspensão da aplicação do Decreto-Regulamentar nº2/2008, bem como a legislação aprovada posteriormente, na tentativa de aplicar um modelo de avaliação simplificado - que continua a comportar um enorme potencial de contradições e problemas de aplicação - gerador de injustiças e instabilidade nas escolas.


A Câmara Municipal de Évora.

14 de Janeiro de 2009

 

e ainda e novamente os objectivos individuais

27.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

 

Este folheto à volta dos objectivos individuais tornou-se mesmo uma coisa patológica.

Leio no blogue do Paulo Guinote, aqui, mais uma útil informação.

 

 

O post tem o seguinte título:

 

De Acordo Com O Próprio ME Não Há Lugar A Procedimento Disciplinar, Certo?

A entrega dos objectivos individuais é uma responsabilidade do docente?

 

"Sim. O prazo para entrega dos objectivos individuais deve estar definido no calendário aprovado pela escola. Nas situações em que esse prazo não seja cumprido, deverá o director/presidente do conselho executivo notificar o docente desse incumprimento, bem como das respectivas consequências, ou seja, o período sem avaliação não será considerado para efeitos da evolução na carreira do docente. No entanto, uma vez que, quando existe falta de acordo, prevalece a posição do avaliador, poderá o director/presidente do conselho executivo fixar os objectivos ao avaliado, tendo por referência o projecto educativo e o plano anual de actividades da escola.
 

Isto significa serem infundados receios de:

Instauração de processos disciplinares.

Não contagem do tempo de serviço para efeitos de concurso."

 

 

Os interessados têm ainda informação mais detalhada no excelente blogue do Francisco Santos, aqui.

 

tragédia ou comédia

27.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Pelo que li no blogue do Ramiro Marques, aqui, o famigerado relatório da OCDE a páginas tantas diz assim:

 

 

"As principais alavancas do processo, tais como a Ministra e os Directores Regionais, não são funcionários públicos independentes, mas políticos nomeados e sintonizados com os objectivos da política governamental. São apoiados por serviços de dados actualizados ao minuto, que permitem uma tomada de decisão inteligente e bem informada."

propaganda e outras coisas mais...

27.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

Os média "mainstream" faziam ontem notícia da apresentação de um relatório, da OCDE, muito elogioso para o conjunto de políticas educativas do actual governo em relação ao 1º ciclo de escolaridade.

 

Vi, a propósito, o primeiro-ministro tecer rasgados elogios ao que se tem feito nessa área da Educação, com saliência para as características de personalidade da actual ministra da Educação: determinada, corajosa, resistente e outras adjectivações do género. Ao que me pareceu ouvir, o primeiro-ministro teve uma grande satisfação em trabalhar com a actual responsável pela pasta da Educação.

 

Fui ler o famigerado relatório, aqui, e ao passar pelos blogues dei com duas análises. Uma de José Matias Alves, aqui, e outra de Ramiro Marques, aqui. Em ambas verifiquei críticas essenciais: relatório pouco rigoroso, parcial (parece uma coisa encomendada), com conclusões claramente abusivas e precipitadas. Enfim. Os mais interessados devem passar pelos links que recomendo e tirarem as suas próprias conclusões.

 

Depois li uma nota de imprensa do sindicato dos inspectores da Educação e do Ensino. Fiquei estupefacto. É grave o que ali se pergunta

 

Se cruzarmos as conclusões do citado relatório com o conteúdo desta nota, ficamos com a óbvia impressão de que há ainda mais mundo para além da propaganda.

 

NOTA DE IMPRENSA

Sete (7) perguntas ao Senhor Secretário de Estado da Educação.

A notícia inserta na página 12 do “Público” do passado  dia 22, com o título “Ministério da Educação vai avaliar a qualidade «interna e externa» dos cursos profissionais” , suscita-nos algumas perguntas, que gostaríamos de ver respondidas.  Citamos da notícia:“O Ministério da Educação (ME) vai arrancar em breve com a avaliação aos cursos profissionais das escolas públicas. A garantia foi dada pelo Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos (…). «O contrato está pronto e a adjudicação vai ser feita muito em breve», sublinhou Lemos (…)”. Esta notícia, como se vê, coloca inúmeras questões. Entre outras, e não sendo exaustivos:

1. Por que está a Inspecção-Geral da Educação (IGE) arredada de todo este  processo?;

2. De que contrato, com que caderno de encargos,  e de que adjudicação se está a falar?;

3. A IGE possui competências legais e técnicas, e meios e experiência, para, no âmbito de uma redefinição das suas prioridades e do urgente reforço dos seus quadros, fazer esta avaliação - por que é que a não faz?;

4. Assim sendo, qual o fundamento legal, técnico, orçamental e financeiro que justifica esta externalização do serviço?;

5. A IGE já desenvolveu e aplicou um Programa de Avaliação Integrada das Escolas, a IGE já fez a avaliação de escolas profissionais públicas, a IGE está a aplicar neste momento um programa de Avaliação Externa das Escolas - e é colocada à margem desta avaliação aos cursos profissionais das escolas públicas, assim se propiciando “contratos” e“adjudicações”?;

6. A IGE, para além de credível e competente, também sai naturalmente mais barata aos contribuintes, pelo que uma outra pergunta se torna inevitável: quais os custos deste contrato, isto é, quem ganha e quem perde com este negócio?;

7. A aplicação de um processo de avaliação promovido pelo Ministério da Educação pode ser um negócio?

Pel’A Direcção do Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino. José Calçada (Presidente).

 

limpidez

27.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Sindicato de Professores do Norte (SPN) faz um esclarecimento que deve ser lido com toda a atenção.

 

Ora leia.

 

ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA:

ajudar agora o ME a implementar o seu modelo de avaliação e a consolidar o seu ECD;

aceitar que, no próximo ano lectivo, o modelo imposto pelo ME se aplicará na sua versão integral;

conformar-se com a existência de titulares e de quotas;

colaborar na degradação da escola e da profissão docente;

desperdiçar toda a força acumulada nas grandiosas manifestações de 8 de Março e 8 de Novembro e nas históricas greves de 3 de Dezembro e 19 de Janeiro.

 

NÃO ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA:

· rejeitar o modelo de avaliação do ME e continuar a contestação.
 

Mesmo correndo riscos, eles serão sempre insignificantes se comparados com os prejuízos provocados pela aplicação deste modelo, sobretudo tendo em conta que, neste momento, o risco será sempre muito limitado, porque:

A entrega dos objectivos não tem carácter obrigatório, portanto, não dá lugar a qualquer sanção disciplinar.

A não entrega dos objectivos não impede a continuação do processo de avaliação, já que a auto-avaliação, apesar de ser meramente consultiva, é considerada um dever, tenha-se ou não apresentado objectivos.

Os parâmetros da ficha do Presidente podem ser pontuados com ou sem objectivos definidos.

A avaliação não terá qualquer efeito nos concursos para o próximo ano lectivo.

Mesmo que assim não fosse, os professores são mais de 140 mil… Alguém imagina possível a instauração de processos disciplinares ou mesmo a assunção da não contagem do tempo de serviço a dezenas de milhar de docentes?!

Por isso, a questão central, neste momento, é a seguinte:

VAMOS DEIXAR RUIR A UNIÃO E A FORÇA QUE TÃO DURAMENTE CONSTRUÍMOS?

O SPN e a FENPROF apelam a todos os professores para mostrarem a este Governo intransigente e incompetente que a dignidade não tem preço.

Nas escolas onde não for possível aprovar esta posição, isso não impede os colegas em minoria de afixar na sala dos professores uma Declaração de não entrega de objectivos. A contabilidade da não participação neste modelo far-se-á não só pelo número de escolas, mas também pelo de professores que, em todo o país, dele claramente se demarcaram.

do momento

27.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

Vive-se uma fase do tipo "a luta segue dentro de momentos" na vida profissional dos professores portugueses em defesa da escola pública.

 

Encontrei umas ideias que, com alguma imaginação, podem ajudar a perceber alguns dos aspectos que rodeiam o momento e contribuir para dois estados de espírito: por um lado serenar os ânimos e por outro reafirmar o óbvio: a luta é longa.

 

Ora leia:

 

 

A distorção da empatia.


  • Johnny deixa o seu melhor amigo brincar com a sua bola nova. Mas o amigo não teve cuidado e perdeu a bola. E não quer dar outra ao Johnny.
  • O amigo do Johnny, com quem ele gostava muito de brincar, mudou-se. O Johnny não pode brincar com o seu amigo.

 

Daniel Goleman, Inteligência social, a nova ciência das relações humanas;

Círculo de Leitores; Lisboa 2006; tradução de Mário Dias Correia;

pág. 249

 

 

"(...) A teoria evolucionária afirma que a nossa capacidade de sentir quando devemos desconfiar tem sido tão essencial para a sobrevivência da espécie como a capacidade de confiar e cooperar."

 

 

Daniel Goleman, Inteligência social, a nova ciência das relações humanas;

Círculo de Leitores; Lisboa 2006; tradução de Mário Dias Correia;

pág. 40

 

da entropia

26.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Vou conversando com alguns colegas e verifico o estado de desinformação a que se chegou sobre o momento daquela coisa a que se chamou avaliação do desempenho dos professores.

 

Há quem continue a dizer, a ministra da Educação, por exemplo, que o modelo é bondoso e que o que falta é convencer os professores.

 

Bem, já ouvi muita coisa mas baptizar, a incompetência política e técnica polvilhada de teimosia e incapacidade para ouvir, de bondade é que, francamente, nunca me tinha passado pela cabeça.

 

Mas não há nada a fazer: muito sinceramente, já não espero qualquer coisa de jeito da equipa que governa este ministério da Educação com o apoio expresso do actual governo e da maioria dos sócios do partido socialista.

 

E isso entristece-me: numa altura de grave crise, em que tantas pessoas estão a sofrer na pele os efeitos nefastos dos desmandos de alguns, temos um governo que gosta de dividir e que usa os professores do meu país como "carne para canhão".

 

É um governo sem alma, sem sonho, sem poesia e que insiste numa coisa que sabe que é inaplicável apenas para garantir uma bandeira com efeito mediático.

 

Publico de seguida um conjunto de esclarecimentos da responsabilidade da FENPROF.

 

Face à confusão que tem sido criada junto dos professores com a publicação do Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro, e com as ameaças de exercício de acção disciplinar caso não sejam avaliados, a FENPROF esclarece:
1. Com a saída do Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro, passou a existir alguma situação nova no que respeita a obrigações ou sanções disciplinares?
R.: Não. Este decreto regulamentar veio substituir, para este ano, o Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro, mas apenas no que respeita a procedimentos. A essência do modelo mantém-se inalterável, como confirmam as quotas. Quanto a acção disciplinar não há qualquer novidade deste para o anterior decreto regulamentar, como também não se passou de uma situação de vazio legal para outra de existência de quadro legal.
2. Pode ser alvo de acção disciplinar o professor que não entregue os objectivos individuais?
R.: Nada o prevê! O que o próprio ME tem vindo a referir são eventuais sanções a quem recuse fazer a sua autoavaliação. Mas a autoavaliação concretiza-se, apenas, no final do ano lectivo com o preenchimento da respectiva ficha. Neste momento, esse não é o procedimento em causa.
3. Qual o fundamento dessa interpretação?
R.: O Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro, estabelece como dever do docente, no âmbito do processo de avaliação, a sua autoavaliação (art.º 11.º) que é considerada obrigatória. O artigo 14.º, que define as diversas fases de avaliação, consagra a autoavaliação como a primeira dessas fases. Esse momento tem apenas lugar no final do ano lectivo. Não há qualquer norma de onde se retire, de forma explícita, que a apresentação de objectivos individuais tem carácter obrigatório e que da sua não apresentação se infere uma recusa de ser avaliado(a), logo, não há lugar a qualquer sanção disciplinar. 
4. No caso de, numa escola, continuar suspenso o processo de avaliação, que consequências advirão, para os docentes dos quadros a nível da sua carreira?
R.: A não contagem daquele período de tempo para efeitos de progressão na carreira, embora sem colocar em causa futuras progressões. Obviamente que, por decisão política do Governo e tendo em conta a conturbação existente, mesmo esse efeito, poderá ser anulado.
5. E para os professores contratados?
R.: A consequência imediata prende-se com a renovação de contrato. Porém, esse efeito não se produzirá por, este ano, não haver lugar a renovação de contratos, pois, em 2009, todos os docentes contratados terão de ser opositores ao concurso que se realizará em Fevereiro.
6. Poderão os Presidentes dos Conselhos Executivos ser alvo de processo disciplinar e/ou demissão do seu cargo por não garantirem, na sua escola/agrupamento, a aplicação do processo de avaliação?
R.: Não! Os membros dos órgãos de gestão foram considerados como dirigentes intermédios de serviço da Administração Pública (artigo 11.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2009, de 5 de Janeiro). Como tal, caso não garantam a aplicação do processo de avaliação na sua escola poderá ser-lhe atribuída a menção de “Desempenho inadequado”, conforme previsto no SIADAP, aprovado na Lei n.º 66-B/ de 28 de Dezembro. Nesse caso, de acordo com o n.º 12 do artigo 39.º, os efeitos são os previstos no artigo 53.º da mesma lei, não se prevendo qualquer sanção disciplinar que, a existir, seria ilegal.
7. Deverão os professores entregar, individualmente, algum documento escrito recusando ser avaliados?
R.: Não, porque os professores não recusam ser avaliados, apenas assumem não entregar os objectivos individuais de avaliação nos casos em que o processo não seja suspenso na sua escola. O mais importante é que, em cada escola, os professores mantenham suspenso o processo de avaliação colectiva que seja subscrito pelos docentes.
8. Como agir no caso de serem exercidas pressões, ameaças, de existirem quaisquer manobras de carácter intimidatório ou, simplesmente situações que levantem dúvidas aos professores?
R.: Contactar imediatamente o respectivo Sindicato que apoiará juridicamente os professores.

brindar; também claro

26.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

 

Já faz algum tempo que recebi por email o texto que vou colar nesta entrada. O leitor está identificado mas pediu-me para omitir o seu nome; compreendo as suas razões.

 

Ora leia.

 

 

"Têm razão para ter vergonha os que entregam os objectivos, os que sentem que estão a trair uma luta que levou 120 mil às ruas de Lisboa dizer bem alto que este modelo é injusto e que o rejeitavam.
Têm motivos para não olhar de frente aqueles que resistem e que, dignamente, mantêm a sua posição e que não claudicam perante as ameaças (sejam elas do secretário de Estado ou de algum presidente de Conselho Executivo que gosta de mostrar as garras para disfarçar que também anda cheio de medo).
Têm razão para se sentirem envergonhados quando confrontados com colegas que vivem em situações económicas bem mais difíceis, mas que teimam em provar que são Professores, que são Homens e Mulheres com princípios e gostam de andar de cabeça erguida.
O 25 de Abril é cada vez mais uma recordação distante. Agora eu percebo por que tivemos o Salazar tanto tempo. Por medo. E no entanto, havia quem resistisse. E com riscos bem maiores do que os que possa haver hoje, nesta espécie de Democracia.
É tão giro ir às manifestação, assinar abaixo-assinados e até fazer greves.
Mas quando chega a hora de correr um risco - ainda que mínimo -, de mostrar coragem e dignidade, há quem acabe por entregar os objectivos.
Brindo aos que resistem!"



...brindemos aos que resistem, concordo.

 

resistências

25.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 (há parafusos para todos os gostos e feitios;

mas há alguns que são mais duros de roer)

 

 

 

Publico a lista das escolas ou agrupamentos que têm dado notícia da decisão de não aplicar o modelo de avaliação do desempenho dos professores (última actualização às 23.00 horas do dia 25 de Janeiro de 2009).

 

Já tinha parado com a lista noutro dia. Mas o trabalho que se segue merece divulgação e é da responsabilidade de Rosa Medina de Sousa (a quem agradeço a gentileza).

 

Para os cépticos e para os que dizem que a luta dos professores está a perder embalagem, fiquem então a saber o nome das escolas (agrupamentos - alguns são amontoados de mais de uma dezena de escolas - e escolas não agrupadas); depois, é só fazer as contas; o mail que acompanha a lista fala em 412 mas o Miguel Pinto do excelente blogue "outroolhar" fala-me em 345; quer confirmar?.

 

 

Agrupamento de Escolas Alpha - Entroncamento

Agrupamento de Escolas D. Manuel Faria e Sousa - Felgueiras

Agrupamento de Escolas da Quinta da Lomba - Barreiro

Agrupamento de Escolas de Alvor

Agrupamento de Escolas de Aristides de Sousa Mendes - Póvoa de Santa Iria

Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra

Agrupamento de Escolas Abel Varzim - Barcelos

Agrupamento de Escolas Aguada de Cima

Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva (Albarraque) - Sintra

Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade – Almada

Agrupamento de Escolas António José de Almeida - Penacova

Agrupamento de Escolas Augusto Louro - Seixal

Agrupamento de Escolas Avelar de Brotero - Odivelas

Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas - Oliveira do Hospital

Agrupamento de Escolas Caranguejeira

Agrupamento de Escolas Conde de Ourém

Agrupamento de Escolas D. Carlos I

Agrupamento de Escolas D. Dinis - Quarteira

Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre

Agrupamento de Escolas D. Miguel de Almeida - Abrantes

Agrupamento de Escolas da Anadia

Agrupamento de Escolas da Área Urbana de Santa Clara - Guarda

Agrupamento de Escolas da Carapinheira - Montemor-o-Velho

Agrupamento de Escolas da Coja

Agrupamento de Escolas da Quinta da Lomba

Agrupamento de Escolas da Região de Colares

Agrupamento de Escolas da Sé - Faro

Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego

Agrupamento de Escolas da Sequeira - Guarda

Agrupamento de Escolas da Trofa

Agrupamento de Escolas de Darque

Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima

Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira

Agrupamento de Escolas de Alvalade

Agrupamento de Escolas de Alvide - Cascais

Agrupamento de Escolas de Ansião

Agrupamento de Escolas de Aradas - Aveiro

Agrupamento de Escolas de Arga e Lima

Agrupamento de Escolas de Aveiro

Agrupamento de Escolas de Avelar - Ansião-Leiria

Agrupamento de Escolas de Avis

Agrupamento de Escolas de Cantanhede

Agrupamento de Escolas de Caramulo

Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães

Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva

Agrupamento de Escolas de Castro Daire

Agrupamento de Escolas de Celeirós - Braga

Agrupamento de Escolas de Cetóbriga

Agrupamento de Escolas de Colmeias - Leiria

Agrupamento de Escolas de Coura e Minho - Caminha

Agrupamento de Escolas de Eixo - Aveiro

Agrupamento de Escolas de Fernando do Pó - Bombarral

Agrupamento de Escolas de Frazão

Agrupamento de Escolas de Frei Bartolomeu dos Mártires

Agrupamento de Escolas de Freiria

Agrupamento de Escolas de Gondifelos - Vila Nova de Famalicão

Agrupamento de Escolas de João de Deus - Estoril

Agrupamento de Escolas de José Saraiva - Leiria

Agrupamento de Escolas de Lageosa do Dão

Agrupamento de Escolas de Maceira

Agrupamento de Escolas de Marinhas - Esposende

Agrupamento de Escolas de Marrazes - Leiria

Agrupamento de Escolas de Mértola

Agrupamento de Escolas de Monchique

Agrupamento de Escolas de Mortágua

Agrupamento de Escolas de Odemira

Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Douro

Agrupamento de Escolas de Ourém

Agrupamento de Escolas de Ourique

Agrupamento de Escolas de Ovar

Agrupamento de Escolas de Palmeira

Agrupamento de Escolas de Pedro de Santarém - Lisboa

Agrupamento de Escolas de Penafiel Sul

Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo - Viseu

Agrupamento de Escolas de Pinhel

Agrupamento de Escolas de Quinta da Lomba

Agrupamento de escolas de S. Bruno

Agrupamento de Escolas de S. Gonçalo - Torres Vedras

Agrupamento de Escolas de S. Julião da Barra - Oeiras

Agrupamento de Escolas de S. Miguel - Guarda

Agrupamento de Escolas de S. Silvestre - Coimbra

Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos

Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azóia

Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais

Agrupamento de Escolas de Santa Marinha – Vila Nova de Gaia

Agrupamento de Escolas de Santo António - Barreiro

Agrupamento de Escolas de Santo Onofre - Caldas da Rainha

Agrupamento de Escolas de São Pedro do Mar - Quarteira

Agrupamento de Escolas de Sequeira - Guarda

Agrupamento de Escolas de Serpa

Agrupamento de Escolas de Serras das Minas - Sintra

Agrupamento de Escolas de Soares dos Reis – Vila Nova de Gaia

Agrupamento de Escolas de Sousel

Agrupamento de Escolas de Tabuaço

Agrupamento de Escolas de Taveiro

Agrupamento de Escolas de Telheiras - Lisboa

Agrupamento de Escolas de Tondela

Agrupamento de Escolas de Valadares

Agrupamento de Escolas de Vale do Tamel

Agrupamento de Escolas de Vila do Bispo

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Foz Côa

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Santo André

Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar

Agrupamento de Escolas de Vizela

Agrupamento de Escolas de Vouzela

Agrupamento de Escolas do Arco

Agrupamento de Escolas do Castelo - Sesimbra

Agrupamento de Escolas do Forte da Casa

Agrupamento de Escolas do Real - Braga

Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus - Leiria

Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches - Braga

Agrupamento de Escolas Dr. Garcia Domingues - Silves

Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes - Abrantes

Agrupamento de Escolas Dra. Maria Alice Gouveia - Coimbra

Agrupamento de Escolas e Secundária de Porto de Mós

Agrupamento de Escolas Elias Garcia

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro - Coimbra

Agrupamento de Escolas Fernão do Pó - Bombarral

Agrupamento de Escolas Gândara Mar - Tocha

Agrupamento de Escolas Gil Paes - Torres Novas

Agrupamento de Escolas Inês de Castro - Coimbra

Agrupamento de Escolas João de Deus - Monte Estoril

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires - Amadora

Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos - Pinhal Novo

Agrupamento de Escolas José Saraiva – Leiria

Agrupamento de Escolas Júlio Dinis – Grijó

Agrupamento de Escolas Lima de Freitas - Setúbal

Agrupamento de Escolas Lousada Oeste

Agrupamento de Escolas Luísa Todi - Setúbal

Agrupamento de Escolas Marateca - Poceirão

Agrupamento de Escolas Maria Pais Ribeiro - Vila do Conde

Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna

Agrupamento de Escolas Michel Giacometti - Sesimbra

Agrupamento de Escolas Miranda do Corvo

Agrupamento de Escolas Moinhos de Arroja - Odivelas

Agrupamento de Escolas Monsenhor Elísio Araújo

Agrupamento de Escolas Monsenhor Jerónimo de Amaral - Vila Real

Agrupamento de Escolas n.º 1 de Loures

Agrupamento de Escolas nº 1 Santa Maria - Beja

Agrupamento de Escolas nº 2 - Évora

Agrupamento de Escolas Nun´Alvares - Seixal

Agrupamento de Escolas Nuno Álvares Pereira - Camarate

Agrupamento de Escolas Padre Joaquim Flores

Agrupamento de Escolas Padre Vítor Melícias - Torres Vedras

Agrupamento de Escolas Pedro Eanes Lobato

Agrupamento de Escolas Pinhal Novo

Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros

Agrupamento de Escolas Quinta Nova da Telha

Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches de Penamacor

Agrupamento de Escolas Rio Tinto

Agrupamento de Escolas Roque Gameiro - Amadora

Agrupamento de Escolas Ruy Belo

Agrupamento de Escolas Sá Couto - Espinho

Agrupamento de Escolas Soares dos Reis - Vila Nova de Gaia

Agrupamento de Escolas Verde Horizonte - Mação

Agrupamento Vertical "À Beira Douro" - Gondomar

Agrupamento Vertical Clara de Resende - Porto

Agrupamento Vertical D. António Ferreira Gomes - Ermesinde

Agrupamento Vertical das Escolas de Fiães - Sta Maria da Feira

Agrupamento Vertical das Escolas de S. Pedro da Cova

Agrupamento Vertical de Escolas - Território Educativo de Coura

Agrupamento Vertical de Escolas Alfredo da Silva - Barreiro

Agrupamento Vertical de Escolas Álvaro Velho, Lavradio - Barreiro

Agrupamento Vertical de Escolas Barbosa du Bocage - Setúbal

Agrupamento Vertical de Escolas Cetóbriga - Setúbal

Agrupamento Vertical de Escolas Comandante Conceição e Silva - Cova da Piedade

Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis - Quarteira

Agrupamento Vertical de Escolas D. Martinho de Castelo Branco - Portimão

Agrupamento Vertical de Escolas da Areosa

Agrupamento Vertical de Escolas da Mexilhoeira Grande - Portimão

Agrupamento Vertical de Escolas da Senhora da Hora

Agrupamento Vertical de Escolas da Trofa

Agrupamento Vertical de Escolas de Arcozelo - Ponte de Lima

Agrupamento Vertical de Escolas de Argoncilhe

Agrupamento Vertical de Escolas de Armação de Pêra

Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão

Agrupamento Vertical de Escolas de Barroselas

Agrupamento Vertical de Escolas de Canelas – Vila Nova de Gaia

Agrupamento Vertical de Escolas de Castelo de Paiva

Agrupamento Vertical de Escolas de Gueifães - Maia

Agrupamento Vertical de Escolas de Júdice Fialho - Portimão

Agrupamento Vertical de Escolas de Monte da Ola

Agrupamento Vertical de Escolas de Palmela

Agrupamento Vertical de Escolas de Pedrouços – Maia

Agrupamento Vertical de Escolas de Sabrosa - Vila Real

Agrupamento Vertical de Escolas de Santa Marinha - Vila Nova de Gaia

Agrupamento Vertical de Escolas de Toutosa - Marco de Canaveses

Agrupamento Vertical de Escolas de Vale de Milhaços

Agrupamento Vertical de Escolas de Valpaços

Agrupamento Vertical de Escolas de Vizela

Agrupamento Vertical de Escolas do Baixo Barroso

Agrupamento Vertical de Escolas Dom Paio Peres Correia - Tavira

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Flávio Gonçalves - Póvoa de Varzim

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Francisco Cabrita - Albufeira

Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues – Silves

Agrupamento Vertical de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva - Rio Maior

Agrupamento Vertical de Escolas Fragata do Tejo - Moita

Agrupamento Vertical de Escolas Professor Paula Nogueira - Olhão

Agrupamento Vertical de Jovim e Foz do Sousa

Agrupamento Vertical de Murça

Agrupamento Vertical de Quinta Nova da Telha - Barreiro

Agrupamento Vertical Dr. Leonardo Coimbra Filho - Porto

Agrupamento Vertical Irene Lisboa - Porto

Agrupamento Vertical Júlio-Saúl Dias - Vila do Conde

Escola /3ºCEB Gil Eanes - Lagos

Escola Básica 2,3 /S Sacadura Cabral - Guarda

Escola Básica 2,3 D. Francisco Cabrita

Escola Básica 2,3 D. Martinho de Castelo Branco – Portimão

Escola Básica 2,3 de Luísa Todi - Setúbal

Escola Básica 2,3 de Pinhal de Frades

Escola Básica 2,3 de S. Romão do Coronado - Trofa

Escola Básica 2,3 Dr. Nuno Álvares Pereira - Tomar

Escola Básica 2,3 Dr. Rui Grácio

Escola Básica 2,3 Professor Napoleão S. Marques - Trofa

Escola Básica 2,3/S Pintor José de Brito - Viana do Castelo

Escola Básica 2,3/Secundário de Celorico da Beira

Escola Básica 2/3 António Fernandes de Sá - Gervide

Escola Básica 2/3 D. Manuel I - Tavira

Escola Básica 2/3 da Baixa da Banheira

Escola Básica 2/3 de Aranguês

Escola Básica 2/3 de Celeirós - Braga

Escola Básica 2/3 de Real - Braga

Escola Básica 2/3 de Tortosendo

Escola Básica 2/3 Dr. Flávio Gonçalves - Póvoa de Varzim

Escola Básica 2/3 Leça da Palmeira

Escola Básica 2/3 Luísa Todi - Setúbal

Escola Básica 2/3 Martins Freitas - Coimbra

Escola Básica Integrada 1,2,3 /JI Vasco da Gama

Escola BI/JI do Couço

Escola Carlos Amarante - Braga

Escola dos 2º e 3º Ciclos Mouzinho da Silveira – Moita

Escola Secundária Abade Correia da Serra - Serpa

Escola Secundária Abade de Baçal - Bragança

Escola Secundária Afonso de Albuquerque - Guarda

Escola Secundária Alcaides de Faria - Barcelos

Escola Secundária Alfredo da Silva - Barreiro

Escola Secundária Alice Gouveia - Coimbra

Escola Secundária Alves Martins – Viseu

Escola Secundária Amélia Rey Colaço – Linda-a-Velha

Escola Secundária André de Gouveia - Évora

Escola Secundária António Aleixo - Portimão

Escola Secundária António Nobre - Porto

Escola Secundária Augusto Cabrita - Aveiro

Escola Secundária Augusto Cabrita - Barreiro

Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos

Escola Secundária Avelar Brotero - Coimbra

Escola Secundária c/ 3º CEB de Cristina Torres - Figueira da Foz

Escola Secundária c/ 3º ciclo Diogo de Gouveia - Beja

Escola Secundária c/ 3º ciclo Padre António Vieira

Escola Secundária c/3º ciclo da Lousã

Escola Secundária Camilo Castelo Branco – Vila Real

Escola Secundária Campos de Melo - Covilhã

Escola Secundária Carlos Amarante - Braga

Escola Secundária com 3ª CEB Madeira Torres - Torres Vedras

Escola Secundária com 3º CEB - Gafanha da Nazaré

Escola Secundária com 3º CEB - Lousã

Escola Secundária com 3º CEB de Montejunto - Cadaval

Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento

Escola Secundária com 3º Ciclo Quinta das Flores - Coimbra

Escola Secundária com 3ºCEB Daniel Sampaio

Escola Secundária D. Afonso Sanches - Vila do Conde

Escola Secundária D. Inês de Castro - Alcobaça

Escola Secundária D. João II - Setúbal

Escola Secundária D. João V – Damaia

Escola Secundária D. Manuel Martins - Setúbal

Escola Secundária D. Maria II - Braga

Escola Secundária D. Martinho Castelo Branco - Portimão

Escola Secundária D. Sancho I - Vila Nova de Famalicão

Escola Secundária da Amadora

Escola Secundária da Cidadela - Cascais

Escola Secundária da Gardunha - Fundão

Escola Secundária da Maia

Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso

Escola Secundária da Quinta das Flores - Coimbra

Escola Secundária da Ramada

Escola Secundária da Sé - Guarda

Escola Secundária da Trofa

Escola Secundária Damião de Goes - Alenquer

Escola Secundária Daniel Faria - Baltar

Escola Secundária de Albufeira

Escola Secundária de Alcochete

Escola Secundária de Alfena - Valongo

Escola Secundária de Amarante

Escola Secundária de Amora

Escola Secundária de Arganil

Escola Secundária de Barcelos

Escola Secundária de Caldas de Vizela

Escola Secundária de Camarate

Escola Secundária de Camões - Lisboa

Escola Secundária de Caneças

Escola Secundária de Cantanhede

Escola Secundária de Castelo de Paiva

Escola Secundária de Cinfães

Escola Secundária de Ermesinde

Escola Secundária de Felgueiras

Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo - Leiria

Escola Secundária de Gama Barros - Cacém

Escola Secundária de José Falcão - Coimbra

Escola Secundária de Leal da Câmara

Escola Secundária de Lousada

Escola Secundária de Madeira Torres

Escola Secundária de Maximinos - Braga

Escola Secundária de Miraflores

Escola Secundária de Montemor-o-Novo

Escola Secundária de Odivelas

Escola Secundária de Ourique

Escola Secundária de Palmela

Escola Secundária de Penafiel

Escola Secundária de Pinheiro e Rosa

Escola Secundária de Ponte de Lima

Escola Secundária de S. Pedro - Vila Real

Escola Secundária de Sacavém

Escola Secundária de Sampaio - Sesimbra

Escola Secundária de Santa Maria – Sintra

Escola Secundária de Santa Maria da Feira

Escola Secundária de Santa Maria Maior - Viana do Castelo

Escola Secundária de Santo André - Barreiro

Escola Secundária de Sebastião da Gama

Escola Secundária de Seia

Escola Secundária de Serpa

Escola Secundária de Severim de Faria - Évora

Escola Secundária de Silves

Escola Secundária de Tondela

Escola Secundária de Vagos

Escola Secundária de Vergílio Ferreira - Lisboa

Escola Secundária de Vila Verde

Escola Secundária de Vilela

Escola Secundária de Vouzela

Escola Secundária do Bombarral

Escola Secundária do Carregal do Sal

Escola Secundária do Castêlo da Maia

Escola Secundária do Entroncamento

Escola Secundária do Monte da Caparica

Escola Secundária do Restelo

Escola Secundária Doutor Francisco Cabrita - Albufeira

Escola Secundária Dr. Afonso Sanches

Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo - Loures

Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira - Rio Maior

Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão

Escola Secundária Dr. Ginestal - Santarém

Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima - Esgueira (Aveiro)

Escola Secundária

inaceitável

25.01.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Quem vai opinando nos órgãos de comunicação social de grande audiência concorda: este modelo de avaliação de desempenho de professores não tem pés nem cabeça, não foi sequer objecto de nenhuma fase experimental e deve ser suspenso. Com excepção de algumas pessoas do governo, os responsáveis políticos e os fazedores de opinião compreenderam, finalmente, a razão dos professores.

 

Contudo, resta sempre um último argumento: não seria bom suspender porque jamais teríamos avaliação de professores. Francamente. O argumento do jamais é, desde logo, uma figura de retórica em acentuado descrédito. Por outro lado, o que é que podem esperar dos professores?

 

Se o modelo é inaplicável e ainda por cima requer diferenciações à décima, como é que podemos fazer de conta? É claro e óbvio que nem vamos nem podemos desistir.

 

Os responsáveis políticos que inventaram esta monstruosidade é que têm de resolver o problema. É inaceitável que se diga o contrário ou que se alijem responsabilidades. Os professores já deram provas da sua coragem e da sua firmeza e a democracia portuguesa só tem de nos agradecer; e, já agora, o governo também: se não fossem os professores, o chorrilho de disparates já tinha enlouquecido de vez o ambiente escolar.

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