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O relatório OCDE.pt não podia escapar à pena atenta do Antero.
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O relatório OCDE.pt não podia escapar à pena atenta do Antero.
Temos o hábito de trocar umas impressões no final do dia. Cultivamos a ideia de repartir as venturas e as desventuras das nossas aulas: umas correm bem mas outras nem tanto assim. É mesmo fundamental que uma escola institua esse clima; e na minha pugna-se por isso.
Estávamos os dois numa amena troca de dificuldades, quando caímos no duplo sentido das cotas:
Esse fechamento difícil de evitar seria um inimigo da profissionalidade docente, principalmente num mundo mais aberto e onde a composição de cada grupo de alunos obedece, cada vez mais, a uma saudável característica: a diversidade.
Mas para perceber isso é preciso conhecer a semântica de uma escola e de uma sala de aula.
No seu grave recanto, os jogadores
Deslocam os peões. O tabuleiro
Tem-nos até à alva do altaneiro
Âmbito em que se odeiam duas cores.
Dentro irradiam mágicos rigores
As formas: torre homérica, ligeiro
Cavalo, alta rainha, rei postreiro,
Oblíquo bispo e peões agressores.
Quando os jogadores se houveram ido,
Quando o tempo os tiver já consumido,
Nem por isso terá cessado o rito.
A leste se ateou uma tal guerra
Que hoje se propaga a toda a terra.
Como o outro, este jogo é infinito.
Jorge Luís Borges, poemas escolhidos.
A escola onde sou professor, o agrupamento de escolas de Santo Onofre, tem assumido um papel singular nesta luta dos professores: a decisão de não aplicar o modelo inexequível de avaliação de desempenho tem partido sempre, e naturalmente, dos órgãos próprios do agrupamento; sem necessidade de reuniões gerais de professores ou de abaixo-assinados.
Ou seja, os responsáveis assumem a sua plena responsabilidade de modo informado e com a consciência de que o fazem pelo simples facto de conhecerem o lado da razão; e a história deste penoso processo tem confirmado as lúcidas alegações.
Mas convocou-se, para ontem, uma reunião geral de professores. Sentia-se a necessidade de conversar, de trocar opiniões, de ajudar a esclarecer e, obviamente, de espantar medos diversos.
E foi bonito, muito bonito mesmo. Num ambiente sereno, esclarecido e determinado, percebeu-se que a hora é difícil e que a longa luta começou agora a doer: mas nem por isso se vacilou.
A história se encarregará de nos esclarecer o lado certo das emoções. De uma coisa estou seguro: tenho orgulho em fazer parte de uma instituição com semelhante cultura de autonomia e de responsabilidade.
Bem hajam, colegas.
Recebi por email a moção que se segue. Foi aprovada na Câmara Municipal de Évora cuja maioria política pertence ao partido socialista.
Ora leia:
MOÇÃO
PELA DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA
Considerando que o modelo de avaliação de desempenho dos Docentes - introduzido pelo Decreto-Regulamentar nº2 de 2008, de 10 de Janeiro, conjugado com o Decreto-Lei nº15/2007 de 19 de Janeiro - Estatuto da Carreira Docente - contribuiu para a degradação do Ensino Público, na medida em que criou muitos obstáculos de natureza burocrática e administrativa na acção dos professores, afastando-os da sua verdadeira missão profissional: ENSINAR.
Considerando os pareceres do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores, a opinião de praticamente todos os docentes portugueses, as posições assumidas pelos órgãos administrativos e pedagógicos das escolas, a posição das estruturas representativas dos Docentes, o posicionamento dos partidos políticos na oposição com assento parlamentar, o modelo de avaliação criado pelo Ministério da Educação caracteriza-se como sendo profundamente injusto, altamente burocrático, incoerente e nada contribuiu para a evolução profissional dos Docentes nem para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos destinatários do sistema educativo: Os alunos.
Considerando que os professores portugueses mostram total abertura e interesse para serem avaliados, no quadro de um modelo justo, sem quotas de progressão, rigoroso e formativo que contribua para a dignificação da sua carreira profissional e para o progresso dos processos de ensino - aprendizagem dos estudantes portugueses.
Considerando que o clima de contestação e indignação dos professores, educadores e alunos, a insustentável instabilidade e mal-estar vivido por toda a comunidade educativa, prejudica efectivamente o processo de ensino-aprendizagem no País e, no concelho de Évora, em particular.
A Câmara Municipal de Évora:
Reconhece a dedicação e o empenho que estes profissionais têm demonstrado têm demonstrado no exercício das sua profissão, apesar de todas as adversidades e da intensa campanha ideológica que o actual governo tem desenvolvido tentando assim ferir a sua imagem junto da opinião pública.
Reconhece a luta corajosa, determinada, persistente e responsável travada pelos Docentes Portugueses em defesa dos seus interesses - indissociáveis da Defesa da Escola Pública.
Vem requerer, junto do Governo, a suspensão da aplicação do Decreto-Regulamentar nº2/2008, bem como a legislação aprovada posteriormente, na tentativa de aplicar um modelo de avaliação simplificado - que continua a comportar um enorme potencial de contradições e problemas de aplicação - gerador de injustiças e instabilidade nas escolas.
A Câmara Municipal de Évora.
14 de Janeiro de 2009
Este folheto à volta dos objectivos individuais tornou-se mesmo uma coisa patológica.
Leio no blogue do Paulo Guinote, aqui, mais uma útil informação.
De Acordo Com O Próprio ME Não Há Lugar A Procedimento Disciplinar, Certo?
A entrega dos objectivos individuais é uma responsabilidade do docente?
Isto significa serem infundados receios de:
Instauração de processos disciplinares.
Não contagem do tempo de serviço para efeitos de concurso."
Os interessados têm ainda informação mais detalhada no excelente blogue do Francisco Santos, aqui.
Pelo que li no blogue do Ramiro Marques, aqui, o famigerado relatório da OCDE a páginas tantas diz assim:
"As principais alavancas do processo, tais como a Ministra e os Directores Regionais, não são funcionários públicos independentes, mas políticos nomeados e sintonizados com os objectivos da política governamental. São apoiados por serviços de dados actualizados ao minuto, que permitem uma tomada de decisão inteligente e bem informada."
Os média "mainstream" faziam ontem notícia da apresentação de um relatório, da OCDE, muito elogioso para o conjunto de políticas educativas do actual governo em relação ao 1º ciclo de escolaridade.
Vi, a propósito, o primeiro-ministro tecer rasgados elogios ao que se tem feito nessa área da Educação, com saliência para as características de personalidade da actual ministra da Educação: determinada, corajosa, resistente e outras adjectivações do género. Ao que me pareceu ouvir, o primeiro-ministro teve uma grande satisfação em trabalhar com a actual responsável pela pasta da Educação.
Fui ler o famigerado relatório, aqui, e ao passar pelos blogues dei com duas análises. Uma de José Matias Alves, aqui, e outra de Ramiro Marques, aqui. Em ambas verifiquei críticas essenciais: relatório pouco rigoroso, parcial (parece uma coisa encomendada), com conclusões claramente abusivas e precipitadas. Enfim. Os mais interessados devem passar pelos links que recomendo e tirarem as suas próprias conclusões.
Depois li uma nota de imprensa do sindicato dos inspectores da Educação e do Ensino. Fiquei estupefacto. É grave o que ali se pergunta.
Se cruzarmos as conclusões do citado relatório com o conteúdo desta nota, ficamos com a óbvia impressão de que há ainda mais mundo para além da propaganda.
NOTA DE IMPRENSA
Sete (7) perguntas ao Senhor Secretário de Estado da Educação.
A notícia inserta na página 12 do “Público” do passado dia 22, com o título “Ministério da Educação vai avaliar a qualidade «interna e externa» dos cursos profissionais” , suscita-nos algumas perguntas, que gostaríamos de ver respondidas. Citamos da notícia:“O Ministério da Educação (ME) vai arrancar em breve com a avaliação aos cursos profissionais das escolas públicas. A garantia foi dada pelo Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos (…). «O contrato está pronto e a adjudicação vai ser feita muito em breve», sublinhou Lemos (…)”. Esta notícia, como se vê, coloca inúmeras questões. Entre outras, e não sendo exaustivos:
1. Por que está a Inspecção-Geral da Educação (IGE) arredada de todo este processo?;
2. De que contrato, com que caderno de encargos, e de que adjudicação se está a falar?;
3. A IGE possui competências legais e técnicas, e meios e experiência, para, no âmbito de uma redefinição das suas prioridades e do urgente reforço dos seus quadros, fazer esta avaliação - por que é que a não faz?;
4. Assim sendo, qual o fundamento legal, técnico, orçamental e financeiro que justifica esta externalização do serviço?;
5. A IGE já desenvolveu e aplicou um Programa de Avaliação Integrada das Escolas, a IGE já fez a avaliação de escolas profissionais públicas, a IGE está a aplicar neste momento um programa de Avaliação Externa das Escolas - e é colocada à margem desta avaliação aos cursos profissionais das escolas públicas, assim se propiciando “contratos” e“adjudicações”?;
6. A IGE, para além de credível e competente, também sai naturalmente mais barata aos contribuintes, pelo que uma outra pergunta se torna inevitável: quais os custos deste contrato, isto é, quem ganha e quem perde com este negócio?;
7. A aplicação de um processo de avaliação promovido pelo Ministério da Educação pode ser um negócio?
Pel’A Direcção do Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino. José Calçada (Presidente).
O Sindicato de Professores do Norte (SPN) faz um esclarecimento que deve ser lido com toda a atenção.
Ora leia.
ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA: ajudar agora o ME a implementar o seu modelo de avaliação e a consolidar o seu ECD; aceitar que, no próximo ano lectivo, o modelo imposto pelo ME se aplicará na sua versão integral; conformar-se com a existência de titulares e de quotas; colaborar na degradação da escola e da profissão docente; NÃO ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA: Mesmo correndo riscos, eles serão sempre insignificantes se comparados com os prejuízos provocados pela aplicação deste modelo, sobretudo tendo em conta que, neste momento, o risco será sempre muito limitado, porque: A entrega dos objectivos não tem carácter obrigatório, portanto, não dá lugar a qualquer sanção disciplinar. A não entrega dos objectivos não impede a continuação do processo de avaliação, já que a auto-avaliação, apesar de ser meramente consultiva, é considerada um dever, tenha-se ou não apresentado objectivos. Os parâmetros da ficha do Presidente podem ser pontuados com ou sem objectivos definidos. A avaliação não terá qualquer efeito nos concursos para o próximo ano lectivo. Mesmo que assim não fosse, os professores são mais de 140 mil… Alguém imagina possível a instauração de processos disciplinares ou mesmo a assunção da não contagem do tempo de serviço a dezenas de milhar de docentes?! Por isso, a questão central, neste momento, é a seguinte: VAMOS DEIXAR RUIR A UNIÃO E A FORÇA QUE TÃO DURAMENTE CONSTRUÍMOS? O SPN e a FENPROF apelam a todos os professores para mostrarem a este Governo intransigente e incompetente que a dignidade não tem preço. Nas escolas onde não for possível aprovar esta posição, isso não impede os colegas em minoria de afixar na sala dos professores uma Declaração de não entrega de objectivos. A contabilidade da não participação neste modelo far-se-á não só pelo número de escolas, mas também pelo de professores que, em todo o país, dele claramente se demarcaram.
Vive-se uma fase do tipo "a luta segue dentro de momentos" na vida profissional dos professores portugueses em defesa da escola pública.
Encontrei umas ideias que, com alguma imaginação, podem ajudar a perceber alguns dos aspectos que rodeiam o momento e contribuir para dois estados de espírito: por um lado serenar os ânimos e por outro reafirmar o óbvio: a luta é longa.
Ora leia:
A distorção da empatia.
Daniel Goleman, Inteligência social, a nova ciência das relações humanas;
Círculo de Leitores; Lisboa 2006; tradução de Mário Dias Correia;
pág. 249
"(...) A teoria evolucionária afirma que a nossa capacidade de sentir quando devemos desconfiar tem sido tão essencial para a sobrevivência da espécie como a capacidade de confiar e cooperar."
Daniel Goleman, Inteligência social, a nova ciência das relações humanas;
Círculo de Leitores; Lisboa 2006; tradução de Mário Dias Correia;
pág. 40
Vou conversando com alguns colegas e verifico o estado de desinformação a que se chegou sobre o momento daquela coisa a que se chamou avaliação do desempenho dos professores.
Há quem continue a dizer, a ministra da Educação, por exemplo, que o modelo é bondoso e que o que falta é convencer os professores.
Bem, já ouvi muita coisa mas baptizar, a incompetência política e técnica polvilhada de teimosia e incapacidade para ouvir, de bondade é que, francamente, nunca me tinha passado pela cabeça.
Mas não há nada a fazer: muito sinceramente, já não espero qualquer coisa de jeito da equipa que governa este ministério da Educação com o apoio expresso do actual governo e da maioria dos sócios do partido socialista.
E isso entristece-me: numa altura de grave crise, em que tantas pessoas estão a sofrer na pele os efeitos nefastos dos desmandos de alguns, temos um governo que gosta de dividir e que usa os professores do meu país como "carne para canhão".
É um governo sem alma, sem sonho, sem poesia e que insiste numa coisa que sabe que é inaplicável apenas para garantir uma bandeira com efeito mediático.
Publico de seguida um conjunto de esclarecimentos da responsabilidade da FENPROF.
Já faz algum tempo que recebi por email o texto que vou colar nesta entrada. O leitor está identificado mas pediu-me para omitir o seu nome; compreendo as suas razões.
Ora leia.
"Têm razão para ter vergonha os que entregam os objectivos, os que sentem que estão a trair uma luta que levou 120 mil às ruas de Lisboa dizer bem alto que este modelo é injusto e que o rejeitavam.
Têm motivos para não olhar de frente aqueles que resistem e que, dignamente, mantêm a sua posição e que não claudicam perante as ameaças (sejam elas do secretário de Estado ou de algum presidente de Conselho Executivo que gosta de mostrar as garras para disfarçar que também anda cheio de medo).
Têm razão para se sentirem envergonhados quando confrontados com colegas que vivem em situações económicas bem mais difíceis, mas que teimam em provar que são Professores, que são Homens e Mulheres com princípios e gostam de andar de cabeça erguida.
O 25 de Abril é cada vez mais uma recordação distante. Agora eu percebo por que tivemos o Salazar tanto tempo. Por medo. E no entanto, havia quem resistisse. E com riscos bem maiores do que os que possa haver hoje, nesta espécie de Democracia.
É tão giro ir às manifestação, assinar abaixo-assinados e até fazer greves.
Mas quando chega a hora de correr um risco - ainda que mínimo -, de mostrar coragem e dignidade, há quem acabe por entregar os objectivos.
Brindo aos que resistem!"
...brindemos aos que resistem, concordo.
(há parafusos para todos os gostos e feitios;
mas há alguns que são mais duros de roer)
Publico a lista das escolas ou agrupamentos que têm dado notícia da decisão de não aplicar o modelo de avaliação do desempenho dos professores (última actualização às 23.00 horas do dia 25 de Janeiro de 2009).
Já tinha parado com a lista noutro dia. Mas o trabalho que se segue merece divulgação e é da responsabilidade de Rosa Medina de Sousa (a quem agradeço a gentileza).
Para os cépticos e para os que dizem que a luta dos professores está a perder embalagem, fiquem então a saber o nome das escolas (agrupamentos - alguns são amontoados de mais de uma dezena de escolas - e escolas não agrupadas); depois, é só fazer as contas; o mail que acompanha a lista fala em 412 mas o Miguel Pinto do excelente blogue "outroolhar" fala-me em 345; quer confirmar?.
Agrupamento de Escolas Alpha - Entroncamento
Agrupamento de Escolas D. Manuel Faria e Sousa - Felgueiras
Agrupamento de Escolas da Quinta da Lomba - Barreiro
Agrupamento de Escolas de Alvor
Agrupamento de Escolas de Aristides de Sousa Mendes - Póvoa de Santa Iria
Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra
Agrupamento de Escolas Abel Varzim - Barcelos
Agrupamento de Escolas Aguada de Cima
Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva (Albarraque) - Sintra
Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade – Almada
Agrupamento de Escolas António José de Almeida - Penacova
Agrupamento de Escolas Augusto Louro - Seixal
Agrupamento de Escolas Avelar de Brotero - Odivelas
Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas - Oliveira do Hospital
Agrupamento de Escolas Caranguejeira
Agrupamento de Escolas Conde de Ourém
Agrupamento de Escolas D. Carlos I
Agrupamento de Escolas D. Dinis - Quarteira
Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre
Agrupamento de Escolas D. Miguel de Almeida - Abrantes
Agrupamento de Escolas da Anadia
Agrupamento de Escolas da Área Urbana de Santa Clara - Guarda
Agrupamento de Escolas da Carapinheira - Montemor-o-Velho
Agrupamento de Escolas da Coja
Agrupamento de Escolas da Quinta da Lomba
Agrupamento de Escolas da Região de Colares
Agrupamento de Escolas da Sé - Faro
Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego
Agrupamento de Escolas da Sequeira - Guarda
Agrupamento de Escolas da Trofa
Agrupamento de Escolas de Darque
Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima
Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira
Agrupamento de Escolas de Alvalade
Agrupamento de Escolas de Alvide - Cascais
Agrupamento de Escolas de Ansião
Agrupamento de Escolas de Aradas - Aveiro
Agrupamento de Escolas de Arga e Lima
Agrupamento de Escolas de Aveiro
Agrupamento de Escolas de Avelar - Ansião-Leiria
Agrupamento de Escolas de Avis
Agrupamento de Escolas de Cantanhede
Agrupamento de Escolas de Caramulo
Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães
Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva
Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Agrupamento de Escolas de Celeirós - Braga
Agrupamento de Escolas de Cetóbriga
Agrupamento de Escolas de Colmeias - Leiria
Agrupamento de Escolas de Coura e Minho - Caminha
Agrupamento de Escolas de Eixo - Aveiro
Agrupamento de Escolas de Fernando do Pó - Bombarral
Agrupamento de Escolas de Frazão
Agrupamento de Escolas de Frei Bartolomeu dos Mártires
Agrupamento de Escolas de Freiria
Agrupamento de Escolas de Gondifelos - Vila Nova de Famalicão
Agrupamento de Escolas de João de Deus - Estoril
Agrupamento de Escolas de José Saraiva - Leiria
Agrupamento de Escolas de Lageosa do Dão
Agrupamento de Escolas de Maceira
Agrupamento de Escolas de Marinhas - Esposende
Agrupamento de Escolas de Marrazes - Leiria
Agrupamento de Escolas de Mértola
Agrupamento de Escolas de Monchique
Agrupamento de Escolas de Mortágua
Agrupamento de Escolas de Odemira
Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades
Agrupamento de Escolas de Oliveira do Douro
Agrupamento de Escolas de Ourém
Agrupamento de Escolas de Ourique
Agrupamento de Escolas de Ovar
Agrupamento de Escolas de Palmeira
Agrupamento de Escolas de Pedro de Santarém - Lisboa
Agrupamento de Escolas de Penafiel Sul
Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo - Viseu
Agrupamento de Escolas de Pinhel
Agrupamento de Escolas de Quinta da Lomba
Agrupamento de escolas de S. Bruno
Agrupamento de Escolas de S. Gonçalo - Torres Vedras
Agrupamento de Escolas de S. Julião da Barra - Oeiras
Agrupamento de Escolas de S. Miguel - Guarda
Agrupamento de Escolas de S. Silvestre - Coimbra
Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos
Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azóia
Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais
Agrupamento de Escolas de Santa Marinha – Vila Nova de Gaia
Agrupamento de Escolas de Santo António - Barreiro
Agrupamento de Escolas de Santo Onofre - Caldas da Rainha
Agrupamento de Escolas de São Pedro do Mar - Quarteira
Agrupamento de Escolas de Sequeira - Guarda
Agrupamento de Escolas de Serpa
Agrupamento de Escolas de Serras das Minas - Sintra
Agrupamento de Escolas de Soares dos Reis – Vila Nova de Gaia
Agrupamento de Escolas de Sousel
Agrupamento de Escolas de Tabuaço
Agrupamento de Escolas de Taveiro
Agrupamento de Escolas de Telheiras - Lisboa
Agrupamento de Escolas de Tondela
Agrupamento de Escolas de Valadares
Agrupamento de Escolas de Vale do Tamel
Agrupamento de Escolas de Vila do Bispo
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cerveira
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Foz Côa
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Santo André
Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar
Agrupamento de Escolas de Vizela
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento de Escolas do Arco
Agrupamento de Escolas do Castelo - Sesimbra
Agrupamento de Escolas do Forte da Casa
Agrupamento de Escolas do Real - Braga
Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus - Leiria
Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches - Braga
Agrupamento de Escolas Dr. Garcia Domingues - Silves
Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes - Abrantes
Agrupamento de Escolas Dra. Maria Alice Gouveia - Coimbra
Agrupamento de Escolas e Secundária de Porto de Mós
Agrupamento de Escolas Elias Garcia
Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro - Coimbra
Agrupamento de Escolas Fernão do Pó - Bombarral
Agrupamento de Escolas Gândara Mar - Tocha
Agrupamento de Escolas Gil Paes - Torres Novas
Agrupamento de Escolas Inês de Castro - Coimbra
Agrupamento de Escolas João de Deus - Monte Estoril
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires - Amadora
Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos - Pinhal Novo
Agrupamento de Escolas José Saraiva – Leiria
Agrupamento de Escolas Júlio Dinis – Grijó
Agrupamento de Escolas Lima de Freitas - Setúbal
Agrupamento de Escolas Lousada Oeste
Agrupamento de Escolas Luísa Todi - Setúbal
Agrupamento de Escolas Marateca - Poceirão
Agrupamento de Escolas Maria Pais Ribeiro - Vila do Conde
Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna
Agrupamento de Escolas Michel Giacometti - Sesimbra
Agrupamento de Escolas Miranda do Corvo
Agrupamento de Escolas Moinhos de Arroja - Odivelas
Agrupamento de Escolas Monsenhor Elísio Araújo
Agrupamento de Escolas Monsenhor Jerónimo de Amaral - Vila Real
Agrupamento de Escolas n.º 1 de Loures
Agrupamento de Escolas nº 1 Santa Maria - Beja
Agrupamento de Escolas nº 2 - Évora
Agrupamento de Escolas Nun´Alvares - Seixal
Agrupamento de Escolas Nuno Álvares Pereira - Camarate
Agrupamento de Escolas Padre Joaquim Flores
Agrupamento de Escolas Padre Vítor Melícias - Torres Vedras
Agrupamento de Escolas Pedro Eanes Lobato
Agrupamento de Escolas Pinhal Novo
Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros
Agrupamento de Escolas Quinta Nova da Telha
Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches de Penamacor
Agrupamento de Escolas Rio Tinto
Agrupamento de Escolas Roque Gameiro - Amadora
Agrupamento de Escolas Ruy Belo
Agrupamento de Escolas Sá Couto - Espinho
Agrupamento de Escolas Soares dos Reis - Vila Nova de Gaia
Agrupamento de Escolas Verde Horizonte - Mação
Agrupamento Vertical "À Beira Douro" - Gondomar
Agrupamento Vertical Clara de Resende - Porto
Agrupamento Vertical D. António Ferreira Gomes - Ermesinde
Agrupamento Vertical das Escolas de Fiães - Sta Maria da Feira
Agrupamento Vertical das Escolas de S. Pedro da Cova
Agrupamento Vertical de Escolas - Território Educativo de Coura
Agrupamento Vertical de Escolas Alfredo da Silva - Barreiro
Agrupamento Vertical de Escolas Álvaro Velho, Lavradio - Barreiro
Agrupamento Vertical de Escolas Barbosa du Bocage - Setúbal
Agrupamento Vertical de Escolas Cetóbriga - Setúbal
Agrupamento Vertical de Escolas Comandante Conceição e Silva - Cova da Piedade
Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis - Quarteira
Agrupamento Vertical de Escolas D. Martinho de Castelo Branco - Portimão
Agrupamento Vertical de Escolas da Areosa
Agrupamento Vertical de Escolas da Mexilhoeira Grande - Portimão
Agrupamento Vertical de Escolas da Senhora da Hora
Agrupamento Vertical de Escolas da Trofa
Agrupamento Vertical de Escolas de Arcozelo - Ponte de Lima
Agrupamento Vertical de Escolas de Argoncilhe
Agrupamento Vertical de Escolas de Armação de Pêra
Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão
Agrupamento Vertical de Escolas de Barroselas
Agrupamento Vertical de Escolas de Canelas – Vila Nova de Gaia
Agrupamento Vertical de Escolas de Castelo de Paiva
Agrupamento Vertical de Escolas de Gueifães - Maia
Agrupamento Vertical de Escolas de Júdice Fialho - Portimão
Agrupamento Vertical de Escolas de Monte da Ola
Agrupamento Vertical de Escolas de Palmela
Agrupamento Vertical de Escolas de Pedrouços – Maia
Agrupamento Vertical de Escolas de Sabrosa - Vila Real
Agrupamento Vertical de Escolas de Santa Marinha - Vila Nova de Gaia
Agrupamento Vertical de Escolas de Toutosa - Marco de Canaveses
Agrupamento Vertical de Escolas de Vale de Milhaços
Agrupamento Vertical de Escolas de Valpaços
Agrupamento Vertical de Escolas de Vizela
Agrupamento Vertical de Escolas do Baixo Barroso
Agrupamento Vertical de Escolas Dom Paio Peres Correia - Tavira
Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Flávio Gonçalves - Póvoa de Varzim
Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Francisco Cabrita - Albufeira
Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues – Silves
Agrupamento Vertical de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva - Rio Maior
Agrupamento Vertical de Escolas Fragata do Tejo - Moita
Agrupamento Vertical de Escolas Professor Paula Nogueira - Olhão
Agrupamento Vertical de Jovim e Foz do Sousa
Agrupamento Vertical de Murça
Agrupamento Vertical de Quinta Nova da Telha - Barreiro
Agrupamento Vertical Dr. Leonardo Coimbra Filho - Porto
Agrupamento Vertical Irene Lisboa - Porto
Agrupamento Vertical Júlio-Saúl Dias - Vila do Conde
Escola /3ºCEB Gil Eanes - Lagos
Escola Básica 2,3 /S Sacadura Cabral - Guarda
Escola Básica 2,3 D. Francisco Cabrita
Escola Básica 2,3 D. Martinho de Castelo Branco – Portimão
Escola Básica 2,3 de Luísa Todi - Setúbal
Escola Básica 2,3 de Pinhal de Frades
Escola Básica 2,3 de S. Romão do Coronado - Trofa
Escola Básica 2,3 Dr. Nuno Álvares Pereira - Tomar
Escola Básica 2,3 Dr. Rui Grácio
Escola Básica 2,3 Professor Napoleão S. Marques - Trofa
Escola Básica 2,3/S Pintor José de Brito - Viana do Castelo
Escola Básica 2,3/Secundário de Celorico da Beira
Escola Básica 2/3 António Fernandes de Sá - Gervide
Escola Básica 2/3 D. Manuel I - Tavira
Escola Básica 2/3 da Baixa da Banheira
Escola Básica 2/3 de Aranguês
Escola Básica 2/3 de Celeirós - Braga
Escola Básica 2/3 de Real - Braga
Escola Básica 2/3 de Tortosendo
Escola Básica 2/3 Dr. Flávio Gonçalves - Póvoa de Varzim
Escola Básica 2/3 Leça da Palmeira
Escola Básica 2/3 Luísa Todi - Setúbal
Escola Básica 2/3 Martins Freitas - Coimbra
Escola Básica Integrada 1,2,3 /JI Vasco da Gama
Escola BI/JI do Couço
Escola Carlos Amarante - Braga
Escola dos 2º e 3º Ciclos Mouzinho da Silveira – Moita
Escola Secundária Abade Correia da Serra - Serpa
Escola Secundária Abade de Baçal - Bragança
Escola Secundária Afonso de Albuquerque - Guarda
Escola Secundária Alcaides de Faria - Barcelos
Escola Secundária Alfredo da Silva - Barreiro
Escola Secundária Alice Gouveia - Coimbra
Escola Secundária Alves Martins – Viseu
Escola Secundária Amélia Rey Colaço – Linda-a-Velha
Escola Secundária André de Gouveia - Évora
Escola Secundária António Aleixo - Portimão
Escola Secundária António Nobre - Porto
Escola Secundária Augusto Cabrita - Aveiro
Escola Secundária Augusto Cabrita - Barreiro
Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Escola Secundária Avelar Brotero - Coimbra
Escola Secundária c/ 3º CEB de Cristina Torres - Figueira da Foz
Escola Secundária c/ 3º ciclo Diogo de Gouveia - Beja
Escola Secundária c/ 3º ciclo Padre António Vieira
Escola Secundária c/3º ciclo da Lousã
Escola Secundária Camilo Castelo Branco – Vila Real
Escola Secundária Campos de Melo - Covilhã
Escola Secundária Carlos Amarante - Braga
Escola Secundária com 3ª CEB Madeira Torres - Torres Vedras
Escola Secundária com 3º CEB - Gafanha da Nazaré
Escola Secundária com 3º CEB - Lousã
Escola Secundária com 3º CEB de Montejunto - Cadaval
Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento
Escola Secundária com 3º Ciclo Quinta das Flores - Coimbra
Escola Secundária com 3ºCEB Daniel Sampaio
Escola Secundária D. Afonso Sanches - Vila do Conde
Escola Secundária D. Inês de Castro - Alcobaça
Escola Secundária D. João II - Setúbal
Escola Secundária D. João V – Damaia
Escola Secundária D. Manuel Martins - Setúbal
Escola Secundária D. Maria II - Braga
Escola Secundária D. Martinho Castelo Branco - Portimão
Escola Secundária D. Sancho I - Vila Nova de Famalicão
Escola Secundária da Amadora
Escola Secundária da Cidadela - Cascais
Escola Secundária da Gardunha - Fundão
Escola Secundária da Maia
Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso
Escola Secundária da Quinta das Flores - Coimbra
Escola Secundária da Ramada
Escola Secundária da Sé - Guarda
Escola Secundária da Trofa
Escola Secundária Damião de Goes - Alenquer
Escola Secundária Daniel Faria - Baltar
Escola Secundária de Albufeira
Escola Secundária de Alcochete
Escola Secundária de Alfena - Valongo
Escola Secundária de Amarante
Escola Secundária de Amora
Escola Secundária de Arganil
Escola Secundária de Barcelos
Escola Secundária de Caldas de Vizela
Escola Secundária de Camarate
Escola Secundária de Camões - Lisboa
Escola Secundária de Caneças
Escola Secundária de Cantanhede
Escola Secundária de Castelo de Paiva
Escola Secundária de Cinfães
Escola Secundária de Ermesinde
Escola Secundária de Felgueiras
Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo - Leiria
Escola Secundária de Gama Barros - Cacém
Escola Secundária de José Falcão - Coimbra
Escola Secundária de Leal da Câmara
Escola Secundária de Lousada
Escola Secundária de Madeira Torres
Escola Secundária de Maximinos - Braga
Escola Secundária de Miraflores
Escola Secundária de Montemor-o-Novo
Escola Secundária de Odivelas
Escola Secundária de Ourique
Escola Secundária de Palmela
Escola Secundária de Penafiel
Escola Secundária de Pinheiro e Rosa
Escola Secundária de Ponte de Lima
Escola Secundária de S. Pedro - Vila Real
Escola Secundária de Sacavém
Escola Secundária de Sampaio - Sesimbra
Escola Secundária de Santa Maria – Sintra
Escola Secundária de Santa Maria da Feira
Escola Secundária de Santa Maria Maior - Viana do Castelo
Escola Secundária de Santo André - Barreiro
Escola Secundária de Sebastião da Gama
Escola Secundária de Seia
Escola Secundária de Serpa
Escola Secundária de Severim de Faria - Évora
Escola Secundária de Silves
Escola Secundária de Tondela
Escola Secundária de Vagos
Escola Secundária de Vergílio Ferreira - Lisboa
Escola Secundária de Vila Verde
Escola Secundária de Vilela
Escola Secundária de Vouzela
Escola Secundária do Bombarral
Escola Secundária do Carregal do Sal
Escola Secundária do Castêlo da Maia
Escola Secundária do Entroncamento
Escola Secundária do Monte da Caparica
Escola Secundária do Restelo
Escola Secundária Doutor Francisco Cabrita - Albufeira
Escola Secundária Dr. Afonso Sanches
Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo - Loures
Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira - Rio Maior
Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão
Escola Secundária Dr. Ginestal - Santarém
Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima - Esgueira (Aveiro)
Escola Secundária
Quem vai opinando nos órgãos de comunicação social de grande audiência concorda: este modelo de avaliação de desempenho de professores não tem pés nem cabeça, não foi sequer objecto de nenhuma fase experimental e deve ser suspenso. Com excepção de algumas pessoas do governo, os responsáveis políticos e os fazedores de opinião compreenderam, finalmente, a razão dos professores.
Contudo, resta sempre um último argumento: não seria bom suspender porque jamais teríamos avaliação de professores. Francamente. O argumento do jamais é, desde logo, uma figura de retórica em acentuado descrédito. Por outro lado, o que é que podem esperar dos professores?
Se o modelo é inaplicável e ainda por cima requer diferenciações à décima, como é que podemos fazer de conta? É claro e óbvio que nem vamos nem podemos desistir.
Os responsáveis políticos que inventaram esta monstruosidade é que têm de resolver o problema. É inaceitável que se diga o contrário ou que se alijem responsabilidades. Os professores já deram provas da sua coragem e da sua firmeza e a democracia portuguesa só tem de nos agradecer; e, já agora, o governo também: se não fossem os professores, o chorrilho de disparates já tinha enlouquecido de vez o ambiente escolar.