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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

kobe 81

25.06.08

 

 

Sou um admirador do basquetebol norte-americano desde os finais da década de 60 do século passado. Tudo começou numa sessão do cine-clube da cidade onde nasci: uma semana com filmes da NBA (National Basketball Association) naquele formato super 8 que registava a maioria das fitas da altura. Imagens fascinantes que deslumbraram o olhar dos meus 10 anos de idade, seguidas dos tradicionais debates com uma prol de entendidos na matéria. E esses filmes estão por ali, no meu escritório aqui de casa: foram-me oferecidos pelo director do cine-clube quando, por motivos que noutro post explicarei, tive de abandonar Moçambique e a sua cidade capital. Emocionou-me e guardo-os como verdadeiras relíquias.

 

A NBA já revelava, nessa época, uma organização muito profissional. Mais do que isso: a estrutura em que assenta a aprendizagem do jogo naquele lado do Atlântico, é exemplar. Tudo começa nas escolas, pois na formação não existem clubes, passa pelas universidades onde os campeonatos atingem níveis impressionantes até ao mais alto nível onde os clubes são escrutinados por uma organização sem paralelo no mundo do desporto e não só. Chegar à NBA como jogador é de uma exigência muito respeitada pelos cidadãos. 

 

Todos os anos, saem das universidades centenas de potenciais jogadores. Cerca de duas dezenas, ou nem tanto, entram na NBA e os restantes ou vão jogar para outros países ou continuam a sua vida noutras actividades, relacionadas ou não com o jogo. O que resulta daqui, é um importante conhecimento do jogo por parte dos adeptos e dos restantes profissionais que rodeiam a NBA, o que confere momentos de elevado desportivismo: não é raro que o público da casa aplauda de pé a excelente prestação da equipa contrária.

 

Entre tantos talentos desportivos, têm emergido figuras que se tornam lendárias. Kobe Bryant é, na actualidade, um verdadeiro expoente e ameaça ultrapassar tudo o que já se conheceu. Embora seja um pouco desajustado comparar basquetebolistas de gerações diferentes, podemos afirmar que Kobe vai entrar num grupo muito restrito dos melhores de sempre. Bryant tem actualmente 29 anos de idade e 11 de NBA. Entrou cedo, passou directamente do ensino secundário para o basquetebol profissional (solução muito criticada hoje em dia a par do perigo que as apostas online podem provocar na verdade desportiva), já venceu 3 campeonatos e lidera todos os registos dos melhores marcadores de pontos.

 

Todavia, só este ano conseguiu o prémio de MVP (most valuable player - jogador mais valioso -). E porquê? Porque, segundo os especialistas e o seu próprio treinador, só agora é que é um verdadeiro jogador de equipa. Por isso, escolhi o vídeo que se segue. É um filme do ano passado e retrata uma situação que Kobe não deverá repetir: carregar a equipa às costas marcando pontos atrás de pontos. Foi uma noite inesquecível. Reparem na marcha do marcador e no delírio dos adeptos da equipa contrária... a da casa.

 

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