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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

lady chatterley

17.07.07, Paulo Prudêncio



Foi um dia bem passado: visitámos o Museu Colecção Berardo (Centro Cultural de Belém), no início da tarde e fomos à procura de um bom filme. Como de costume, dirigimo-nos às salas do King e escolhemos "Lady Chatterley": um argumento adaptado do romance de D. H. Lawrence. É, ao que julgo saber, a segunda vez que este clássico da literatura é levado ao cinema.

São 160 minutos de muito bom cinema. Fiel ao argumento, Pascale Ferran, o realizador, corre um primeiro risco: os nomes - todos, desde os nomes das pessoas aos nomes dos lugares - britânicos num filme falado em francês. Começa por soar estranho mas o espectador habitua-se. Os cenários escolhidos são soberbos, a música adequada e o ritmo do filme roça a perfeição. A história é bastante conhecida: uma jovem mulher, cujo marido fica paraplégico, vive num castelo, numa zona isolada, e em plena floresta; apaixona-se pelo caseiro da quinta e desenvolve, a partir daí, uma narrativa à volta do seu despertar para a sensualidade.

São excelentes as interpretações de Marina Hands (Lady Chatterley) e Jean-Louis Coullo'ch (o amante de Lady Chatterley).

Um filme a não perder. É evidente que a previsibilidade inerente a um argumento já sobejamente conhecido, retira alguma emoção à atmosfera cinematográfica.