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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a possibilidade da impossibilidade - a persistência

30.05.07, Paulo Prudêncio
embondeiro.jpg

(a intemporalidade das reedições)



Sinto um fascínio singular por árvores: encantam-me, mais ainda, as que exibem uma frondosa beleza; admiro a sua longevidade e a sua resistência; seduz-me a infiltração das suas raízes aos sítios menos pensados: simplificando, pensam o impensado.
E são inamovíveis: quando são movidas, é sempre sem o conhecimento da sua vontade.

Já, por aqui, dei conta da existência da acácia como árvore da minha adolescência.
O lugar onde passei essa parte da minha vida, tinha os passeios cheios dessas belas árvores: conhecia-lhes as manhas e os hábitos.
Trepava-as todos os dias e construía, com elas, sonhos sem fim.

A acácia aturava-nos tudo: clubes dos cinco e dos sete, cestos de basquete nos seu troncos em forma de fisga, balizas de futebol e até aventuras ao jeito do tarzan, o senhor da selva. Eram a minha segunda casa.

Projectei, vezes sem conta, os dias em que passaria a viver perto dum embondeiro. Sem prejuízo para a acácia, o embondeiro era o meu desejo supremo. Considerava-o um verdadeiro mausoléu. Sabia que, em condições normais, aquela imponência sobreviveria a séculos de histórias e de vidas. Uma confessada atracção.

Contudo, essas "impossibilidades" não existiam nas zonas urbanas em que habitei. Nas viagens que fazia com os meus pais, e sempre que nos cruzávamos com um embondeiro, fazia uma alarido semelhante ao que origina a presença de um qualquer elefante.

Com os meus amigos, mais tarde, a cena repetia-se, para espanto geral: "oh Paulo, é apenas uma árvore".

Olhem para a imagem que escolhi para acompanhar este texto. Reparem na diferença de tamanho entre o embondeiro e os seres humano. E reparem, também, na ideia de conjunto da minha árvore impossível: parecem três numa só. Que casa não se faria por ali. Todos os dias.

É já, uma das minhas impossibilidades.

(rescrevo este texto dois anos depois: tive de refazer o título)

estado ou excepção?

22.05.07, Paulo Prudêncio

 


Um docente, em Portugal, foi alvo de um processo disciplinar e em consequência disso recebeu ordem de expulsão - neste caso, o castigo constou do seguinte: o docente exercia funções na Direcção Regional de Educação do Norte e regressou à escola onde tem a nomeação definitiva: é docente de Inglês mas foi para a biblioteca, tendo em consideração o estado adiantado do ano lectivo -. Engraçada a ideia de castigo para os membros da nossa administração.

E porque é que o docente foi alvo de um processo disciplinar? Porque, e ao que julgo saber, disse, em privado e dentro de um gabinete, uma piada de "mau gosto"  sobre a relação do caso da Universidade Independente com a vida académica do primeiro-ministro. Foi uma piada do género: "doutoramentos só por fax".

Pode ser só a habitual mesquinhez e o tradicional palacianismo que alimenta o metabolismo mais basal da nossa administração ou será, qual denuncia de Agamben, mais um sinal do estado de excepção?

Estado ou excepção?

progressos

19.05.07, Paulo Prudêncio





A minha filha, a Filipa Isabel Rodrigues Prudêncio, continua a compatibilizar os exigentes estudos que está a exercer com a participação no nacional de surf 2007. Depois de ter vencido, mais uma vez, o campeonato universitário de surf da ESTM de Peniche, consegue, pela terceira vez consecutiva, participar nas meias finais do surf feminino 2007.

No site da Federação de Surf pode ler-se o seguinte comentário à foto que escolhi para este post :

Prova: Kustom Pro - 3ª etapa do Campeonato Nacional de Surf Buondi 2007
Local: L-Point , S. Torpes, Sines
Quem?: Filipa Prudêncio
Comentário: Filipa Prudêncio esteve em destaque esta manhã.
Data: 18-05-2007


Amanhã saberemos os resultados finais.

O principal objectivo já está atingido: participar com vontade, determinação e fair-play e não prejudicar os estudos.

Parabéns Filipa.