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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

9º festival de jazz de valado dos frades(2)

30.04.06
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No dia 28 de Abril de 2006, tive a oportunidade de ver e ouvir um quarteto que promete - o quarteto de Marta Huton (na foto): Marta Hugon, Voz; Felipe Melo, Piano; Bernardo Moreira, Contrabaixo; •André Sousa Machado, Bateria.

Foi o concerto de apresentação do CD "Tender Trap".

Dizem os especialistas, que é a estreia de uma das grandes revelações do jazz português, a cantora Marta Hugon.

"A sua música faz com que o jazz chegue a todos, e a emoção e swing com que interpreta cada tema dão nova vida aos clássicos do jazz. Acompanhada por um trio de luxo, Marta Hugon é, merecidamente, uma forte referência do jazz nacional" - palavras que podem ser lidas no "site do festival". Estive lá e não posso estar mais de acordo.

Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

narração de um homem em maio

26.04.06

. . corpoherberto.jpg . . Narração de um homem em Maio (1953-60). ... Mexo a boca, mexo os dedos, mexo a ideia da experiência. Não mexo no arrependimento. Pois o corpo é interno e eterno do seu corpo. Não tenho inocência, mas o dom de toda uma inocência. E lentidão ou harmonia. Poesia sem perdão ou esquecimento. Idade de poesia. Herbero Helder em Poesia Toda.

philotheamones

26.04.06

Philotheamones (29/4/93).

Pelo olhar
Procuro
Ver em ti
O que lá não está.

Pelo olhar
Desvendo
Mensagens de feitiço,
O ser das coisas.

Pelo olhar
Contemplo os objectos da Filosofia,
E a ti também.

Maria Rodrigues.

Publicado por Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

o rigor das gramas e o processo de bolonha

26.04.06

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Comecei a ler e nem queria acreditar: a Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto pode vir a ficar de fora do processo de Bolonha, para o próximo ano lectivo, porque a sua candidatura atrasou-se. Até podia ter-se protelado, mas o inesperado que o jornal público faz notícia, hoje, dia 25 de Abril de 2006, diz que o pretexto para todo estes transtorno, relacionou-se com mais ou menos 500 gramas. E passa a explicar: a reitoria da Universidade tinha uma data limite para enviar a numerosa papelada com a candidatura, mas o volume do processo ultrapassava, nas ditas 500 gramas, os dois quilogramas que estão internamente estabelecidos como o peso máximo das encomendas; vai daí, a funcionária responsável pelo procedimento resolveu voltar para trás, no registo e no envio, via CTT, e causou toda esta perturbação. A jornalista que descreve este espantoso acontecimento, chega a conversar com dirigentes da universidade, tendo um deles proposto o seguinte: dever-se-ia ter separado o processo em dois, um para a licenciatura em ciências da educação e outro para a licenciatura em psicologia, e assim nenhum deles ultrapassaria os dois quilogramas. Coitada da funcionário que exerce a sua actividade numa instituição como esta. Esta nem “Sua Excelência”, mesmo nos seus dias mais ousados.

9º festival de jazz de valado dos frades

26.04.06
edulobo.jpg Edu Lobo. afonsopais.jpg Afonso Pais.


O 9º Festival Jazz de Valado de Frades já começou, oferecendo, mais uma vez, a oportunidade de se assistir a muito e bom jazz. Este ano, já tive o privilégio de assistir ao concerto do dia 21 de Abril, que contou com a presença do trio de Afonso Pais e com um dos seus convidados: o brasileiro Edu Lobo. O trio de Afonso Pais (guitarra) é composto por músicos excepcionais: Alexandre Frazão (bateria) e Carlos Barreto (contrabaixo). O espectáculo do dia 21 de Abril, teve uma abertura com temas do primeiro álbum do guitarrista, “terranova”, seguindo-se uma série de temas do álbum “subsequências”, considerado uma obra ousada deste jovem músico português de jazz (nesta fase, o concerto teve a presença de uma boa voz feminina, cujo nome me escapa). Depois ouvimos o Trio mais Edu Lobo (compositor de títulos célebres como Beatriz e Upa Neguinho) para uma participação especial em dois temas: “considerando”, um antigo tema seu com letra de Capinam, e “berimbau” de Baden Powel e Vinícius de Moraes. Ao que julgo saber, o “subsequências” e os dois temas tocados com Edu Lobo (voz e guitarra) serão editados em álbum ainda este ano. “Este é um disco de jazz, sem dúvida, mas sem os lugares-comuns, as fórmulas conhecidas. Um disco que aposta na melodia, na harmonia e na execução primorosa do trio. E eu, aposto no disco. Fico muito contente com isto, na aposta num caminho tão difícil, já que Afonso ainda é jovem” - palavras do mago brasileiro que atestam a grande capacidade deste trio. Gostei muito deste concerto. Carlos Barreto esteve ao seu melhor nível (num registo menos experimental para obedecer ao rigor dos temas) e Alexandre Frazão é o génio que se conhece. Afonso Pais tem muito para dar e Edu Lobo é mesmo grande. Só um senão: o concerto evaporou-se num instante, facto bem sublinhado com o desânimo do público presente. Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

os aristocratas

25.04.06
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Aprecio muito documentários. Desde sempre que me lembro de gostar muito deste género cinematográfico. Tenho lido alguma coisa sobre “Os Aristocratas”. Apesar do tema do documentário ser uma anedota - coisa que, a par da maioria da publicidade, raramente compreendo, a sério, não tenho vergonha em dizê-lo: muitas vezes finjo que rio para não parecer mal -, ou melhor, e ao que julgo saber, vamos assistir a um filme de carácter informativo que terá com ideia central uma “private-joke” contada apenas entre comediantes. Promete. Convoca cerca de uma centena de cómicos de créditos firmados - desde artistas de “stand up” como Jon Stewart até a actores como Woopi Golberg e Robin Williams - e premeia-nos com as variantes da anedota. Desta vez, não terei motivos para não a perceber. 

inside man (o infiltrado)

14.04.06
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“O argumento é fabuloso. Quando o li, pensei que os espectadores iam ter dificuldade em perceber os detalhes do filme. Mas não. Fizemos um filme para ser visto por pessoas de todas as partes do mundo e até mesmo por cidadãos norte-americanos. Penso que até pessoas como o nosso presidente actual o conseguem compreender”, palavras de Spike Lee, o realizador deste interessante filme. É importante estar atento, desde o início. O filme começa com música árabe: qual será a intenção de Spike Lee? O argumento circula em torno de um assalto a um banco, em Nova Iorque: o genial chefe da quadrilha, o actor Clive Owen, planeia o assalto magistral; o exímio detective, Denzel Washinton, encarrega-se de negociar com 30 a 40 reféns pelo meio; a intrigante e experiente advogada de causas muito difíceis, Joodie Foster, encarrega-se de defender os inconfessáveis interesses do dono do banco. Spike Lee, tem razão: o argumento é excelente. Um filme que nos surpreende. Spike Lee menos "outside man"? Saí da sala e ainda fiquei a descodificar algumas coisas: percebi que tinha acabado de ver um filme cheio de humor, mas que em momento algum a “seriedade” do assalto foi posta em causa. Para ver com atenção. Vi-o numa sessão da tarde, nas Caldas da Rainha, e com poucos espectadores: vê-se, apesar do baixíssimo pé direito da sala. Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

vox angelis

11.04.06
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Depois de ver o “instinto fatal 2” no dia anterior, a redenção: um concerto de música sacra, integrado na semana santa, na igreja de Santa Maria, em Óbidos. Um lugar bonito, alguns espectadores e 5 excelentes músicos - pertencentes ao jovem grupo Vox Angelis -. Vox Angelis é um projecto de divulgação musical, constituído por dezasseis músicos profissionais, que engloba temas desde a época medieval até à música contemporânea. Maria José Carvalho (soprano), Pedro Nunes (barítono), Paule Grimaldi (cravista), Nuno Soares (vilolinista) e David Cruz (violoncelista) elegeram um programa musical adequado com saliência para o eterno Stabat Mater de Vivaldi. Nuno Soares (vilolinista) e David Cruz (violoncelista) tiveram momentos de particular brilhantismo. Não sou um apaixonado pela música sacra, longe disso, mas voltarei a ver os Vox Angelis: e com muito gosto. Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

basic instinct 2 (instinto fatal 2)

10.04.06
basicinstinct2.jpg Voltei a Santarém para ir ao cinema. Desta vez não fui muito bem sucedido: dos seis filmes em exibição, só “Instinto fatal 2” prometia alguma qualidade. Mas não, “Instinto fatal 2” é um filme fraco. Fica muito longe da versão 1. A história já é conhecida: uma popular escritora norte-americana, Catherine Tramel (Sharon Stone), descreve crimes ficcionais que acabam por acontecer, na realidade, a um ritmo intrigante. Desta vez, o seu parceiro número um é um famoso psiquiatra londrino, Michael Glass (David Morrissey), que tem a tarefa de avaliar a escritora depois de mais um crime incomum. Tudo gira à volta da ideia da manipulação entre estas duas personagens. Quem manobra quem? Michael Caton-Jones, o realizador, não consegue exaltar-nos. Fiquei intrigado com a ideia final, que abre a possibilidade da versão 3. Já chega, parece-me. Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

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