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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

memórias

01.11.05, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Quando, em 16 de Outubro de 1992, escrevi para o jornal “Gazeta das Caldas” um artigo "“Educação Física Escolar - algumas questões"”, queria, entre outros assuntos, manifestar a minha preocupação pelos estudos que levavam à construção de um pavilhão desportivo junto das instalações da UAL de Caldas da Rainha, mas que na sua placa de construção dizia Escola Básica Integrada 1, 2, 3 de Caldas da Rainha. O pavilhão ficou ali e a escola foi sendo deslocada para outros terrenos acabando edificada a cerca de 1 km.

 

Sendo hoje professor do quadro da EBI 1, 2 ,3 de Santo Onofre, as minhas preocupações acentuam-se e os estudos não os conheço. Constato que, no entanto, a tendência é a de construir sem programas, de realizar a obra pela obra. Continuo a pensar que a necessidade de se fazer o ordenamento do território e de realizar e cumprir os Planos Directores Municipais, são vias para assegurar a qualidade de vida das populações e a preservação do meio ambiente. Discutir os princípios das actividades físicas e desportivas e enquadrá-los nos objectivos enunciados, não será apenas desenvolver capacidades argumentativas e compromissos democráticos mas sim, respeitar os direitos dos que não votam. Mas será que se percebe ou discute tudo isto? Se os níveis de desenvolvimento das actividades físicas e desportivas são variados (rendimento, lazer, formação,…), a quem compete a maior responsabilidade no planeamento das actividades destinadas às crianças e jovens? Qual é a função da Escola? Se a Escola é o desafio que Portugal tem que vencer, o que é a formação integral? E as dimensões da personalidade? Quem discute a relação entre o grau biológico do esforço pretendido, o respeito pelos ritmos individuais de aprendizagem, as características psicossociais dos jovens com os dados de programação e de planeamento? Quem conhece a carta dos direitos desportivos das crianças? E a sua relação com a construção dos espaços para as actividades físicas e desportivas? Obedece a política de construção dos equipamentos desportivos, a princípios pedagógicos de rentabilidade? As autarquias, procuram ultrapassar as ausências de actividade. Mas como? Escrevi na altura: “Com base em que estudo, se está a construir uma nova infraestrutura desportiva coberta, junto à universidade da cidade? Quem a vai utilizar durante o dia? Será a nova escola 1,2,3? E nos dias de chuva, em aulas de educação física de 50 minutos intervaladas por períodos de 10 minutos das restantes aulas, como é que os jovens se deslocam? Quem faz a gestão criteriosa das necessidades reais de equipamentos? Bom, estas e outras respostas deveriam ser dadas pela política participada de ordenamento. Espera-se da escola, que facilite ao jovem depois de 12 anos de escolaridade (cerca de 700 horas de aulas de educação física), os conhecimentos e hábitos suficientes, que o levem a construir o seu próprio programa de actividade física (como vai à biblioteca escolher o livro sem o professor respectivo), que saiba escolher dentro das ofertas que recebe quais as que o beneficiam verdadeiramente e com atitudes e valores conducentes a uma cidadania responsável. Espera-se do desporto escolar, um forte contributo na formação desportiva e integral dos jovens. Espera-se do professor, que continue entusiasmado, que saiba gerir os seus conflitos com o sistema, mantendo a atenção e a lucidez para tentar ser feliz.”

 

Texto Publicado pela Gazeta das Caldas da Rainha, algures em 1996, por Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

 

No mês de Novembro de 1994 confirmo as minhas suposições. Os professores de Educação Física da Escola, promoveram, em 20 de Setembro de 1994, uma primeira reunião com a Câmara Municipal e com a Comissão Instaladora da Escola. Apresentaram propostas objectivas na tentativa de atenuarem as dificuldades evidentes. Os evidentes remendos apresentam um baixo grau de consecução. As crianças continuam a realizar o penoso trajecto Escola- Pavilhão. As instalações internas da Escola destinadas à Educação Física continuam desertas. Os professores ocupam os seus alunos, recorrendo à habitual criatividade, muito própria dos professores portugueses. Espanto! Defendem alguns, que a distância que os alunos percorrem para a sua aula curricular de Educação Física, não é mais do que aquilo que acontece e bem no percurso real das nossas crianças. Argumentam que para as actividades desportivas promovidas por outras entidades também o fazem. Consideram a Educação Física como que um apêndice curricular. Será que as “explicações” de Matemática dadas em cafés, não serão também uma genial ideia para a resolução da problemática falta de salas de aula? Claro. A Matemática do 8º G às 8.30 no Café Maria e a História do 9º A às 10.30 no Café Manuel. Já agora, a Educação Visual na ala direita do jardim público e a este propósito proponho a aquisição pelas Escolas de um guarda-chuva colectivo, em fibra de vidro evidentemente, para o caso de chover. Quando publicamente alguém defenda a construção de um segundo pavillhão desportivo numa das Escolas Secundárias de Caldas da Rainha, que estude, que use os fundamentos produzidos por tão salutar exercício, mas que não considere a Escola Básica Integrada como uma Escola com uma estrutura física adequada (dotada de pavilhão).

 

 

 

 

 

pavilhões, rotundas ou piscinas municipais

01.11.05, Paulo Prudêncio

Um paradigma emergente ou uma causa perdida?

 

Escrevi este texto em 1995. Foi publicado pela Gazeta das Caldas.

 

Sou professor de Educação Física na Escola Básica Integrada de Santo Onofre desde o seu o 2º ano de funcionamento. Em 1992 iniciei a realização de um conjunto de tarefas contra a localização do Pavilhão Rainha D. Leonor que se destinava a servir os alunos da Escola simultaneamente com outros interesses desportivos da comunidade. Para além das questões de ordem técnica, sempre afirmei que seria penosa para os alunos a distância pedestre que teriam que percorrer. Escrevi cartas abertas para os órgãos de comunicação social, fiz intervenções nos órgãos próprios da Escola e nas Delegações Regionais do Ministério da Educação, ajudei de forma empenhada a solucionar os naturais problemas que foram surgindo. Julgo mesmo e de forma relativamente optimista, que soluções no mínimo satisfatórias serão encontradas.

 

Mas para ser claro, estou saturado de tantos “cérebros pensantes” que opinam e influenciam as decisões que vão sendo tomadas nesta área da gestão dos fundos públicos. Aos alunos da Escola, aos encarregados de educação e aos meus colegas, prometo que não vou desistir, qualquer que seja o desenvolvimento do processo. Aos restantes e pela última vez de forma pública, aceito o desafio do debate de ideias.

 

Quando alguém se referiu à relação do Homem com a natureza como um paradigma perdido, emergiram a ecologia e as teses ambientalistas, travaram-se lutas para modificar o caminho. Estávamos no entanto, longe de imaginar, que um dia, tal se poderia colocar também, à relação desse mesmo Homem consigo próprio, com o seu corpo. Não no sentido tradicional da dicotomia entre o corpo e o espírito que caracterizou a estigmatização a que o primeiro vinha sendo sujeito. Agora, cultivam-se os limites da forma corporal como um fim em si mesmo, acentuam-se as preocupações com a necessidade do exercício físico, como caminho para uma vida saudável. Paradoxalmente ou talvez não, como veremos, reflecte-se pouco sobre os caminhos a seguir.

 

O retórico respeito pelos direitos de cada um dos Homens enquanto crianças e no que ao corpo se refere, é objecto dos mais graves atropelos. Mesmo os mais distraídos, registaram com indignação os sinais das olimpíadas de Seul. As “atletas” da ginástica são vítimas de alterações corporais (primeiro período menstrual depois dos 20 anos, desequilíbrios psicológicos acentuados…), a corrida para as medalhas ultrapassa os limites do razoável e parece que poucos questionam o valor de um título desportivo. O espectáculo tem que continuar. Mas tal comenda valerá a saúde de uma criança que seja? Porque será que nos próximos jogos olímpicos, está proibida a participação a jovens com menos de 16 anos? Porque tal não se alarga a competições mundiais, europeias, nacionais, regionais e afins? Se na Grécia Antiga os vencedores dos jogos eram mitificados, tendo mesmo lugar no parlamento dos deuses, na modernidade tais factos chegam a ser bandeira do nacionalismo, do regionalismo e de tanto ismo que não há pequeno corpo que resista.

 

Muitos se interrogam sobre o porquê. Apenas sei que a mensagem passa. Os espectáculos de alto rendimento desportivo, já pouco têm de saudável, dizem alguns. Mas são opções de adultos, que sabem os riscos que correm e que podem ser vividas pelos restantes como momentos de cultura, de entretenimento ou de promoção das respectivas actividades, dizem outros. Mas qual será o caminho que as crianças têm que percorrer? Será necessário retirar os jovens da escolaridade para que um dia sejam portadores da tal mensagem? Quantas crianças e jovens ficam pelo caminho, com se de uma selva se tratasse (aqui, paradoxalmente, estamos arrepiantemente próximos da natureza)?

 

Parece-me oportuno transcrever uma parte de um texto sobre a carta internacional dos direitos da criança ao desporto publicado na Revista Horizonte em 1994 (com base em documentos da ONU, de Associações dos EUA, Canadá e Alemanha): 1- O direito de expressar a sua individualidade através do reconhecimento do seu quadro de valores e características de temperamento e personalidade; 2- O direito de ser tratada como criança e não segundo uma concepção adulterada nas formas de pensar, decidir e agir; 4- O direito de jogar ou competir com opositores que sejam e estejam de acordo com a idade, a altura e tamanho; 5- O direito de decidir no qual ou quais desportos pretende participar sem estar sujeito a pressões familiares ou sociais; 7- O direito de parar a actividade quando quiser sem ameaças ou represálias quer venham dos pais, do treinador ou de outras fontes; 8- O direito de saber que o fracasso no desporto não é o fracasso na vida, cultivando a noção de bem-estar (consigo próprio e com os outros) independentemente dos resultados obtidos; 9- O direito de ter um treinador que seja competente nos planos pedagógico, técnico e científico. É necessário discutir a orientação desportiva e quem tem possibilidade de acesso à autonomia pedagógica. O treinador tem a responsabilidade pedagógica de conhecer os problemas biológicos, psicológicos e sociais do desenvolvimento da criança; 10- O direito a condições de treino e competições adaptadas à sua condição especial, seu talento, capacidades e circunstâncias de desenvolvimento; 12- O direito de assegurar facilidades de espaço e equipamentos apropriados à prática desportiva como das condições higiénicas essenciais a uma evolução das suas capacidades físicas e motoras; 13- O direito de ter acesso aos fundos públicos e facilidades económicas.

 

No âmbito das actividades físicas e desportivas, os poderes formais terão que definir com rigor e transparência as áreas de intervenção. Não poderão continuar a misturar a formação desportiva com o espectáculo desportivo, ou este com o desporto de lazer. O direito das crianças à actividade física conduzida pelos seus professores na escola, será tão relevante como os cuidados de saúde primários. Por muito que custe aos que procuram, consciente ou inconscientemente, apenas promoção pessoal, essa será um exigência natural das sociedades. Os regulamentos das competições desportivas para as crianças bem como os respectivos métodos de ensino e treino desportivo, deixarão de se uma mera e pouco reflectida cópia do que se faz com os adultos. As instalações destinadas á educação física escolar serão apropriadas para o desenvolvimento dos programas curriculares e não concebidas segundo modelos que só servem interesses pouco fundamentados ou de pura demagogia e desperdício. Também os estádios de dimensões megalómanas sem condições de comodidade, os grandes complexos desportivos (tão do agrado de quem os inaugura) de massificação desportiva, os pavilhões de interesse puramente conjuntural ou eleitoral, serão destruídos ou muito dificilmente reformulados. No futuro, as pequenas e médias cidades, terão uma boa instalação com capacidade para os espectáculos de alto rendimento, ficando as restantes ao serviço do desenvolvimento das actividades de formação, de treino ou de recreação. Nesta área de grandes interesses imobiliários, é até já incompreensível, como se continua a fotocopiar projectos de construção de infra-estruturas desportivas, semeando-as pelo país como cogumelos, todas elas com pequenos socalcos de tijolos (vulgo bancadas) e carentes de verdadeiros espaços formativos, com condições mínimas de dignidade para quem quer ensinar ou aprender. Com a agravante de os custos financeiros, serem assim, mais elevados. Apenas para que conste. 

a política dos dez por cento

01.11.05, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Texto publicado na "Gazeta das Caldas", jornal das Caldas da Rainha, algures em 1992. Em 2005 dei-lhe o título de "a política dos 10 por cento".

 

Porquê? É uma homenagem aos políticos que ainda não acreditam que as coisas bem feitas têm 10 por cento de inspiração e 90 por cento de trabalho.

 

Penso que é hoje consensual a necessidade de se fazer o ordenamento do território, realizando e cumprindo os Planos Directores Municipais, assegurando assim a qualidade de vida das populações e a preservação do meio ambiente.

 

As actividades físicas e desportivas enquadram-se nestes objectivos, não apenas por metáfora ou analogia pertinente, mas também por consenso. Mas será que se percebe ou discute o seu necessário ordenamento? Sabemos que os níveis de desenvolvimento destas actividades são variados (rendimento, lazer e formação), mas os destinatários são todos cidadãos e os indicadores principais são pois, a cidadania responsável e o bem-estar. Analisemos agora em pormenor, o que se passa com as actividades destinadas às crianças e jovens.

 

Importa antes de mais precisar, que penso que a este nível os pincípios orientadores devem ser comuns, pese embora as diferentes instituições que as promovem (clubes, escolas públicas ou privadas, associações,…). O grau biológico do esforço pretendido, o respeito pelos ritmos individuais de aprendizagem de cada um, as características psicossociais deste grupo etário, devem ser em qualquer circunstância escrupulosamente respeitados. Na nossa realidade, o que observamos são os extremos que se tocam, o caos "urbanístico" latente. É frequente e chocante, verificar o que se passa nos quadros competitivos das diversas instituições: escolta policial para os árbitros, uma pressão desmesurada sobre os jovens (com os próprios pais à mistura), "chicotadas psicológicas", falsificação das idades, jogos disputados em recintos não adaptados às possibilidades biológicas dos jovens, instituições públicas sem um mínimo de meios. Acresce ainda, a preocupação de alguns, que começam a falar de crianças maltratadas na especialização desportiva precoce. A política dos equipamentos desportivos, é realizada sem a preocupação de os rentabilizar, funciona com divórcios inexplicáveis.

 

As escolas, sem autonomia e dirigidas por um poder abstracto e através de ofícios ede circulares, são o exemplo acabado do que foi dito, tendo sempre grandes dificuldades em se integrar e servir os interesses das comunidades. As autarquias, procuram ultrapassar as ausências de actividade. Mas como?

 

Vejamos, como exemplo, as Caldas da Rainha.

 

Na escola preparatória e na secundária Rafael Bordalo Pinheiro, as dificuldades para realizar a disciplina de Educação Física e o desporto escolar de acordo com as legítimas aspirações da comunidade, são elevadas, por sobrelotação e ausência de espaços adequados. Sabemos que o horário "nobre" para realizar as actividades com este grupo etário, oscila entre as oito e as dezoito horas. Entretanto, a autarquia construiu um pavilhão na mata da cidade, que durante este período está invariavelmente vazio. Então? Não seria lógico e ordenado que o pavilhão estivesse na escola, gerido sem conflitos de interesses e ao serviço real da comunidade, sendo utilizado depois das dezoito horas pelos clubes? Com base em que estudo, se está a construir uma nova infraestrutura desportiva coberta, junto à universidade da cidade? Quem a vai utilizar durante o dia? Será a nova escola 1,2,3? E nos dias de chuva, em aulas de educação física de 50 minutos intervaladas por períodos de 10 minutos das restantes aulas, como é que os jovens se deslocam? Quem faz a gestão criteriosa das necessidades reais de equipamentos? Bom, estas e outras respostas deveriam ser dadas pela política participada de ordenamento.

 

Espera-se da escola, que facilite ao jovem depois de 12 anos de escolaridade (cerca de 700 horas de aulas de educação física), os conhecimentes e hábitos suficientes, que o levem a construir o seu próprio programa de actividade física (como vai à biblioteca escolher o livro sem o professor respectivo), que saiba escolher dentro das ofertas que recebe quais as que o beneficiam verdadeiramente e com atitudes e valores conducentes a uma cidadania responsável.

 

Espera-se do desporto escolar, um forte contributo na formação desportiva e integral dos jovens.

 

Espera-se do professor, que continue entusiasmado, que saiba gerir os seus conflitos com o sistema, mantendo a atenção e a lucidez para tentar ser feliz. 

inaugurações

01.11.05, Paulo Prudêncio
ebifoto2.jpg Texto escrito por Paulo Guilherme Trilho Prudêncio e publicado, em 2001, no sítio da ineternet da Escola Básica Integrada de Santo Onofre - Caldas da Rainha. Daqui por umas décadas será possível estudar, com rigor, as vantagens e as desvantagens da aldeia global e da sua denominada sociedade da informação. Por agora, navegamos numa alucinação tecnológica capaz de nos espantar a todo o momento. Não paro de me surpreender, diariamente, com a capacidade do Homem em desenvolver ciência sobre ciência para poder comunicar de modo instantâneo. E já não basta falar da internet, fala-se mesmo em evernet (sempre online). Longe vão os tempos em que a cibernética era algo que se assemelhava a uma qualquer prática alquimista. Na última década nasceu - impulsionada pelos Estados Unidos da América, para sermos rigorosos e verdadeiros – uma nova era de resultados completamente imprevisíveis. Anunciou-se uma verdadeira revolução de cariz tecnológico. Arriscaria a sua importância na consolidação das práticas mais avançadas de uma sonhada, e sempre emergente, sociedade democrática. Portugal, apesar de membro de pleno direito da União Europeia, mantém-se, naturalmente, como país semiperiférico. Aqui faz-se, quotidianamente, uma verdadeira síntese dos opostos: tão depressa cavalgamos em soluções de primeiro mundo como, de repente, tropeçamos em problemas da periferia do centro do mundo. Importa, também por isso, aceitar o desafio, mas encarando-o de um modo simultaneamente regulador e emancipador. Os relatórios mais recentes sobre o estado da sociedade da informação nos quinze da União Europeia colocam Portugal no grupo da frente. Traçam-se metas verdadeiramente ambiciosas, tomando como exemplo a entrega, exclusivamente online, das declarações do IRS a partir de Janeiro de 2003. Gigantesca é a tarefa da administração pública. As escolas portuguesas têm a dupla tarefa de ajudar a preparar o futuro mas também de cuidar do presente. A nossa escola, possui hoje meios tecnológicos que suportam um apreciável conjunto de boas soluções informáticas. A ideia da informação permanente e sempre disponível é já uma verdadeira realidade. Podemos mesmo afirmar que comunicamos, internamente, numa consolidada e fluida rede informática. Dá-se agora um novo e importante passo: a inauguração do site web www.ebionofre.pt. Mais do que inaugurar por inaugurar, importa reafirmar a ideia de que se ambiciona a rede da comunidade escolar e educativa. Criámos um site. Definimos-lhe os dois primeiros, e aparentemente simples, propósitos: que seja útil e que esteja actualizado Ficámos abertos ao mundo, é certo que mergulhados em biliões de pares. Contudo, aumentamos a nossa responsabilidade em sermos rigorosos e transparentes. Não temos pressa. É importante que tenhamos consciência que nem todas as nossas casas se ligam a esta nova rede. Há mesmo quem divulgue a ideia dos info-excluídos. Contratriemos esse pessimismo. Reforcemos os laços que nos ligam todos os dias, com a certeza de que a nossa presença física será sempre insubstituível.