do medo
Mãos - Guayasamin
Uma professora resistente, a minha amiga Manuela,
enviou-me a imagem que escolhi para esta
entrada com o poema que se segue.
Beleza e oportunidade foram as
palavras que me chegaram
primeiro ao cérebro.
entrega as tuas mãos ao medo
e não viverás.
há um espaço de arbítrio - entre acaso, ética,
responsabilidade, dever -
uma fenda para a coragem.
a vida caminha pela terra
passos decididos
entre tudo e nada,
uma brevidade imperceptível
a roçar os nossos rostos.
nada restará
depois que as horas calarem.
entrega tua face ao medo
e não a verás viva.
Sílvia Chueire