respirar fundo, muito fundo
É mais um momento para respirar fundo. A longa e desgastante luta dos professores portugueses, tem altos e baixos; já se sabia.
Hoje foi um dia neutro, digamos assim. A Assembleia da República voltou a não aprovar a suspensão daquela coisa monstruosa e inaplicável que ainda dá pelo nome de avaliação do desempenho.
Leio algumas declarações dos responsáveis políticos que estiveram presentes no momento do sufrágio. Umas poucas põe-me a sorrir, tal a desfaçatez. Diz um dos ministros do governo que é intolerável que alguns professores enviem emails aos deputados com conteúdos ofensivos. Não sei se alguém o fez, mas vou acreditar que sim. Mas no meio de 120000 profissionais haverá uns quantos que já estão de cabeça perdida. Compreende-se. Mas tornar essa coisa num argumento essencial só pode vir de quem sabe que não tem uma gota de razão na questão central (e como se ri da sua habilidade, o autor da graça, valha-nos já não sei o quê, que até o meu ateísmo vacila, arre).
E já nem tenho paciência para discutir os detalhes políticos que envolveram o que se passou hoje no parlamento, remeto-me apenas para a seguinte dupla negativa: nem este modelo é aplicável nem os professores o vão aceitar.