escola exclusiva
Asseveram os números: desde Março de 2008 já se reformaram mais de 5000 professores; os algarismos não retratam as condições em que muitos desses professores solicitaram o fim das suas carreiras, mas sabe-se que o fizeram com penalizações de que nunca serão ressarcidos; é brutal e iníquo. É importante considerar que muitos deles o fizeram no bom uso das suas faculdades profissionais; mas estavam saturados e exaustos com o estado actual do sistema escolar português.
Entretanto leio umas declarações da ministra da Educação em que é referida a necessidade de rupturas no sentido da melhoria do sistema escolar.
Associando as duas notícias - elas relacionam-se sempre, apesar do meu desconhecimento sobre a sua linear ligação - importa sublinhar o seguinte: uma organização que se queira inclusiva - e no caso das escolas salienta-se sempre a necessária inclusão dos alunos - não deve viver num ambiente de exclusão; e a isso não pode escapar o ambiente inclusivo para os seus profissionais.
É nessa atmosfera positiva que se geram as cooperações mais entusiasmadas e onde o sonho renova as almas. É factual, é necessário e deveria ser óbvio. Para nossa desgraça, o que se tem conseguido fazer é o oposto: com convicção e, pelo que se vê, também com pompa.
A poesia fugiu de Portugal.