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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

dos estudos comparados

13.01.14, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Ouve-se com frequência a comparação com a anterior intervenção do FMI em Portugal. Em 1983, e depois de muita discussão pública, houve um corte no subsídio de Natal e as contas do Estado ficaram equilibradas para uma década.

 

Desta vez, vamos entrar no quarto ano de cortes a eito em salários, subsídios e pensões, registamos despedimentos em massa e um aumento inaudito de impostos. Os despedimentos envolveram também a administração pública, com os professores, exemplo que conheço melhor, a serem alvo do maior despedimento colectivo da história que atingiu mais de 12 mil pessoas em 2012 (mais de 30 mil em em três ou quatro anos). Se em 1983 sucedeu o referido, podemos imaginar o apetite internacional pela capacidade de pagamento do Estado português.

 

É evidente que a dívida de 2010 é muito superior à de 1983; a pública e a privada, note-se bem. Mas também podemos imaginar o destino do capital que originou a dívida, que é exactamente o mesmo que sugou as "obras a mais" nas inúmeras derrapagens das obras públicas e que originou os incomensuráveis buracos da banca que são agora cobertos anualmente. É tudo isso que o sistema financeiro internacional não se cansa de aplaudir promovendo os seus principais mentores que ainda conseguiram mais: a anestesia do melhor povo do mundo.

 

 

 

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