apenas equívocos?
Há quem se refugie num equívoco que convém desfazer: boa parte dos críticos do denominado "eduquês" não advogou o back to basics. Esse regresso, que é muito mais do que um equívoco, apenas preencheu as mentes mais preconceituosas e os seus fundamentos não têm qualquer valor teórico ou empírico.
Uma parte dos críticos desse labirinto de palavras, o "eduquês", centrou-se na hiperburocracia e outra parte na ideia mais ampla possível de uma aprendizagem não acorrentada em expressões redundantes ou sem significado.
"Deliberadamente vamos utilizar terminologia clássica, aclarando, desde logo, que "não se trata de advogar ou propôr o regresso a um passado mítico, e muito menos a defender programas mínimos como ler, escrever e contar ou as tendências de "back to basics". Trata-se, pelo contrário, de abrir novas perspectivas que ponham a aprendizagem, no seu sentido mais amplo, no centro das nossas preocupações" (Novoa, 2009, 194). Somamo-nos à exigência de clareza no debate sobre as coisas públicas: "O buraco negro do debate público sobre educação, capaz de absorver e fazer desaparecer qualquer ideia que se aproxime, é hoje a dificuldade em chamar as coisas pelos seus nomes" (Fernando Enguita, 2009, 72)"
Angel García del Dujo.
La escuela en crisis/Recontrucción del sentido de
la actividad educativa escolar (página 83)