sigam o Gaspar
Vítor Gaspar, ex-ministro das finanças também conhecido pelos dotes vagarosos e algo meteorologistas, não era um tu-cá-tu-lá com a Comissão Europeia, com o Governo alemão, com o BCE e com o FMI? A resposta é um sim inequívoco. Mas mais: era também um valor seguro para os mercados, quiçá até o único trunfo da credibilidade portuguesa nesse mundo meio-casino-meio-trafulha.
E o que fez o tal de Gaspar-do-excel-e-peixe-de-águas-profundas-com-desprezo-pelos-votos? Reconheceu os dois anos de erros graves e demitiu-se, com carta no mesmo dia e tudo e sem qualquer referência ao Tribunal Constitucional.
O que é que fizerem os mercados e a economia portuguesa? Melhoraram os indicadores e deram sinal de vida, apesar das trabalhadas do vive-primeiro-ministro-irrevogável, do impreparado Passos Coelho e do "irrelevante" presidente da República.
Conclusão óbvia: demitam-se todos que o país, a economia, os mercados, a Comissão Europeia, a Alemanha, o BCE e os do FMI agradecem.
É isso que até Vasco Pulido Valente reconhece hoje no Público.
É também isso que o negociador da nossa dívida deixa implícito, mesmo que de forma inconsciente.
E é o que Francisco Louçã detecta, com toda a facilidade, no primeiro magistrado da nação. O "irrelevante" transformou-se num peso para o país e para a democracia.